Livro chega ao mercado com painel completo sobre a comunicação no agronegócio brasileiro
O agronegócio brasileiro ganha uma nova e indispensável referência com o lançamento da coleção Comunicação e Agronegócio: Propósito e Impactos. Dividida em três volumes, a obra reúne 63 artigos de especialistas, de diferentes áreas do conhecimento, os quais abordam temas essenciais que conectam o setor do agronegócio com a sociedade, em temas como sustentabilidade, inovação, tecnologia, desastres climáticos, risco e outras variáveis. O foco dos ensaios publicados nos três volumes é sempre a comunicação, nas suas mais variadas formas, como forma de entender, divulgar e manter a reputação do setor. É o primeiro trabalho teórico de fôlego que explora o papel da comunicação no agronegócio, envolvendo autores de várias tendências.
Leia mais...Francisco Viana *
Uma era acabou no Brasil. A era da impunidade.
Com as prisões do senador Delcídio Amaral, líder do governo, e do banqueiro André Esteves, um dos 13 homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes, a Operação Lava Jato transborda da Petrobras e do universo das construtoras para os universos da política e das finanças. O poder desloca-se para o STF.
Francisco Viana*
"Queres que eu tenha medo. Esqueça!"(1), analisa a reportagem de capa do Der Spiegel, ao tratar dos atentados terroristas do Estado Islâmico na sangrenta sexta-feira 13, em Paris. O Le Monde Diplomatique foi ainda mais claro: “Sejam livres, isto é uma ordem”(2). A percepção, em ambos os casos, é clara: alçar o tema dos atentados que mataram mais de uma centena de pessoas ao debate entre a democracia e obscurantismo.
No Brasil, o leitor, ficou com a ideia – generalizada, essa é verdade – de que se trata de uma guerra entre terroristas e as forças da lei, quase que um duelo entre mocinhos e bandidos. Ou foi levado a crer num relativismo primário do gênero a França está pagando pelos erros do passado. Ou, o que é igualmente dramático, induzido a pensar que a esquerda europeia se encontra sitiada pela força do terror e não tem voz para reagir.
Que houve uma falha grave da Inteligência francesa em detectar a iminência de um ataque violento ao país, particularmente a Paris, todos concordam. Mas como é possível o serviço secreto francês ter falhado, 11 meses após o violento ataque ao jornal Charlie Hebdo, com 12 vítimas, sabendo que se tornaram alvos do Isis e têm a maior população muçulmana da Europa?
Por que a comoção internacional em torno de 132 vítimas fatais em um atentado em Paris? Por que os brasileiros sentem e acompanham o drama dos irmãos franceses, se em nosso país morrem em média 120 pessoas no trânsito diariamente? Outras 150 pessoas morrem assassinadas no Brasil todo dia, segundo os números divulgados pelo Observatório de Homicídios. O que explica a repercussão do atentado em Paris, se na mesma semana em Beirute morreram 40 pessoas e 180 ficaram feridas, num duplo ataque perpetrado pelo Isis, e não se registrou tamanha comoção?
Uma das controladoras da Samarco, mineradora que teve duas barragens de resíduos rompidas na última sexta-feira, a australiana BHP Billiton, que detém 50% do capital da joint venture, (os outros 50% são da brasileira Vale), já precificou o custo da crise com a tragédia de Mariana, apenas de seu lado: US$ 1 bilhão. Quem avaliou foram analistas do Deutsche Bank. Esse valor para a BHP seria a conta dos passivos de limpeza do meio ambiente, indenizações a parentes dos mortos e às pessoas atingidas pelo rompimento. Além de todo o prejuízo causado às cidades por onde os resíduos irão chegar.
Francisco Viana*
Foi uma atitude digna de O Globo desmentir um dos seus principais colunistas, Lauro Jardim, na primeira página. O jornal reconhece, na sua edição de domingo, dia 8, ser falsa a notícia divulgada como manchete de primeira página no dia 11 de outubro, “informando” que o lobista Fernando Baiano teria dado R$ 2 milhões para pagar contas de Lulinha, filho do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Reconhece que o nome de Lulinha não foi citado por Baiano, que apenas “disse que o também lobista e pecuarista José Carlos Bumlai é que pediu dinheiro alegando que seria para uma nora de Lula”. São coisas bastante diferentes, não?