Praga vista da cidadeSe você está viajando pela primeira vez para o exterior ou não costuma viajar com frequência é bom estar atento. Preparar-se para a viagem não é apenas arrumar a mala e comprar as passagens. É preciso ficar atento a muitos detalhes que podem estragar o passeio. Isso vai desde documentos, vistos ou vacinas que são esquecidos, até cuidados que devem ser tomados no aeroporto, no avião e nos locais visitados.

Dicas para um turista iniciante não ter crises em viagens ao exterior

Prepare-se para uma viagem ao exterior de modo bastante diferente de como se prepara para uma simples viagem pelo Brasil. Normas, fiscalização, documentação e rigor nas revistas são muito superiores.

  • Passaporte - O principal documento que você deve carregar durante toda a viagem é o Passaporte. Sem ele, você não sai do Brasil (a não ser para alguns países da América Latina) nem entra em qualquer outro país. Perdê-lo, portanto, é dor-de-cabeça na certa. Como você terá que apresentá-lo às autoridades, cuidado ao andar com o passaporte na mão e na confusão de malas de mão, revista no aeroporto, etc. para não perdê-lo. Ele também é um objeto cobiçado por ladrões e quadrilhas internacionais, para falsificação. Portanto, distraiu-se, alguém passa a mão no passaporte.
  • Antes de viajar - Meses antes de viajar, você deve conferir a data de validade de seu passaporte. Não deixe para fazer isso às vésperas da viagem. Você pode ter surpresas desagradáveis. Uma delas, o passaporte estar vencido, o que impossibilitaria a viagem, uma vez que a Polícia Federal exige agendamento e um prazo para fazer a audiência de renovação do passaporte. Você deve ficar atento também a outro problema sobre a data de validade: em alguns países da Europa, por exemplo, é exigido passaporte com prazo de validade de três a seis meses a partir de sua entrada naquele país. Então, se a entrada, por exemplo, é em 5 de janeiro, e o vencimento do passaporte é 10 de março (estaria válido, portanto, no Brasil), sua entrada é impedida naquele país, porque exigem seis meses a partir do seu ingresso no país. Antes da viagem, faça uma ou duas cópias coloridas do passaporte. Ao sair, quando chegar ao destino no exterior, só use a cópia. Deixe o passaporte no hotel, em lugar seguro (cofre, mala chaveada, etc.). Não ande com ele, se não for embarcar. Não há costume no exterior de se exigir documentos, a não ser em viagens, para identificação, ou em casos raros nas ruas, como no uso do cartão de crédito. E mesmo nesse caso a cópia do passaporte é aceita. É importante que você sempre ande com uma identidade, mesmo a funcional ou a carteira de identidade brasileira ou de motorista.
  • Vacinas - Confira, bem antes de viajar, quais as vacinas que os países para onde você vai viajar exigem. Vacina para a febre amarela que não é costume se exigir no Brasil, em muitos países é mandatório para entrar, como por exemplo no Panamá, um dos 'hubs' aéreos para vários destinos a partir do Brasil. Com a Covid-19, tudo mudou em relação a vacinas. É condição imprescindível saber se o país de seu destino exige passaporte das vacinas (inclusive quanto à marca da vacina), se exige teste para Covid com antecedência e se exige quarentena: turistas chegarem e terem de cumprir alguns dias confinados em hotéis pagos pelo próprio viajante. Em resumo: desde 2020, não há como escolher um destino internacional, sem antes conferir todas as exigências da cia. aérea até a imigração desse país.  
  • Seguro-Viagem - Normalmente, as empresas de turismo ou passagens oferecem, na hora de contratar a viagem, um seguro viagem. Você não é obrigado a adquiri-lo. É bom conferir se o país do destino exige ou não de todos os turistas um seguro-viagem. Nos países preferenciais de destino dos brasileiros (Estados Unidos, França, Espanha, Portugal, Reino Unido, Itália e os da América Latina não é costume essa exigência). Entretanto, por precaução recomenda-se a contratação de um seguro-viagem, porque no caso de precisar atendimento médico, sobretudo em viagens mais longas, ou viagens de aventuras em praias, montanhas, neve, o risco de um acidente ou de contrair uma doença existe. E o preço do atendimento médico no exterior, incluindo EUA, é extremamente caro. Você ficaria surpreso de saber quanto cobram por uma consulta ou um simples atendimento de emergência. E o seguro-viagem não é caro, em relação ao preço da passagem. Escolha empresas credenciadas, com tradição, recomendadas pela agência de viagem. Confira também, se você comprou a passagem com cartão de crédito, se o seu cartão não tem uma oferta de seguro pessoal para quem pagou a viagem com o cartão. Nesse caso, é preciso conferir no call center da empresa do cartão de crédito. É melhor viajar com o seguro do que fazer uma pequena economia e arriscar. Outra vantagem do seguro-viagem é que normalmente inclui indenização por prejuízos com a perda, roubo ou violação da bagagem, desde que você tenha os registros oficiais feitos na cia. aérea.
  • Check-in É o credenciamento do passageiro para uma viagem no avião. É feito no aeroporto, no balcão da companhia que vendeu a passagem. Excursões são facilitadas, porque um funcionário faz o check-in antecipadamente. Mas se você for sozinho ou se atrasar, terá que se virar por conta própria. Nas viagens internacionais, principalmente EUA, antes do embarque, no aeroporto brasileiro há uma revista prévia, antes do check-in. O empregado pergunta se você recebeu pacote de outra pessoa; se sua mala foi feita por você mesmo; se sempre esteve perto das malas: são medidas de segurança adotadas após o 11 de setembro. Leve a sério essa revista e essas perguntas, porque as empresas internacionais são muito rigorosas nessa triagem.
