A área de transportes, compreendendo todos os modais que hoje poderiam incluir até viagens fora do espaço gravitacional da Terra, como aconteceu esta semana, nos EUA, é uma fonte de crises em todo o mundo. Embora o transporte aéreo seja atualmente um dos mais seguros, é também o segmento que causa maior impacto e comoção, quando envolvido em crises graves, principalmente acidentes com vítimas. O transporte terrestre, principalmente o rodoviário, é responsável por milhares de mortes anualmente, em todos os Continentes.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem, no mundo, por ano em acidentes de trânsito, e desse total metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas. O trânsito brasileiro é o quarto mais violento do continente americano, também segundo a OMS. Dentro do País, São Paulo é o estado com maior número de óbitos no trânsito e dirigir alcoolizado é a segunda maior causa. Em 2020, cerca de 80 pessoas morriam por dia no trânsito do Brasil, número que vem caindo neste ano, por causa da pandemia, que reduziu substancialmente as viagens pelas estradas brasileiras. Em 2020, foram 31.945 óbitos, segundo o Ministério da Saúde. Mesmo assim, ônibus e caminhões são os responsáveis por grande parte dos acidentes com grande número de vítimas, nas estradas brasileiras. A falta de fiscalização, a impunidade e o estado geral de muitas estradas, combinado ao desrespeito às leis de trânsito são as principais causas dessa tragédia brasileira.
Na entrevista a seguir, concedida para a Revista CNT Transporte Atual, (edição de maio) aos repórteres Gustavo T. Falleiros e Livia Cerezoli, abordamos alguns pressupostos de Gestão de Crises, sob o ponto de vista da área de transportes, que inclui também o transporte marítimo, um dos modais responsável por grande parte dos acidentes com vítimas, no mundo, principalmente na Ásia e na África. Desde o conceito de crise, até a importância de as empresas criarem e disseminarem os mapas de risco, que constituem o primeiro grande passo para instituir na organização uma cultura de gestão de riscos. Sem a qual, as crises continuarão pegando as empresas de surpresa ou, melhor, despreparadas. Embora a surpresa não seja uma constante, quando se estudam as causas das crises.
Leia aqui a íntegra da entrevista
Planejar para não sucumbir às crises