No Reino Unido, jornalismo online ultrapassa TV pela primeira vez na história
TV pelo online na terra da BBC
Segundo relatório divulgado pelo site de comunicação Mediatalks, a audiência de jornalismo pelos britânicos teve uma inflexão histórica nos hábitos de consumo de mídia. ''A edição do novo relatório anual produzido pelo Ofcom (The Office of Communications), órgão britânico regulador de comunicações, constatou pela primeira vez, desde que o acompanhamento passou a ser feito, que mais pessoas se informam pela internet do que pela TV, um resultado que impressiona em um país que durante décadas teve seu jornalismo dominado pela emissora pública BBC.’’ O artigo, de autoria de Luciana Gurgel*, mostra uma tendência mundial de grandes alterações que estão ocorndo no mundo, na forma como as pessoas acompanham notícias. Incluindo o Brasil.
Leia mais...O jornal britânico The Sunday Times publicou editorial, neste domingo, questionando o poder do Facebook e até que ponto os conteúdos da big rede estão contribuindo para aumentar a taxa de suicídio, principalmente de jovens, no Reino Unido. Não é de hoje que vários países da Europa estão de olho nos gigantes da Internet, além do Facebook, o Google e outras redes poderosas, não apenas pelo uso do conteúdo, que contém dados de milhões de pessoas, quanto pela forma de negócio.
Brumadinho-MG. 25/01/19. Três anos depois, a repetição da tragédia da Samarco chegou como se fosse uma lava de vulcão, arrastando e matando mais de 300 pessoas, em poucos minutos.
Passados três anos da tragédia da Mineradora Samarco, que arrasou povoados de Mariana, após o rompimento da barragem de Bento Rodrigues, deixando um mar de lama, um grande rio poluído e 19 mortos, ninguém, nem a mineradora Vale, poderia supor a repetição desse pesadelo. Mas aconteceu. E com dimensão pior do que aquela que envolveu a mineradora Samarco, principalmente pelo número de vítimas fatais.
A desigualdade social no mundo aumentou. Quase metade da população mundial sobrevive com menos de 5 dólares por dia (R$ 18,00). A crescente concentração da riqueza mundial, destacada em relatório divulgado no Fórum Econômico Mundial, em Davos, mostra que os 26 bilionários mais ricos possuem tanto em ativos quanto os 3,8 bilhões de pessoas que compõem a metade mais pobre da população do planeta. O número de bilionários quase dobrou em 2018.
O ano de 2018 vai ficar marcado pela grave crise que atingiu pelo menos duas grandes livrarias do país: Saraiva e Cultura. De certo modo, elas se tornaram ícones da crise que atingiu o setor livreiro, principalmente nos últimos três anos. Ainda sem o hábito de leitura que se encontra em outros países, o brasileiro quando vai cortar despesas aponta direto para a rubrica cultura e entretenimento. Foi o que aconteceu no país, sobretudo a partir de 2015. Em 2016, a comercialização de livros no País recuou 8,9%, comprometendo a rentabilidade de editoras e, principalmente, das livrarias.
O ano que passou vai ser sempre lembrado como aquele em que o Brasil, sem dar a importância que a História merece, perdeu um dos bens mais preciosos que possuía: o acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro. No dia 2 de setembro, sem ainda se saber como, o histórico prédio do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, pegou fogo. Sem um sistema de alerta e nem equipamentos básicos anti-incêndios, que qualquer museu do mundo possui, a negligência e o desprezo pelo acervo que lá repousava levaram a essa desastre irreparável.
Aconteceram muitas crises no Brasil, ano passado. Mas quando, numa retrospectiva, nos debruçamos sobre as piores crises que ocorreram no país durante 2018, certamente duas sobressaem: a greve dos caminhoneiros, que literalmente parou o país. E o incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. A greve dos caminhoneiros começou devagar, como se eles tivessem testando o governo para ver se a corda poderia espichar mais. Ao perceber a fragilidade do governo em negociar e conter os abusos, os caminhoneiros perceberam que ali estava uma oportunidade de mostrar força. E foi o que aconteceu.