Laboratório de crises expõe os deslizes na saúde do Rio
A denúncia contra o laboratório PCS Lab Saleme, do Rio de Janeiro, por ter liberado órgãos a serem transplantados, com o vírus do HIV, é apenas parte da série de irregularidades que permeia aquela empresa e a própria saúde no Rio de Janeiro, há bastante tempo.
Leia mais...O atentado ao World Trade Center (WTC), em Nova York, completou 20 anos em 11 de setembro. Foi o maior ataque sofrido pelos Estados Unidos em solo pátrio, superando em número de vítimas o célebre bombardeio japonês a Pearl Harbour, que matou 2.403 americanos, em 1941, estopim para a entrada dos EUA na II Guerra Mundial. No WTC houve 2.996 vítimas fatais e mais de 6 mil feridos.
Passados 20 anos, muitas perguntas sobre o atentado continuam sem respostas, principalmente as que buscam entender como os EUA, tão preparado para ataques externos desde a Guerra Fria, permitiram que 19 terroristas se apossassem de quatro aviões e cometessem os atentados, sem qualquer tipo de reação. Até hoje, restos mortais de 1.106 vítimas do WTC não foram encontrados, o que não permitiu às famílias terem uma cerimônia de despedida.
Desastres naturais são considerados um ‘cluster’ de crise pela ONU. Eles respondem por inúmeras tragédias, em todo o mundo, sobre as quais, mesmo a prevenção, o nível de desenvolvimento de um país ou região e a tecnologia não são suficientes para prever e controlar com um nível adequado de segurança. Esses fenômenos são destruidores e letais, tanto para países desenvolvidos da Europa, Oceania e América do Norte, quanto para regiões pobres da África, Ásia e América Latina. E acontecem em qualquer época.
Relatório das crises ocorridas em 2020*, elaborado pelo ICM – Institute for Crises Management*, dos EUA, mostra que o padrão de crises corporativas no ano passado foi totalmente alterado pelos efeitos da pandemia. Quando analisado por categoria, o ICM resolveu classificar como “catástrofes” 37,15% das crises ocorridas no ano, segmento amplamente impactado pelas consequências da Covid-19. O Instituto considerou que a Covid foi a chamada dominante das notícias sobre crises de 2020. Até mesmo os protestos nos EUA, desencadeados pela morte de George Floyd e as revoltas, que culminaram na derrota de Trump, são crises que acabaram se imbricando com a gestão da pandemia.
Armando Medeiros e João José Forni*
1 – A CPI na era da pós verdade, fake news e redes sociais
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia avança e já desvenda a inércia e a negligência oficiais no sentido de garantir sólidos suprimentos de vacina para o País. O relatório final já antecipa um nó de corrupção nas negociações e o fato de autoridades terem desperdiçado oportunidades de aquisição de doses que poderiam salvar vidas.
É uma CPI que ocorre no ambiente midiático diferente das investigações no Congresso Social que marcaram a história brasileira, como a CPI sobre as atividades de PC Farias, durante o Governo Collor, a dos Anões do Orçamento e, mais recente, no início dos anos 2000, a CPI dos Correios.
Dados vazados para um consórcio de organizações de notícias sugerem que vários países usam o Pegasus, uma poderosa ferramenta de ciberespionagem, para espionar ativistas de direitos humanos, dissidentes e jornalistas, além das próprias autoridades, entre elas o presidente da França, Emmanuel Macron. O New York Times repercute hoje a notícia que foi publicada nos últimos dias por vários jornais do mundo, alguns como The Guardian, Financial Times e Washington Post que fazem parte do consórcio que apurou e denunciou os vazamentos.
A área de transportes, compreendendo todos os modais que hoje poderiam incluir até viagens fora do espaço gravitacional da Terra, como aconteceu esta semana, nos EUA, é uma fonte de crises em todo o mundo. Embora o transporte aéreo seja atualmente um dos mais seguros, é também o segmento que causa maior impacto e comoção, quando envolvido em crises graves, principalmente acidentes com vítimas. O transporte terrestre, principalmente o rodoviário, é responsável por milhares de mortes anualmente, em todos os Continentes.