  • Horário de chegada ao aeroporto - Importante: nos voos internacionais, partindo do Brasil, o horário de chegada ao aeroporto é três horas antes do voo. Dependendo da cidade e do horário, vai enfrentar longas filas. No exterior, geralmente em países da Europa, é uma hora antes. Nas normas que vêm junto com o ticket da passagem está registrado o horário de comparecimento. Importante: na maioria das grandes capitais do mundo, há vários Terminais (pequenos aeroportos dentro do aeroporto) nos aeroportos. Por ex: no aeroporto de Heathrow, em Londres, um dos maiores do mundo, há quatro terminais, cada um maior que qualquer aeroporto brasileiro. Você sempre tem que saber de que Terminal seu avião está saindo, para informar ao taxista ou para pegar o transporte correto. Nas grandes capitais do mundo, há metrô ou trens que levam até aos aeroportos. Caso contrário, você vai parar em outro local e corre sério risco de perder o voo. Portanto: ver no bilhete – Aeroporto (nome). Existem dois ou até quatro aeroportos internacionais em algumas capitais. E o número do "Terminal" (1, 2, 3, 4), naquele aeroporto. Não confie que o taxista no exterior sabe em qual Terminal você irá embarcar. Você é que deve saber. Se não souber, ligue antes para a empresa aérea. A propósito do horário, acostume-se em viagens ao exterior programar sua ida para o aeroporto com bastante antecedência, para não correr o risco de perder o voo. É melhor você esperar uma ou duas horas, antes do horário do comparecimento, do que ficar estressado procurando transporte ou se atrasar. Se, por acaso, você estiver numa cidade como Nova York ou numa capital da Europa, num dia de neve ou muita chuva, você terá dificuldade de conseguir um táxi. Uma boa dica é contratar o transporte com antecedência (carro, táxi, van 'shuttle', 'cab', dependendo da cidade), porque você fica com mais segurança de transporte.
  • Balcão – Após as perguntas sobre a bagagem, no Brasil, você entra na fila do despacho de bagagem. Desde o início de 2017, de acordo com novas normas da Anac, que vieram em prejuízo dos passageiros, para facilitar a vida das empresas aéreas, o passageiro brasileiro, em viagens ao exterior, tem direito a despachar duas malas de 23 kg (antes eram duas malas de 32 kg). Não pode passar um quilo sequer. Não há jeitinho. As empresas são rigorosas. Se tiver 27 kg, eles mandam tirar quatro kg. Há empresas estrangeiras que, diante das novas regras da Anac, permitem uma franquia maior, quando o destino é para Europa, Ásia e África. Mesmo assim, algumas empresas, principalmente as brasileiras, estão se valendo desse "aperto" que as empresas aéreas, a Abear e a Anac nos impuseram e estão permitindo, mesmo para voos internacionais na América Latina, a franquia de apenas uma mala de 23 kg. O que, convenhamos, é muito pouco, principalmente se o viajante se deslocar no inverno. Portanto, fique atento ao comprar a passagem para o exterior, vendo claramente qual a franquia de bagagem permitida, caso contrário você irá pagar caro por mala adicional.
  • Na bagagem de mão, apenas 10 quilos (nas empresas do exterior, que têm preços de passagens mais baratos  (chamadas low cost, low fare), o peso da bagagem de mão é liberado. Coloque o que você aguenta carregar. Quanto à mala despachada, aqui no Brasil, para viagens ao exterior, na ida, em geral, não há problema, porque você vai com pouca bagagem. Na volta deve-se ter cuidado com as compras. Evitar comprar objetos pesados (livros, revistas, objetos de aço) e pesar a mala antes, se for possível. Há balanças para pesar mala, que podem ser adquiridas na viagem, a preços módicos e é bom você ter a sua balança para não ultrapassar o peso e ter que pagar excesso ou ficar tirando peso da mala na hora do embarque. Esse é um desgaste que você poderá evitar com um pouco de planejamento.
  • Documentos para check-in - A atendente exigirá o bilhete de passagem (ou da reserva) e o passaporte (em geral só o passaporte resolve), com visto de entrada, se o país do destino exigir. EUA, Austrália e México, por exemplo, exigem visto. As normas para visto para o Canadá mudaram em 2018. Convém verificar o que é exigido de viajantes brasileiros. Os países europeus mais conhecidos não exigem. Deve-se observar também, se o destino não exige algum certificado de vacinas, como febre amarela e varíola. Se tudo estiver correto, a atendente lhe dará o “cartão de embarque”. É nesse momento, para quem não marcou antes o lugar no avião, que você deve escolher a poltrona onde vai sentar. Há pessoas que gostam de viajar na janela, outros no corredor. Em viagens internacionais, de longa duração (Brasil-EUA; Brasil-Europa ou outros países mais distantes), com 8, 9, 10 horas de voo, prefira o corredor, porque é mais fácil para ir ao banheiro, sair para caminhar, sem incomodar o acompanhante. Prefira os lugares mais na frente, longe dos banheiros, por causa do barulho, durante a noite. Em aviões de grande porte, isso não chega a ser um grande problema. Quanto antes chegar ao aeroporto, melhores lugares você terá, se já não marcou na hora da compra da passagem ou do check-in feito pela internet.
  • Cartão de embarque - Depois do passaporte, é o documento mais importante para você poder embarcar. Sem ele, não há embarque. Perdeu, terá que voltar ao balcão da empresa, sujeito a perder o voo. E, se for em cima da hora, o guichê da empresa pode estar fechado. Cuide do cartão de embarque, como do passaporte. Perder o cartão é confusão certa. Esse dissabor, muito mais comum do que você imagina, acontece quase sempre naquele entrevero da revista das bagagens. Conselho: passou na entrada do portão de embarque (quando você mostrará o cartão), guarde-o. A partir daí, só o passaporte será mostrado ao fiscal da alfândega, no guichê de saída. O cartão de embarque só será utilizado, a partir de agora, se for fazer compras nas Free Shop ou lá na entrada da porta do avião. Portanto, por precaução, guarde-o na bolsa de mão ou no bolso com todo cuidado.
