Jornal britânico “The Guardian” não irá mais postar no “X” de Elon Musk
O jornal britânico The Guardian, um dos mais independentes periódicos da mídia internacional, explica por que não está mais postando na rede “X” de Elon Musk.
“Queríamos informar aos leitores que não postaremos mais em nenhuma conta editorial oficial do The Guardian no site de mídia social "X" (antigo Twitter). Acreditamos que os benefícios de estar no “X” agora são superados pelos negativos e que os recursos poderiam ser melhor utilizados promovendo nosso jornalismo em outros lugares. Vamos parar de postar de nossas contas editoriais oficiais na plataforma, mas os usuários do "X" ainda podem compartilhar nossos artigos.”
Leia mais...O ano de 2019 se despediu sob o estigma das “fake news”. Comandado pelo presidente da maior potência econômica do mundo, o termo “fake news” foi vulgarizado, sob o argumento de que tudo que não for “bom para mim” ou para “meu governo”, trata-se de "fake news". Com isso, confundindo a cabeça dos leitores, até a mídia começou a entrar em parafuso. E chegamos a 2020, um ano de eleição no Brasil, desconfiados de que isso vai piorar. Vai ficar difícil distinguir o que é verdade e o que é notícia falsa? Dependerá muito de quem produz a notícia e de quem a dissemina.
No Brasil, se ocorresse uma pesquisa, mesmo para quem não é do ramo, sobre a pior crise corporativa de 2019, certamente a indicação recairia sobre a mineradora Vale. Nenhuma crise, por mais deletéria e mortal que tenha sido, como o incêndio no CT Ninho do Urubu, do Flamengo, em fevereiro, que matou 10 adolescentes e feriu outros três; nem mesmo a Escola Professor Raul Brasil, em Suzano-SP, que sofreu um ataque de dois alunos com arma de fogo, resultando na morte de 5 estudantes e 2 funcionários, além de ter causado ferimentos em outros, nenhum desses dois lamentáveis acontecimentos superaria a grave crise que atingiu a mineradora Vale, em janeiro de 2019.
Quando um ano chega ao fim, muitas empresas fazem balanços, reuniões de planejamento estratégico, analisam o que foi feito no exercício que se encerra e projetam o próximo ano. No Brasil, 2019 do ponto de vista da gestão, algumas organizações tiveram verdadeiros pesadelos. O ano iniciou com uma das maiores tragédias humanas, ambientais e materiais do país. Em 25 de janeiro, a Barragem da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho-MG, se rompeu, matando 255 pessoas e deixando 15 desaparecidos. No seu rastro, destruição de casas, plantações, animais, poluição de rios, córregos e tudo que estivesse no curso do rompimento.
A consultoria PricewaterhouseCoopers - PwC acaba de divulgar um abrangente e detalhado trabalho de pesquisa sobre crises corporativas, intitulado "Preparação para a crise como uma vantagem competitiva". A base da pesquisa, realizada em 2019, foram 4.500 cases de 2 mil empresas aproximadamente. Nessa primeira pesquisa de crise global da PwC, foram ouvidos 2.084 executivos seniores em organizações de todos os tamanhos, em 25 setores e em 43 países – 1.430 dos quais haviam passado pelo menos por uma crise nos últimos 5 anos, para um total de 4.515 crises analisadas no geral. Segundo o artigo, "o que descobrimos é uma mudança de jogo."
“Voar tornou-se mais mortal do que há anos e é difícil culpar apenas o malfadado 737 Max da Boeing Co. Os acidentes aéreos ocorreram com mais frequência em quase todas as regiões do mundo em 2018, com o número de mortos chegando a 523, a maior quantidade de vítimas fatais em quatro anos, de acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo-Iata." Ou seja, há uma potencial crise na aviação que, apesar dos avanços tecnológicos, precisa ser monitorada.
Cristiano Cecatto*
Envolvimento e atuação plena de conhecedores da área pode ser vital na prevenção e combate de situações de emergência. Desabamentos do edifício Palace II e da Ciclovia Tim Maia. Rio de Janeiro, 1998 e 2016. Incêndio da Boate Kiss. Rio G. do Sul, 2013. Rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho. Minas Gerais, 2015 e 2019. A lista de tragédias no Brasil tem nestes episódios apenas um início. Se uma pesquisa por outros casos for intensificada, a quantidade de ocorrências só vai aumentar e, com ela, surge uma característica comum para cada episódio: a ausência de um planejamento para a gestão de emergências.