Tragédia no Rio Grande do Sul poderia ser evitada?
A tragédia que arrasa o Rio Grande do Sul, desde o início do mês, o maior desastre natural no estado na história, com o transbordamento de vários rios em boa parte da região central do território gaúcho, incluindo a capital, não tem precedentes no País. Até agora, o maior desastre por fenômenos climáticos, no Brasil, ocorreu no estado do Rio, em janeiro de 2011, quando fortes chuvas provocaram enchentes e deslizamentos em sete municípios. A tragédia resultou em cerca de 900 mortes e mais de 100 desaparecidos. Sem dúvida, até então, a maior catástrofe climática e geotécnica do país.
Leia mais...Todos sabemos que as obras para a Copa do Mundo estão atrasadas. O governo teria descoberto a fórmula de resolver o impasse, modificando a Lei de Licitações. Medida Provisória, aprovada pela Câmara dos Deputados, sob o argumento de enfrentar o lobby das empreiteiras e outras empresas, participantes das licitações, afronta o princípio da transparência.
Eles não aprendem. Depois do poderoso diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de Antonio Palocci e seus negócios mal explicados, sexo e redes sociais derrubam mais um político. Nos EUA, de novo.
A semana passada foi pródiga em crises, tanto no Brasil, quanto no exterior. Dos bombeiros do Rio de Janeiro, passando pelo apagão de São Paulo, até o epílogo da novela Palocci, não faltaram “pepinos” para as autoridades descascar, como comprova agora o governo da Alemanha, meio perdido com a bactéria E. coli. Erros e inépcia administrativa trazem alguns ensinamentos para quem está ligado em gestão de crises.
Palocci não caiu na terça-feira, nem começou a cair quando da publicação da reportagem da Folha de S. Paulo sobre seus milionários ganhos nos últimos anos, principalmente durante a campanha eleitoral. O derretimento de Palocci começou em 2006, quando aceitou, sem cuidadosa checagem, a acusação de que o caseiro, Francenildo da Costa, havia recebido dinheiro suspeito. Meio trincado, o telhado de vidro de Palocci agora foi alvo fácil para receber outros petardos.
Apesar de tanto se falar em gestão de crises, o Brasil continua sendo um excelente laboratório para quem quer aprender como não agir numa crise. Tanto no governo, quanto na iniciativa privada. O caso Palocci, que há mais de 15 dias desafia os jornalistas investigativos, incomoda o Palácio do Planalto e alimenta a voracidade do PMDB, é um caso típico de crise mal resolvida.
O Congresso Mega Brasil de Comunicação 2011, encerrado sexta-feira (27), em São Paulo, consagrou as redes sociais como o grande desafio do momento para os profissionais do século XXI. O evento reuniu, durante quatro dias, mais de 850 profissionais da área, entre participantes do Congresso, dos demais eventos, além de palestrantes e moderadores.