  • Malas – Fique atento para ver se a atendente colocou a etiqueta certa do destino na mala. Cada cidade tem uma sigla, às vezes estranha. A etiqueta define o destino de sua mala, naquela confusão que é um depósito de malas nos aeroportos internacionais. Importante: se você mesmo estiver fazendo o check-in, sem excursão, e sua viagem é com conexão, por exemplo (Brasília-Lisboa-Londres), perguntar se a mala vai direto para Londres, caso contrário você faz escala em Lisboa, segue viagem, e a mala fica. Isso tem que ser muito bem esclarecido no embarque, porque as atendentes nem sempre são preparadas. Muitas nunca viajaram ao exterior e na confusão do check-in elas podem dar informação errada. Se a alfândega (entrada) no país para onde você está viajando é pelo primeiro aeroporto onde você chegar (por exemplo, São Paulo-Atlanta-Orlando), você terá que fazer a alfândega (apresentar passaporte, formulário, entrevista, etc. em Atlanta) e pegar as malas e redespachar, num procedimento rápido, para o destino final da sua viagem. Se você não despachar, sua mala fica.
  • Malas II - Em alguns aeroportos foram descobertas quadrilhas que desviam malas ou as abrem para roubar objetos pessoais, principalmente eletrônicos. No Brasil, em 2011 e 2015, foram descobertas quadrilhas que desviavam malas de aeroportos, em conluio com empregados do aeroporto. Uma medida de precaução recomendada pelas próprias cias. aéreas e entidades do setor é o passageiro fotografar o interior de sua mala para ajudar em futuros processos contra as empresas aéreas. Elas fixam cotas por extravio de malas, não mais de US$ 200,00. Caso o passageiro tenha objeto de muito valor na mala, dificilmente será ressarcido, a não ser por um processo muito bem fundamentado. A dica é, objetos muito caros, de volume pequeno, jóias, dinheiro, máquinas fotográficas, etc. na bagagem de mão. Jamais ponha na bagagem a ser despachada a carteira com documentos pessoais ou dinheiro, cartões de crédito, outros valores. Recentemente, no Brasil, quadrilha no aeroporto de Guarulhos pegou duas malas de duas passageiras, trocou a etiqueta eas colocou em duas malas com cocaína. Resultado. Quando chegaram na Alemanha, essas duas senhoras foram presas e ficaram mais de um mês na prisão, até que as autoridades brasileiras conseguissem provar que as malas não eram delas.
  • Depois do check-in – malas - Entregou as malas. Relaxe. Agora é por conta da empresa. Mas não esqueça: as bagagens despachadas também passam por revistas rigorosas e por scanners. Não leve drogas, alimentos, qualquer tipo de pó suspeito, caso contrário poderá ser interpelado. Pode-se levar biscoitos, alimentos não perecíveis, para consumo na viagem. Evite garrafas de bebidas nas malas. As bagagens sofrem nas viagens de avião. Elas são atiradas sem cuidado pelos carregadores e as garrafas podem se quebrar nas malas, e fazer um estrago nos seus pertences. Outro lembrete. As malas pegam chuva nos aeroportos. Se sua mala é muito fina, não impermeável, coloque todo o conteúdo (roupas, calçados) protegido por um saco plástico. Pode até ser um saco de lixo. Evitará dissabores, como encontrar sua melhor roupa toda manchada. IMPORTANTE: apesar de haver folclore de que não adianta usar, coloque cadeados confiáveis em todas as malas DESPACHADAS. E coloque duas etiquetas, em cada mala, com o endereço onde você vai estar no destino e o seu telefone celular. (Não esqueça, na volta, de mudar a etiqueta com o endereço de sua residência. Leve isso pronto daqui do Brasil) Isso facilita a devolução das malas, caso perdidas durante a viagem. Tenha a descrição completa de sua mala, se preciso anote (tamanho, estilo, cor, melhor ainda fotografá-la antes do despacho), para o caso de perda, quando você terá que fazer uma ocorrência (na empresa aérea) no aeroporto onde foi constatada a perda e registrar exatamente como ela é e o que está escrito na etiqueta. Ao retirar a mala, confira se o "lacre", cadeado não foi violado. E se foi retirado algum pertence. Se constatar que foi, procure a cia. aérea para registrar ocorrência.
  • Perda da mala - A perda de uma mala é uma alternativa que nunca você pode descartar. Se ocorrer, embora seja uma situação desagradável, não entre em pânico. Não resolve. Vá até a empresa aérea e registre a ocorrência. As empresas têm um cadastro internacional com todas as malas perdidas. Se a sua mala foi parar em Estocolmo e ninguém retirou, como ela já está inserida no cadastro, essa mala será enviada para o destino registrado na ocorrência. Quase sempre a mala aparece, um ou dois dias depois, e é entregue no endereço indicado na hora da ocorrência (hotel, casa, navio), onde for, em qualquer lugarejo do mundo e até em plena viagem de navio. É uma situação desgastante, mas não estrague sua viagem por causa disso. Nesse caso, compre, no primeiro dia, roupas íntimas, material de higiene, o que for necessário e pegue as notas para pedir ressarcimento à empresa aérea. Mas não entre no jogo da cia aérea, que rapidamente quer que você assine uma quitação por valor muito menor do que a obrigação que ela tem. Além da cia. aérea ter o dever de procurar a mala (e para isso você deve pressioná-la), se você tem seguro-viagem, este também inclui um valor de indenização em caso de perda. Uma precaução é você fotografar a mala, na hora do despacho; além de anotar tudo que você colocou dentro da mala, sobretudo roupas e objetos de valor, para balizar a indenização.
  • Dinheiro e objetos de valor – NUNCA ponha valores, jóias, dinheiro, documentos, cheques, cartões de crédito, lap tops, iPad, máquina fotográfica, celular ou remédios, que você usa habitualmente, nas malas despachadas no porão do avião. Lembre-se sobre a possibilidade de extravio da bagagem. Carregue tudo de valor na mala de mão. Por isso mesmo, jamais tire seu olho desta mala de mão.
