´Ozempic natural´, vapes e outras trends que ameaçam a saúde pública
Isabela Pimentel*
É natural, pode usar’. Quantas vezes não vemos posts e conteúdos assim em nossos feeds?
A recomendação de produtos ‘milagrosos’ por perfis de influenciadores em algumas redes sociais não é novidade, mas vem crescendo e fazendo o tema ganhar destaque nas ‘trends’, ou seja, assuntos que se tornam virais nas redes e plataformas sociais. E isso inclui desde fórmulas até os chamados cigarros eletrônicos, tão populares entre influenciadores jovens.
Leia mais...“A Europa perdeu o seu caminho, suas energias foram solapadas pela crise econômica e por uma remota burocracia tecnocrática. É cada vez mais uma espectadora em um mundo que se tornou "cada vez menos eurocêntrico", e que, frequentemente, olha para o Continente "com indiferença, desconfiança e às vezes, suspeita."
Neste 3 de dezembro completam-se 30 anos de uma das maiores tragédias da indústria mundial, quando um vazamento da indústria química Union Carbide, na pequena cidade de Bhopal, na Índia, causou a morte, nas primeiras horas do acidente, de três mil pessoas. Os efeitos tóxicos deste vazamento nunca desapareceram da cidade. Matou e contaminou, ao longo destes anos, milhares de pessoas.
Analisar a crise da Petrobras sob a ótica da gestão de crises, neste momento, torna-se tarefa difícil. Primeiro, porque não se conhece ainda toda a extensão do que já está sendo chamado “o maior caso de corrupção da história do país”. Muito menos todos os efeitos dessa crise nos resultados e na reputação da empresa. Segundo, porque não está bem claro, até por falta de esclarecimentos da empresa, qual a defesa da diretoria para as denúncias feitas pelos acusados, que se beneficiavam dos grandes contratos da companhia.
Por que as organizações que entendem como uma crise pode causar danos intensos à reputação e ao seu valor, não tomam medidas adequadas para prevenir crises antes de elas acontecerem? Esta é uma das perguntas mais intrigantes em relação à gestão de crises.
A forma de reconhecer erros ou culpa, após um problema ou crise grave, com um "não-pedido de desculpas" pode ser ainda mais prejudicial à reputação e à recuperação da imagem do que nenhum pedido de desculpas. Todo mundo tem seu próprio linguajar para evitar um verdadeiro pedido de desculpas, e um favorito atual parece ser "erros foram cometidos".
Passada a eleição, ainda reverberam nos ouvidos as promessas dos candidatos de um “país melhor e mais justo”. Se 20% das promessas fossem cumpridas, transformariam o Brasil numa Suíça. Mas é hora de cair na real. Chegou a hora de pensar um pouco por que estamos a anos-luz de países adiantados. Alguns, nos últimos anos, enfrentaram crises muito mais graves do que as nossas. Nações que literalmente quebraram, foram parcial ou quase totalmente destruídas, e conseguiram se reerguer.