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Neste 3 de dezembro completou 40 anos o pior desastre industrial do mundo: o vazamento de gás ocorrido na noite entre 2 e 3 de dezembro de 1984 na fábrica de pesticidas Union Carbide, em Bhopal, na Índia. A planta industrial era uma unidade asiática da multinacional americana Union Carbide.
Leia mais...The Guardian - Editorial
"Os atos assassinos desta semana* trazem em relevo a ameaça na Europa e seus vizinhos de dentro e de fora. Em poucas horas, três ataques derramaram sangue nas calçadas das ruas históricas da região. Três homens foram baleados e feridos em um centro islâmico em Zurique. Pela primeira vez em quase 90 anos, um embaixador russo foi morto a tiros; uma cidadão de Moscou foi assassinado na Turquia, em uma galeria de arte de Ancara, por um policial local que gritou "não se esqueça da Síria!". Em seguida, um grande caminhão no centro de Berlim atravessou uma das instituições de férias mais famosas da Alemanha, o mercado de Natal, matando 12 e ferindo dezenas de pessoas. As raízes dessa violência podem ser atribuídas a muitas coisas: extremismo religioso; ideologia fanática; pobreza; desrespeito. Nenhuma pode ser usada para desculpar atrocidades homicidas. Quando os terroristas, e não os criminosos, perpetuam a violência, os governos geralmente respondem de maneira extraordinária.
A cada ano, na época do Natal, insistimos que, apesar de 25 de dezembro ser o aniversário de Jesus, segundo consagrou a fé cristã, na medida em que o tempo passa essa evocação acaba engolida pelo mercantilismo e pelas disputas que nada têm a ver com fraternidade e união. Não bastasse o culto ao deus do consumo, o Natal de novo este ano chega agravado pelas crises, principalmente no Brasil. A festa do congraçamento, portanto, para milhões de pessoas não passa de uma miragem. A maioria dos que trabalham e lutam para sobreviver, alheios aos cargos bem remunerados e aos esquemas de corrupção, está mais preocupada em não aumentar as dívidas, em pagá-las, e em saber como vai ser o próximo ano.
*Barack Obama
O presidente dos EUA escreve para nós sobre quatro áreas cruciais de negócios inacabados em política econômica que seu sucessor terá de enfrentar.
Onde quer que eu vá, em casa ou no exterior, as pessoas me fazem a mesma pergunta: o que está acontecendo com o sistema político americano? Como um país que se beneficiou – talvez mais do que qualquer outro – da imigração, do comércio e da inovação tecnológica repentinamente desenvolve sintomas protecionistas de anti-imigração e anti-inovação?
Por que alguns na extrema esquerda e ainda mais na extrema direita abraçaram um populismo grosseiro que promete um retorno a um passado que não é possível restaurar - e que, para a maioria dos americanos, nunca existiu?
Não bastassem as crises que há quase dois anos persistem no País, a cada dia somos surpreendidos pelos fantasmas que saem dos armários das delações. Após o vendaval da Petrobras, agora temos o tsunami Odebrecht. Cerca de 77 executivos da empresa firmaram acordo de delação premiada, ainda não homologado. Não por patriotismo, certamente. Mas, primeiro, para tentar salvar a própria pele. E, depois, talvez o emprego. Tudo com o respaldo da Polícia Federal e do Ministério Público.
A cada depoimento vazado, o país se surpreende com os nomes envolvidos e as acusações, todas invariavelmente ligadas a polpudos valores repassados ilegalmente. Se fossem legais, não deveriam nem aparecer numa delação. O mais incrível nisso são os argumentos utilizados no direito de resposta de todos os citados, quando procurados pela mídia. Segue um padrão, assoprado pelos advogados, pela falta de criatividade e inconsistência. Um “repudia com veemência”, outro “não houve caixa dois nem entrega em dinheiro”; ainda outro “a acusação é mentirosa”. Quando não, o citado “negou ter recebido qualquer quantia”.
*Francisco Viana
Aproxima-se o dia da posse dos prefeitos eleitos em 2016. O País deu forte guinada ao centro-direita, mas os novos prefeitos terão de governar para o povo e resolver os problemas sociais, seja qual for a coloração política ou o credo ideológico. Emprego, saúde, transporte, saneamento, escolas, investimento e liderança política, são pautas comuns a todos.
A equipe de futebol do Internacional de Porto Alegre vai decidir o futuro neste domingo, na última rodada do Brasileirão, precisando ganhar o último jogo e torcer por uma combinação de resultados para não cair pela primeira vez para a série B. A crise do Inter no terreno do futebol, se já não fosse pequena, foi inflada nos últimos dias por uma série de trapalhadas da diretoria e dos jogadores com declarações e atitudes que mereceram críticas da opinião pública e da crônica esportiva. Tudo começou quando o vice-presidente de futebol da equipe, em entrevista coletiva, ao lamentar a tragédia que envolveu a delegação da Chapecoense, na Colômbia, a associou à "tragédia particular" vivenciada pelo Colorado gaúcho. Para ele, o adiamento da última rodada do Brasileirão para o domingo seguinte seria prejudicial ao clube.