  • Bagagens de mão – Em geral, só é permitido um volume por pessoa, excluindo a bolsa pessoal (no caso da mulher) e uma pasta (no caso de homens). Não pode ser muito pesada. Nas viagens internacionais, pelo fato de os aviões serem maiores, há mais flexibilidade com o tamanho e peso do que em voos domésticos. Nos Estados Unidos e alguns países da Europa você não entra na sala de embarque com mais de dois volumes na mão, ainda que seja sacola, bolsa, etc. É preciso concentrar todo o conteúdo em dois volumes. Essa bagagem também deve ser muito cuidada, porque as quadrilhas internacionais, que perambulam pelos aeroportos, sabem que ali estão os valores e documentos dos viajantes. Nunca – vale repetir NUNCA deixe sua bagagem aos cuidados de um desconhecido; NUNCA tire o olho da bagagem, mesmo quando vai pagar um café no caixa da lanchonete do aeroporto, fazer o check in ou ir ao banheiro (nesse último caso, não deixe a bagagem fora do banheiro. Se não couber, deixa a porta entreaberta e fique olhando). A bagagem de mão, esteja ou não no carrinho, tem que estar sempre sob seu absoluto controle. Todos os dias são roubadas bagagens de mão nos aeroportos, principalmente laptops, passaportes e carteiras. Você ficaria surpreendido com a incrível perspicácia, rapidez e desenvoltura de quadrilhas especializadas em roubar pastas, lap tops, etc. nos aeroportos, por pessoas bem vestidas, insuspeitas e insinuantes. Evite conversar com estranhos em aeroportos. Concentre-se na sua viagem e na sua bagagem.
  • Precauções – Leve na bagagem de mão uma muda de roupa íntima, para emergências, e um casaco, blazer. Isso porque você pode ficar sem mala e há uma alternativa. O pulôver/blazer/blusa serve para vestir no avião, porque às vezes a temperatura da aeronave é muito baixa. Você não conseguirá dormir. Se o destino é uma região muito fria leve, além das malas de mão, o seu sobretudo ou casaco de frio, que o protegerá da temperatura e da chuva, quando descer. Esse casaco vai junto com você.
  • Revista na bagagem de mão – Elas são as mais visadas pela fiscalização do aeroporto. Em viagens ao exterior, pode levar lap top, IPad (não esqueça de levar as notas de compra, se for novo, para comprovar que você já saiu do país com eles), que deverão ser tirados da bolsa na hora de passar no scanner, antes do embarque. Não podem ser levados na bagagem de mão: objetos pontiagudos, como facas, canivetes, tesourinhas com ponta, objetos de ferro para o cabelo, espátulas, etc. qualquer tipo que represente uma arma ou ameaça na mão do passageiro. Elas simplesmente serão retidas nos aeroportos e descartadas.
  • Líquidos – É proibido levar qualquer tipo de líquido em embalagens com mais de 100 ml na bagagem de mão: perfumes, remédios, gel, aerosol. Se você tiver frascos pequenos, com até 90 ml (em inglês three ounce) eles precisarão estar acondicionados dentro de um envelope plástico. Põe-se tudo no envelope, com um fecho reutilizável do tipo Zip, tira-se da mala de mão na hora da revista e passa. É proibido levar quaisquer produtos explosivos ou inflamáveis, como isqueiros a bordo. Em geral, é permitido apenas um saco plástico por pessoa. Os aeroportos possuem envelopes gratuitos, mas por precaução leve envelopes na bagagem. O tamanho ideal do saco é de 20cm X 20cm. Em função dessa proibição, é conveniente transportar sua necèssaire, com perfumes, cremes, etc. na MALA DESPACHADA e não na mala de mão. Isso evita muitos dissabores. Só coloque na mala de mão pequenos frascos, até mesmo pasta de dente, extremamente necessários, com não mais de 100 ml. Não adianta tentar passar com o seu vidro de 250 ml do perfume caro que comprou. Nos aeroportos mais rigorosos, como Estados Unidos, Inglaterra e França, vão lhe tomar o perfume.
  • Scanner - Na hora da fiscalização você precisará colocar a sua bagagem de mão na esteira da máquina de raio-x. Nesta ocasião, antes de colocá-la na esteira, retire o saco plástico com os produtos líquidos, assim como o notebook, iPad e coloque dentro de bandejas plásticas que eles oferecem.
  • Objetos de metal - Você também deve colocar nessa badeja qualquer objeto que possa acionar o alarme, no pórtico de metal em que você passará, como cintos com fivela, relógios, jóias, colares, canetas, moedas, celular, etc. No Brasil, não é exigido tirar os sapatos. Nos EUA e principais países da Europa, na passagem pelo scanner, em geral pedem também para tirar os sapatos, quando o salto é grande. Se o scanner acionar o alarme, você terá uma revista particular por um funcionário.
  • Compras nos aeroportos – Você até pode viajar com a idéia de comprar alguma coisa nas Free Shop dos aeroportos, que oferecem produtos importados sem impostos. Portanto, bem mais baratos do que no Brasil. Existem limites para essas compras também. E você não pode abrir o envelope das compras até entrar no avião ou sair do aeroporto, se for na chegada. É proibido abrir. Guarde apenas. Não compre muita coisa na ida. Na cidade do destino pode ser mais barato. E a bagagem já começa a ficar lotada. Isso é um erro. Até dentro dos aviões, há vendas de produtos importados. Há um catálogo no banco do avião, mas em geral é mais caro do que nas Free Shop dos aeroportos.
