Laboratório de crises expõe os deslizes na saúde do Rio
A denúncia contra o laboratório PCS Lab Saleme, do Rio de Janeiro, por ter liberado órgãos a serem transplantados, com o vírus do HIV, é apenas parte da série de irregularidades que permeia aquela empresa e a própria saúde no Rio de Janeiro, há bastante tempo.
Leia mais...A ONG médica afirma que a negligência do governo está custando vidas, já que o número de mortos ultrapassa 362.000, perdendo apenas para os EUA. Hoje (16), o País chegou perto de 370 mil mortos, com mais 3.070 perdas em 24h.
A resposta negligente do governo brasileiro à Covid-19 mergulhou o país sul-americano em uma "catástrofe humanitária" como uma bola de neve que deve se intensificar nas próximas semanas, alertou a ONG médica Médicos Sem Fronteiras.
A denúncia foi publicada na quinta-feira, nos principais jornais do mundo. O britânico The Guardian publicou a notícia como chamada de capa do site. No início de maio do ano passado, o mesmo jornal dizia que "O Brasil viu o maior aumento diário em seu número de mortes por coronavírus, apesar das sugestões errôneas do presidente Jair Bolsonaro de que o pior da crise havia passado." Foi quando o presidente minimizava a pandemia, alegando que era uma "gripezinha", que logo passaria.
Uma questão interessante para quem trabalha com gestão de crises é a imprevisibilidade das crises. Afinal, as crises podem ser previstas? O Brasil atingiu ontem uma marca terrível: 300 mil mortes por Covid-19, em um ano. Só os Estados Unidos têm números maiores. Com uma população um terço maior. Em mortes por 1 milhão de hab, os EUA registram 1.654 óbitos e o Brasil 1.424.
Em março do ano passado, quando morreu o primeiro paciente por Covid no Brasil, nenhum brasileiro de sã consciência e discernimento poderia prever ou sequer ousar especular que teríamos 300 mil mortes pelo coronavírus, um ano depois. E por que nos permitimos chegar a essa marca histórica? Com todas as consequências nefastas para os brasileiros?
Crise do coronavírus
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O Brasil completou neste mês de março um ano de luta contra o coronavírus. Por mais pessimista que fosse o brasileiro, quando o primeiro caso de Covid foi descoberto aqui, jamais poderia imaginar que um ano depois estivéssemos enfrentando nova onda e o auge da pandemia, chegando ao recorde de 2.840 mortos e de mais de 90 mil infectados em 24h.
Neste 11 de março, completam-se dez anos da tríplice tragédia do Japão: terremoto, tsunami e explosão de reatores da Usina nuclear de Fukushima. É considerado um dos maiores desastres naturais da história, porque a tragédia natural foi combinada com o acidente nuclear, que levou à explosão de reatores da usina nuclear, seguida da evacuação da região, e a prejuízos incalculáveis. A extensão e o custo da tragédia se devem mais às consequências da explosão do reatores em Fukushima, do que propriamente às dos fenômenos naturais.
O mundo atravessa um dos períodos mais conturbados de sua história. A maior crise em pelo menos 100 anos. Apenas para ficar no século XX até esse início de século, poucos acontecimentos históricos podem se comparar, em dimensão e consequências desastrosas, com a pandemia do Coronavírus.
Para ficar com os mais emblemáticos: as duas Guerras Mundiais de 1914-1918 e 1939-1945; a pandemia da chamada Gripe Espanhola, em 1918; a revolução soviética, em 1917; a quebra da Bolsa de Nova York e a crise financeira de 1929. Houve outras guerras? Sim. Outros acontecimentos graves, que impactaram a humanidade? Sim. Mas da forma como esta pandemia afeta todos os países de forma inapelável e deletéria, basta ficar nos eventos históricos que citamos.
“A comunicação é um ativo importante para as organizações. Quem trabalha na área tem o dever de fazer uma comunicação proativa e evitar repercutir qualquer informação, antes de ser comprovada por meio das mídias tradicionais ou de fontes confiáveis. Dessa forma, nenhuma informação se fragiliza”, recomenda o professor João José Forni.