Em crise existencial, universidades começam a enfrentar a ameaça do ChatGPT
O uso da IA – Inteligência Artificial na elaboração de trabalhos e pesquisas nas universidades é um tema que tem suscitado discussões e dúvidas no ambiente acadêmico e na gestão da educação. Ele coloca em xeque o modo de produção do material científico elaborado por alunos e professores, que pode ser produzido a partir de um robô, em questão de minutos. Como avaliar teses, dissertações ou projetos produzidos na era do ChatGPT? Como saber até onde o trabalho acadêmico tem o dedo do autor ou o clique do robô? O jornal britânico The Times, na edição de 24/05/25, aborda esse tema extremamente controverso, que já está na pauta de muitas universidades e centros de pesquisa em todo o mundo. O artigo provoca reflexão e um debate que em algum momento todas as instituições de ensino deverão fazer, inclusive no Brasil. Destacamos os principais tópicos do artigo.
Em maio deste ano, um ataque de ‘ransomware’ à empresa Colonial Pipeline criou uma crise em cadeia, nos Estados Unidos. Para a empresa e a economia da região, principalmente para a costa leste do país. A Colonial é a maior empresa de oleoduto dos EUA. O colapso cibernético, na época, também significou uma séria ameaça ao abastecimento de combustível da costa Leste americana. O ataque a uma empresa estratégica na indústria energética suscita várias lições importantes para líderes empresariais, sobre como responder e gerenciar situações desse tipo de crise.
Em tempos de pandemia, as empresas podem se perder nas ações de comunicação. Elas estão tão desconfortáveis nesse cenário inusitado e imprevisível, que desdenham do principal instrumento para manter a fidelidade e a confiança dos stakeholders e voltar ao mercado com a reputação preservada. É certo que as empresas que não souberam se comunicar durante a pandemia, esqueceram os clientes, nos momentos mais cruciais da crise, dificilmente conseguirão ter uma relação amistosa ou fiel, quando o ‘novo normal’ voltar.
O atentado ao World Trade Center (WTC), em Nova York, completou 20 anos em 11 de setembro. Foi o maior ataque sofrido pelos Estados Unidos em solo pátrio, superando em número de vítimas o célebre bombardeio japonês a Pearl Harbour, que matou 2.403 americanos, em 1941, estopim para a entrada dos EUA na II Guerra Mundial. No WTC houve 2.996 vítimas fatais e mais de 6 mil feridos.
Passados 20 anos, muitas perguntas sobre o atentado continuam sem respostas, principalmente as que buscam entender como os EUA, tão preparado para ataques externos desde a Guerra Fria, permitiram que 19 terroristas se apossassem de quatro aviões e cometessem os atentados, sem qualquer tipo de reação. Até hoje, restos mortais de 1.106 vítimas do WTC não foram encontrados, o que não permitiu às famílias terem uma cerimônia de despedida.
Desastres naturais são considerados um ‘cluster’ de crise pela ONU. Eles respondem por inúmeras tragédias, em todo o mundo, sobre as quais, mesmo a prevenção, o nível de desenvolvimento de um país ou região e a tecnologia não são suficientes para prever e controlar com um nível adequado de segurança. Esses fenômenos são destruidores e letais, tanto para países desenvolvidos da Europa, Oceania e América do Norte, quanto para regiões pobres da África, Ásia e América Latina. E acontecem em qualquer época.
Relatório das crises ocorridas em 2020*, elaborado pelo ICM – Institute for Crises Management*, dos EUA, mostra que o padrão de crises corporativas no ano passado foi totalmente alterado pelos efeitos da pandemia. Quando analisado por categoria, o ICM resolveu classificar como “catástrofes” 37,15% das crises ocorridas no ano, segmento amplamente impactado pelas consequências da Covid-19. O Instituto considerou que a Covid foi a chamada dominante das notícias sobre crises de 2020. Até mesmo os protestos nos EUA, desencadeados pela morte de George Floyd e as revoltas, que culminaram na derrota de Trump, são crises que acabaram se imbricando com a gestão da pandemia.
Armando Medeiros e João José Forni*
1 – A CPI na era da pós verdade, fake news e redes sociais
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia avança e já desvenda a inércia e a negligência oficiais no sentido de garantir sólidos suprimentos de vacina para o País. O relatório final já antecipa um nó de corrupção nas negociações e o fato de autoridades terem desperdiçado oportunidades de aquisição de doses que poderiam salvar vidas.
É uma CPI que ocorre no ambiente midiático diferente das investigações no Congresso Social que marcaram a história brasileira, como a CPI sobre as atividades de PC Farias, durante o Governo Collor, a dos Anões do Orçamento e, mais recente, no início dos anos 2000, a CPI dos Correios.