  • Embarque em primeiro lugar - Não esqueça de uma coisa: a prioridade total de você não são compras, mas embarcar no voo e viajar. Portanto, antes de se empolgar com uma enorme loja à sua disposição, verifique se o seu voo já está contemplado nos quadros de avisos, se já apareceu numa tela grande eletrônica onde consta o número do voo (muito importante, ver no cartão de embarque), a empresa, o portão de embarque (importantíssimo) e o horário de partida do avião. Ali está registrado o horário, atraso, etc. Conferido isso, olhe a hora e de quanto tempo você dispõe para embarcar. A hora que está no quadro é do avião partir e não para você estar no portão. Muita gente perde o voo, principalmente nos voos internacionais, porque os portões são distantes da entrada, principalmente nos grandes aeroportos internacionais. Caminha-se muito e não se chega a tempo. Acostumados no Brasil, em aeroportos menores, os passageiros de primeira viagem não fazem ideia da distância. Pensam que aquela hora é a do embarque. Não é. Chegue pelo menos 45 ou 30 minutos antes daquela hora ao portão e espere. Melhor esperar, do que perder o voo para comprar um vidro de perfume. Importante: nos grandes aeroportos internacionais, há uma placa dizendo: Portões 1 a 15 (5 minutos); portões 16 a 30 (15 minutos); portões 31 a 50 (20 minutos). Isso significa que você levará todo esse tempo, caminhando rápido, para chegar ao portão e estar pronto para o embarque. Então não dê bobeira. Quem caminha devagar, saia antes. Caso contrário, adeus voo. Ninguém espera no aeroporto. Há horários rígidos para o avião sair. Não se acostume como no Brasil, em que a empresa às vezes chama os passageiros retardatários no auto-falante. Isso não ocorre no exterior.
  • Avião - Um voo internacional, embora extremamente agradável para quem está acostumado, pode ser monótono e cansativo, porque são 8, 9, 10 horas confinado numa cadeira, fazendo uma ou duas refeições, sem poder caminhar. As pernas sentem, há incômodo no estômago, às vezes nos ouvidos por causa da pressurização não muito boa e as poltronas da classe econômica, em alguns aviões, são muito apertadas para quem tem pernas compridas. Por isso, é bom escolher o lugar no corredor. Relaxe. Assista a um dos filmes oferecidos nos grandes vôos internacionais, mas leve livros (finos) e revistas para ler, jogos eletrônicos, aparelhos para ouvir música, tablet ou smarthphone, se tiver. Todos de tamanho pequeno. O menos é mais na viagem ao exterior. Quanto menos coisas levar, menos trabalho terá em embarque/desembarque. Às vezes, você terá que puxar ou carregar a mala por 300, 500 metros no aeroporto ou fora, para chegar ao táxi ou ônibus. Não raro, subir escadas, entrar em ônibus, metrô, trens. Pouco peso, portanto. Nos aviões, o almoço ou jantar é servido uma hora mais ou menos após a decolagem, para permitir depois que todos relaxem e durmam. Se você é daqueles que não dorme no avião, tenha cuidado para não ficar fazendo barulho para quem quer descansar; é permitida a luz de leitura, mas não esqueça que de certo modo ela incomoda seu vizinho, num voo noturno. Importante, mantenha o cinto afivelado o tempo todo da viagem. Mesmo que o luminoso de "afivelar cintos" esteja desligado. Isso é para sua segurança total, porque não é raro surgir uma turbulência (alterações climáticas que fazem o avião sacudir) que pode ser uma séria ameaça à sua estabilidade no banco, podendo ferir vários passageiros, como aconteceu em dezembro de 2022, num voo dos de Nova York para o Havaí, quando 36 passageiros ficaram feridos.
  • Segurança - Por precaução, viaje todo o trajeto do voo com o cinto de segurança afivelado. Principalmente em voos de longa duração, em que você pode dormir e não perceber o início de uma turbulência. Não é raro "turbulências de céu claro", não detectadas pelo radar, quando o avião repentinamente começa a sacolejar e não deu tempo de o comandante avisar para afivelar os cintos. Em muitos casos, os objetos caem, portas se abrem e passageiros que estão sem o cinto podem ser deslocados do lugar e se ferirem até gravemente. Mesmo dormindo sentado ou deitado passe o cinto na cintura e não deixe crianças dormirem sem o cinto de segurança no voo. Se houver uma súbita turbulência, elas se deslocarão com mais facilidade, podem se ferir e atingir pessoas próximas. Não deixe objetos que podem ser arremessados soltos no banco ou nos corredores. Representam perigo para os passageiros.
  • Evite no avião: incomodar o vizinho conversando alto. Ninguém gosta, principalmente estrangeiros, que são mais discretos, de alguém falando ou rindo alto, tossindo ou espirrando por perto. Tenha cuidado com copos de café, bebida, para não virar. No avião, tudo é apertado. Um descuido e lá se vai calça, vestido, camisa. Lembre-se, você só tem uma muda de reserva. Evite ficar mexendo muito ou empurrando a poltrona à sua frente. Isso incomoda o passageiro. Se tirar os sapatos (recomendável) para viajar, previna-se com pés e meias limpos e que não exalem mau cheiro. Não faça exposição pública de seus pés em cima dos bancos e nem deixe pés e pernas espichados, principalmente à noite, para fora do banco, incomodando quem passa no corredor, inclusive a tripulação do avião. É falta de educação e pode até derrubar um idoso ou uma criança que eventualmente passem no corredor. Seu espaço no avião termina onde começa o do outro.
  • Banheiros - Se a viagem for noturna, não deixe para ir ao banheiro quando todo mundo acordar pela manhã. As luzes do avião começam a se acender uma hora e meia antes do pouso, para servir o café da manhã. Seja esperto, quanto estiver escuro, antes da alvorada, vá ao banheiro tranquilo, porque depois se formam grandes filas. E é bastante desagradável ficar “apertado” numa fila de banheiro. São poucos banheiros para muita gente. Se sujar o banheiro, procure pelo menos deixar em condições para outra pessoa utilizar. Homens devem levantar a tampa do vaso, naturalmente, em respeito às mulheres, quando utilizarem os banheiros rapidamente, porque os banheiros são mistos.
