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Neste 3 de dezembro completou 40 anos o pior desastre industrial do mundo: o vazamento de gás ocorrido na noite entre 2 e 3 de dezembro de 1984 na fábrica de pesticidas Union Carbide, em Bhopal, na Índia. A planta industrial era uma unidade asiática da multinacional americana Union Carbide.
Leia mais...Didier Heiderich* e Myriam Delouvrier**
Uma comunicação de crise bem sucedida não se vê. No entanto, a comunicação de crise é frequentemente o objeto de um mal-entendido precoce. Reduzida às operações de “mídias”, às discussões sobre a reputação ou à “e-reputação”, ou sobre os “elementos de linguagem”, uma estratégia de comunicação em situação de crise perde-se ante um número grande de atores sobre a sua escolha certa. Não pode em nenhum caso limitar-se à mensagens-chave, ao mídia training e a alguns tweets pelos quais o profissional amador se maravilha.
A crise que começou a atingir a gigante coreana de eletrônica Samsung, logo depois do lançamento do mais novo produto da empresa, em 2 de agosto, quando alguns aparelhos Galaxy Note 7 começaram a esquentar, emitir fumaça e até explodir, atingiu proporções ameaçadoras nesta semana. Haveria mais de 100 relatos de incidentes semelhantes nos dez países onde o telefone é vendido.
Francisco Viana*
À primeira vista, não há dúvidas. Quem perdeu foi o PT, pois o partido encolheu. Um indicador emblemático: seu candidato à reeleição em São Paulo perdeu, e perdeu feio, para o candidato do PSDB, vitorioso já no primeiro turno, fato inédito na história; e nas outras capitais e municípios importantes o partido, colecionando derrotas – elegeu apenas 237 candidatos contra 644 em 2012 – em nada lembra o fato de ter por 13 anos governando o país. Com o PT, naufragaram também lideranças históricas, como por exemplo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Marina Silva, da Rede, que se eclipsou em meio à avalanche de rejeição aos candidatos de esquerda ou com linguagem que tivesse alguma afinidade com tal tendência.
Se até hoje o Haiti não conseguiu se recuperar do terremoto, de 2010, que atingiu o país mais pobre da América, e matou entre 200 a 250 mil pessoas, o furacão Matthew, que chegou ontem ao país e ameaça também várias regiões dos Estados Unidos, pioram a situação de calamidade. Até a tarde desta sexta-feira, 842 mortos foram registrados no Haiti e muitas regiões ficaram isoladas; talvez nunca se saiba o número exato de vítimas, porque o acesso está totalmente bloqueado. Com isso, o Matthew já se tornou a pior tragédia daquele país, após o terremoto.
Estranho país o Brasil. De certo modo vivemos uma rotina do faz de conta. Os governos fazem de conta que governam, e nós fingimos que acreditamos. Professores e alunos em greve fazem de conta que ensinam e estudam; os recursos do MEC escoam, mas o Brasil cai no ranking mundial do Pisa* e da competitivade internacional. As empresas fazem de conta que "gostam" dos clientes e "resolvem todos os problemas" e eles fingem que acreditam. Se não, vejamos fatos estranhos ocorridos nas últimas semanas que escancaram a dificuldade de o País sair da crise.
Desde 2008, temos a sensação de que o mundo vive numa instabilidade constante, parecendo estar condenado a viver em crise permanente. Ou foi a partir de setembro de 2001, quando tudo começou? Mais do que um "estado de crise", o que parece ocorrer hoje é o divórcio entre poder e política, abalando as instituições e levando o Estado a perder a capacidade de responder às demandas da população. Há um inconformismo generalizado. Para os estudiosos, "sinal de mudança profunda que envolve o sistema social e econômico e que terá efeitos de longa duração".
Vivemos um momento de grande instabilidade nas relações internacionais, mas que vai além de movimentos sociais de contestação ou guerras, muitas sustentadas por ativismo religioso, interesse econômico ou disputas políticas e ideológicas. A crise enfrentada pelas sociedades ocidentais decorre de uma série de transformações mais profundas sobre as quais cientistas sociais têm se debruçado para tentar ententer e apontar caminhos.