Fórum Econômico aponta os riscos globais para os próximos anos
“As forças estruturais de várias décadas destacadas no Relatório de Riscos Globais do ano passado – aceleração tecnológica, mudanças geoestratégicas, mudanças climáticas e bifurcação demográfica – e as interações que elas têm entre si continuaram sua marcha adiante. Os riscos resultantes estão se tornando mais complexos e urgentes, e acentuando uma mudança de paradigma na ordem mundial caracterizada por maior instabilidade, narrativas polarizadas, confiança erodida e insegurança. Além disso, isso está ocorrendo em um pano de fundo onde as estruturas de governança atuais parecem mal equipadas para lidar com riscos globais conhecidos e emergentes ou combater a fragilidade que esses riscos geram.”
Fala-se muito hoje em gestão de crises, mas é preciso entender que tipo de crise a empresa precisa cuidar, pela prevenção, o monitoramento ou uma apurada gestão de riscos. A rigor, os problemas do dia a dia não são considerados crises, do ponto de vista corporativo. As empresas enfrentam problemas todos os dias. Nem por isso o fato representa uma ameaça ao seu “Cor Business”, porque ela sabe como resolver esses problemas, muitas vezes sem que sequer os clientes e empregados fiquem sabendo.
Não há dúvidas de que uma vida com objetivos bem definidos, metas, propósitos faz bem à saúde mental e física. Isso qualquer médico, psicólogo ou especialista em saúde vive recomendando. Sabemos que aposentados e idosos que não têm objetivo muito definido de vida, não programaram a saída da vida útil e profissional têm muita dificuldade de se adaptar à nova situação e manter uma qualidade de vida. Algumas empresas oferecem cursos para os empregados que vão se aposentar.
Relatório do Institute for Crisis Management (ICM), dos EUA, relativo às notícias de crises do ano de 2021, classificou o período como “o ano das catástrofes”. Em 2021, a face da crise empresarial mudou ainda mais, pois as ameaças globais influenciaram muitas categorias de crise. A pandemia do COVID-19 continuou a dominar as manchetes, mas o ICM viu algumas mudanças interessantes em outras categorias. O Relatório, com a pesquisa anual de crises de determinado ano, baseado nas notícias desses eventos, é divulgado no primeiro semestre do ano seguinte, geralmente em maio. A pandemia postergou um pouco a divulgação neste ano.
“Falar em risco subentende o potencial de causar dano ou, de forma mais genérica, a potencial exposição à perda. Quando definimos crise, uma palavra sempre costuma aparecer, como se não fosse possível falar sobre crises corporativas sem sua sombra: ameaça. A crise quase sempre representa uma ameaça severa aos resultados de um programa de governo, a uma corporação, a um negócio. A noção de ameaça é inerente à discussão sobre risco. Com gerenciamento de risco, eu reduzo o nível de ameaça”. (1)
Uma pequena cidade do Texas, EUA, perto da fronteira com o México, vive até hoje o pesadelo do atentado de 24 de maio, quando um jovem de 20 anos entrou numa escola fundamental de Uvalde e matou 19 crianças e dois professores. Foi mais um capítulo na triste história americana de violência em escolas, casas de diversões, no transporte e até em unidades militares, por meio de atentados.
No fim de junho, reportagem do jornalista Rodrigo Rangel, do site Metrópoles, de Brasília, começou a desnudar um tipo de crise muito comum, nos tempos atuais, mas que, de certa forma, passa despercebida e oculta nas organizações, até que uma eventual denúncia ou a coragem das vítimas a exponha como escândalo na imprensa ou nas redes sociais. Estamos falando das crises por assédio sexual e moral. Como exemplos, temos o caso do famoso médium João de Deus, em Goiás, conhecido como “milagreiro”, que curava pacientes do Brasil e do exterior; também com o médico Roger Abdelmassi, famoso ginecologista, em São Paulo, preso e condenado a 278 anos de prisão por mais de 50 acusações de estupros contra 39 mulheres; e tantos outros casos, no Brasil e no exterior.