  • Chegada no destino – Lembre-se, você está fora do seu país. Cuidado com opiniões, gracinhas, pegadinhas. Os estrangeiros detestam isso. São extremamente profissionais, principalmente nos países anglo-saxões e na maioria dos países europeus e orientais. Tenha em mãos o formulário que a aeromoça lhe deu para preencher, antes da chegada. E o passaporte. No caso de excursões, a entrada é mais facilitada, mas nunca fique tão certo de que entrará no país numa boa, como se fosse a casa da mãe-joana. Eles fazem perguntas. Quanto tempo fica lá? O que veio fazer? Se tem onde ficar? Quanto está trazendo de dinheiro? Endereço? Passagem de volta? Essas coisas assim. Se não fala o idioma local, peça ajuda. O inglês é a língua convencional. Mas não fique irritado com as perguntas. Faz parte da liturgia da alfândega e em algumas os funcionários são extremamente mal-educados. Quanto mais jovem a pessoa (18 a 30 anos) mais rigorosa é a passagem pela alfândega. O resumo é: você deve provar que vai fazer turismo ou participar de algum evento, mas com dinheiro, hotel, passagem, tudo garantindo sua volta ao país de origem. A crise econômica, principalmente na Europa, agravou essa triagem, porque houve uma corrida aos países mais desenvolvidos. Reino Unido, França e Espanha estão cada vez mais rígidos na admissão de estrangeiros, até mesmo pelo alto índice de desemprego nos países. Se for barrado, não faça escândalo. Não são raros os casos em que brasileiros foram presos por desacato. Lembre-se, nunca perca a linha. Leve o telefone da Embaixada brasileira no país de destino.
  • Destinos Perigosos - A imprensa tem repercutido pesquisas de agências de viagem e serviços de imigração com indicações de destinos "perigosos" para mulheres. O mais atual aponta os 10 países que mulheres desacompanhadas devem evitar, pela ordem, até mesmo com dicas de segurança: Egito, Marrocos, Jamaica, Índia, Peru, Bahamas, Colômbia, Equador, Turquia e Guatemala. Nos últimos anos, têm acontecido assaltos, ataques sexuais e agressões a turistas jovens em países asiáticos, principalmente aqueles que seduzem os turistas pelas paisagens deslumbrantes. A recomendação é nunca ficar sozinhos em lugar ermo, nestes locais. De preferência, ir em excursões.
  • Esteira de bagagem – Chegou? Deu entrada. Vá pegar sua mala na esteira de bagagem. Nos aeroportos internacionais são inúmeras esteiras, milhares de malas. Procure a esteira onde está registrado o número do seu voo e pegue suas malas. Não existe ajuda de ninguém. Em algumas cidades, os carrinhos são pagos. Cobra-se um dólar ou um euro por carrinho. Em Nova York, chega-se a cobrar 5 dólares para liberá-lo. Em outros aeroportos, não. Por isso, procure levar moeda miúda do país: dólar, euro (Europa, menos Inglaterra), libra (Inglaterra). O dólar é uma moeda aceita em qualquer país, mas é melhor fazer câmbio e sempre usar a moeda local. Na África e em alguns países da Europa até o dólar tem restrições para você pagar alguma coisa. Se não quiser utilizar o carrinho, prefira malas com rodinhas, que podem ser arrastadas.
  • Câmbio – Todo mundo que chega sem a moeda local corre para fazer câmbio numa Casa de Câmbio no aeroporto. Errado. É onde cobram a taxa de conversão mais cara. Se você tem dinheiro para o táxi ou transporte de graça, deixe para adquirir a moeda (troca de dólar por Euro ou Real por Euro, se aceitarem, o que não é comum) no centro da cidade. A taxa é mais barata. O ideal é levar pelo menos boa parte do dinheiro estrangeiro do Brasil.
  • Cartões de Crédito. Depois que o governo brasileiro aumentou o IOF sobre compras no exterior de 2,38% para 6,38%, esqueça o cartão de crédito para compras. Só leve para emergências. Compre o que puder, todo o dinheiro que pretende utilizar no exterior - em Real, em Euros/Dólar/Libra - dependendo para onde for, aqui no Brasil. Se sobrar, na volta, o banco recompra. Não há problema. Cartão de crédito para sacar é fria. As tarifas bancárias são altíssimas. Se você não quiser levar dinheiro vivo, existem cartões especiais, carregados no Brasil, com moeda estrangeira que você pode sacar lá em qualquer ATM (caixas automáticos) ou utilizar como cartão de pagamentos (débito). Você pode pagar em dólar ou em euro e será abatido de seu saldo. Paga-se apenas o IOF. Pode ser comprado nos grandes bancos, com bandeiras das principais empresas de cartões de crédito. É o chamado travel money. Nos saques em ATMs no exterior, é cobrada uma tarifa de 3 a 10 dólares e todos os grandes bancos têm o produto para oferecer. Se você for utilizar cartão de crédito internacional, certifique-se com seu gerente do banco de que ele está habilitado para o exterior. É desagradável ficar horas escolhendo mercadorias para comprar e na hora de pagar, contando com o cartão, ele ser barrado apenas por um detalhe burocrático.
  • Segurança - Cuidados com valores – Não confie que países estrangeiros são um paraíso, onde não existem assaltos. Há brasileiros que foram assaltados duas ou três vezes no exterior e nunca foram no Brasil. Mas em geral, países como Inglaterra e Estados Unidos têm uma boa segurança. Países de economias mais pobres, com alto índice de desemprego, têm índice alto de assaltos e violência. Rouba-se muito em ônibus, metrô e até na rua. Portanto, ande sempre com seu dinheiro em lugar seguro. Procure se informar na internet ou nas empresas de turismo quais as medidas de segurança no país de seu destino. Dica: pouco dinheiro, numa bolsa à prova de ser arrancada do seu corpo, sempre fechada. Na loja, não dê bandeira. Não aceite ofertas de ajuda de pessoas que não conhece. Para isso, existem os guardas, os guias de turismo. O hotel é um bom lugar para pegar dicas sobre restaurantes, passeios, excursões ou outras dúvidas. Nunca pegue um táxi ou transportes piratas, que não forem indicados pelo hotel ou oficiais. Pode ser uma cilada. Não aceite oferta de compartilhar táxi em aeroportos. Pegue táxi oficial e pague a tarifa do taxímetro. Em algumas cidades, principalmente dos Estados Unidos, costuma-se dar uma gorjeta para o motorista, de até 15% da corrida. Leve o endereço de destino (residência, hotel) no local da viagem bem claro. Se possível, entre no Google Maps e descubra a localização do hotel para saber se é perto ou longe do aeroporto. Assim, você sabe onde anda. Na maioria das cidades, se tiver pouca bagagem, existem transportes públicos (trens, ônibus) ou vans que fazem transporte para o centro da cidade. Essa opção sai muito mais em conta do que pagar táxis.
  • Aluguel de carro - Se você alugou um carro no local de origem, a maioria das grandes bandeiras internacionais de Rent a Car têm vans nos aeroportos para levá-lo até o local onde pegará o carro. Na maioria dos aeroportos internacionais não há entrega de carro na saída do aeroporto. Uma boa exceção é Orlando (Flórida, EUA), em que as empresas de aluguel de carro estão na frente da saída dos passageiros. Não precisa pegar transporte.
  • Viagens de trem – Na maioria dos Continentes, fora da América Latina, as viagens de trem são um dos meios mais confortáveis de conhecer o país e as cidades. Na Europa e nos Estados Unidos as viagens de trem são uma rotina, ao contrário do Brasil onde, a partir dos anos 1960 se abandonou o transporte ferroviário para privilegiar o rodoviário, o que se mostrou um grande erro. Você pode atravessar os Estados Unidos, a Europa, vários países da Ásia somente de trem, numa viagem inesquecível, porque o transporte é muito confortável, pontual e prático.
  • O trem é um excelente meio de transporte para quem quer conhecer os lugares, durante o dia, vendo a paisagem. É uma forma também de ver a vida no interior do país que você está conhecendo. As passagens de trem em geral não são baratas. Quase sempre são mais caras do que o avião, principalmente quando comparadas a empresas aéreas de baixo custo (chamadas low cost, low fare). Depende muito da época em que o viajante compra a passagem.
  • Se você pretende viajar de trem fora do país, veja os roteiros pela Internet. Na maioria dos casos, pode comprar os tickets antecipadamente. Mas tenha certeza de que você não irá prolongar a estadia numa cidade de que você gostou, porque muitas vezes, se quiser mudar, não irá conseguir trocar a passagem ou ter o reembolso do valor pago. Se você tiver dúvida de quantos dias ficará numa cidade, o melhor é comprar a passagem lá no destino mesmo, assim que decidir que dia irá continuar a viagem. Em casos raros, provavelmente na alta temporada, você teria problemas para conseguir lugar nos trens.
  • Algumas dicas para quem pretende viajar de trem nas férias ou a trabalho: Leve pouca bagagem. O trem tem a conveniência de permitir chegar pouco antes da hora do embarque, sem passar por aquele stress dos aeroportos de chegar uma ou duas horas antes, check in, revista de bagagens, etc. Mas nos trens, você é responsável pela bagagem; a mala será carregada por você, para subir (no embarque) e descer (no desembarque) em poucos minutos, inclusive por escadas, porque os trens são extremamente pontuais e saem exatamente na hora. Se você não estiver na estação no horário, dançou. Muita bagagem ou malas pesadas são transtornos. Uma malinha pequena é o ideal. E esteja atento antes da viagem sobre qual a plataforma em que seu trem irá chegar e onde irá embarcar. Os trens têm números, a exemplo dos voos. E em algumas cidades como Londres, Paris, Milão, Munique, Viena, Zurique as estações são muito grandes e com muitas plataformas. O ideal é saber a plataforma e o número do vagão, porque quando o trem é muito comprido e há poucos minutos para o embarque, é muito estressante ficar procurando qual o vagão correto. Em geral, essa informação já consta no ticket de passagem. Até o local exato na plataforma onde você ficará esperando o seu vagão pode ser antecipado, para evitar correrias e atropelos. Se você tiver alguma necessidade ou deficiência física especial; for idoso ou viajar com crianças, com muita bagagem, é aconselhável evitar conexões de trens com pouco espaço de tempo entre descer e embarcar. As próprias empresas ferroviárias recomendam isso, para evitar que você perca o trem e depois queira resolver esse problema na empresa. Analise bem os horários e conexões, porque um pequeno atraso pode transformar sua viagem num grande problema. Horas de espera, perda de compromissos, etc. Se você não quiser gastar no carro-restaurante do trem, pode entrar com seu lanche, que pode ser comprado até mesmo na estação. Em alguns trens de mais luxo, na primeira classe existem carros para dormir, onde o silêncio é exigência, portanto não dê um fora conversando alto.
  • Trem-dormitório - Para viagens noturnas, de longa distância, existem trens com vagões-dormitórios, com cabines e beliches-cama. Mas cuidado, em geral são cabines para quatro ou seis pessoas. E se você não quiser ser surpreendido por estranhos dormindo com você numa cabine pequena, que mal dá para se mexer, onde deve acomodar também as bagagens, é melhor perguntar que tipo de cabine o trem oferece. Se individual; para dois casais; para seis pessoas, etc. É muito desagradável dormir numa minúscula cabine com mais quartro ou cinco pessoas estranhas, o que também pode representar um risco para você e seus pertences. A outra opção seria comprar a passagem e viajar nos bancos. Pelo menos, compre passagem na primeira classe, se tiver condições, são carros bem mais confortáveis. Mas a segunda-classe nos trens em geral também oferece um excelente conforto para viagem.
  • Quarto do Hotel – Veja se o hotel tem cofre, para você deixar o iPad, laptop, passaporte, valores, documentos, cartões de crédito. Tudo que pode ser roubado. No quarto, guarde seu dinheiro em dois lugares. Não concentre num mesmo lugar. Fundo da mala, mala de mão por exemplo. Mas não confie muito em deixar dinheiro no hotel, se não for no cofre. Não são raros os casos de roubo em hotel, principalmente em países de menor tradição turística. Se for utilizar telefone, internet, primeiro saiba se são taxados. Os preços no exterior costumam ser muito caros para essas regalias. Nos EUA, bons hotéis têm internet gratuita. Na Europa, em muitos países a internet ainda é cobrada. Em alguns hotéis, videogames, TV a Cabo, filmes também são taxados.
  • Celular – Outro objeto para deixar de lado: o celular. O uso do celular por brasileiros para ligações para o Brasil é extremamente caro. Você levará um susto quando chegar a conta, mesmo com poucas ligações. Prefira comprar um cartão (vendido no aeroporto) para ligações internacionais. Assim, se você comprar US$ 50, já sabe que aquele é o seu limite para ligar para a família ou amigos. Use a internet, nas lan-houses. É mais barato. Mesmo o envio de mensagens também é caro. Se pretende usar o celular lá fora, certifique-se de que a empresa liberou o seu celular para ligações internacionais. Mas recomenda-se desligar o roamning internacional, para evitar despesas desnecessárias e imprevistas. O ideal é chegar lá e comprar um chip, mesmo que seja apenas para dois dias. É só tirar o chip brasileiro do celular e colocar o comprado. Você pode comprar chips com uma semana free de ligações ou outros planos, segundo a conveniência. Para quem for ficar muito tempo (a partir de um mês) fora do país, convém comprar um celular pré-pago para utilizar em comunicações locais com a família ou amigos que estejam viajando juntos ou morem no país. Em Londres, por exemplo, um pré-pago custa 10 libras (R$ 45,00) e as ligações são relativamente baratas.
  • Excursões – Sight Seeing – Em quase todas as capitais dos países de tradição turística, e mesmo em boas cidades do interior dos países, há ônibus que fazem um tour para os turistas conhecerem os principais pontos turísticos. É uma excelente e econômica maneira de ver a cidade, principalmente para quem não tem muito tempo. Os ônibus, em geral, permitem utilizar o ticket dois dias. Pode-se descer, conhecer alguns pontos turísticos, e seguir depois com o mesmo ticket. Não precisa comprar com antecedência, aqui no Brasil.
  • Não dê vexame – Os brasileiros são conhecidos no exterior pelo ar festivo, barulho que fazem e a falta de disciplina e pontualidade. Não deixe os colegas esperando no ônibus, porque você ficou no banheiro arrumando a maquiagem ou a barba. Lembre-se, quem vai de excursão deve respeitar os outros, tanto nos horários, quanto no respeito à privacidade, ao silêncio, à higiene e aos bons costumes. Ônibus de turismo não é lugar para ficar gritando no celular e fazendo fuzarca com piadinhas de mau gosto e cantoria. Não discuta política, religião ou raça. Seja discreto, principalmente em museus, galerias de arte e pontos turísticos. Os estrangeiros, principalmente em países anglo-saxões, são extremamente disciplinados e detestam barulho nos pontos turísticos.
  • Um detalhe que pode parecer insignificante aqui no Brasil, lá faz muita diferença. Nas escadas rolantes e mesmo escadas normais, fique sempre à direita, com sua mala ou bagagem de mão; permita que as outras pessoas que estão com pressa o ultrapassem pela esquerda. É uma prática normal de boa educação. Estrangeiros também não gostam que você fale muito perto ou toquem com a mão em qualquer parte do seu corpo. Em alguns países, eles cultivam verdadeira paranoia com doenças. E não faça absolutamente nada que possa demonstrar ameaça à segurança das outras pessoas, mesmo que por brincadeira. Discrição no exterior é a palavra-chave.
  • Compras – Todo o turista que sai do país, pensa em trazer alguma compra, principalmente eletrônicos, se a viagem por aos Estados Unidos. As compras têm um limite de US$ 1.000 (R$ 5.000, em média) por pessoa, para entrar no país. Esse limite a Receita Federal calcula para objetos mais caros, como eletrônicos. Ela aceita que se traga um celular, uma máquina fotográfica, objetos que sejam de uso pessoal, sem entrar na cota. Além disso, não haverá problema se você trouxer um ou dois pares de tênis, alguns perfumes, roupas, etc. Não pode trazer quantidade, que caracterize comércio. Se você não ultrapassou US$ 1.000 com objetos eletrônicos, relaxe. Na declaração que vai preencher na entrada no Brasil, para entregar à Receita vai assinalar não, quando perguntado. O espaço para descrever objetos, fica em branco.
  • Compras acima do limite – Posso trazer um lap-top do exterior? Se ele custar mais de US$ 1.000 (provado na nota, que se deve apresentar), e você for sorteado pela Receita para ser vistoriado, terá que pagar 50% de imposto sobre o que ultrapassar a cota de US$ 1.000 (mil dólares). Se o lap top custou US$ 2.000, você pagará 50% de imposto sobre US$ 1.000 (o valor que ultrapassou a cota). Evite comprar por compulsão, você gastará seu dinheiro e muitas vezes compra o que não precisa. O melhor é fazer uma lista criteriosa, antes de viajar, do que realmente você pretende trazer. Fazer as contas e só comprar se estiver dentro do orçamento. Ou se valer a pena, quando feito o câmbio. Há turistas que enxugam gelo. Compram objetos no exterior por quase o mesmo preço do cobrado no Brasil. A cota para turistas que entram por terra (fronteira seca) ou rios é de US$ 500.
  • Free Shop – Além de produtos até o limite de US$ 1.000, que todo brasileiro tem direito de comprar nos países visitados, ao passar pelos aeroportos, o turista pode adquirir outros produtos importados até o limite de US$ 1.000, nas lojas chamadas Free Shop dos aeroportos. Lembre-se. No caso de comprar em uma Free Shop de algum aeroporto internacional, fora do Brasil, só pode abrir o pacote dentro do avião ou após o desembarque. Se for no Brasil, somente após passar pela triagem da Receita Federal. Não se empolgue com as Free Shop. Os preços nem sempre compensam. Mesmo nesse caso, a quantidade de unidades compradas não pode sugerir comércio. Um turista não pode comprar 20 vidros de perfume, por exemplo. E bebidas também têm um limite. Na dúvida, consulte o atendente das lojas. Eles sempre conhecem todas as regras de importação.
  • Última atualização: dezembro de 2022.

Essas são algumas dicas que deixamos para você, como forma de evitar que a viagem a passeio ou a trabalho ao exterior se transforme numa crise. Aproveite para curtir outros países, outras culturas. Viajar ao exterior é uma experiência incrível, inesquecível. Boa Viagem!

Foto: Praga, capital da República Checa. Vista parcial da bela cidade.

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