Há duas semanas, os computadores do sistema de saúde da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, foram invadidos por hackers, que acessaram informações reservadas de 4,5 milhões de pacientes. Esse ataque soa até meio irônico, porque certamente a UCLA tem inúmeros cursos ensinando como fazer segurança de sistemas, informática, cybersegurança, coisas do gênero.
Esse foi mais um ataque dentre tantos que ocorrem diariamente. O cibercrime aparece como das mais graves ameaças a governos e grandes corporações na atualidade. Mas até que ponto as empresas e os clientes devem estar preparados ou criar mecanismos de segurança para evitar caírem nas redes dos cibercriminosos e vulnerabilizarem os dados dos clientes?
Não há dúvida de que o ciberataque se constitui em mais uma crise do século XXI que aos poucos toma uma dimensão preocupante. Aparentemente, na maioria dos casos, as invasões objetivam mostrar a vulnerabilidade dos sistemas ou protestos a determinados ramos de negócios ou governos, não afetando diretamente a vida dos clientes, até porque a responsabilidade pela correção das falhas e pelos eventuais prejuízos com a invasão é da organização invadida e não dos clientes.
Os ciberataques tornaram-se uma ameaça cada vez maior até mesmo às áreas de segurança dos países. O FBI agora aponta o cibercrime como uma de suas atividades principais, buscando os responsáveis para aplicação da lei. O orçamento proposto recentemente pelo Presidente Obama aumentaria acentuadamente os gastos em segurança cibernética, para US$ 14 bilhões. De dezembro de 2013 ao início deste ano, pelo menos nove grandes ciberataques visaram sistemas de grandes corporações dos EUA, entre elas Sony, Anthem, Home Depot, Primera Blue Cross, JP Morgan Chase e outras corporações.
O ataque aos arquivos pessoais do Sistema de Saúde da Universidade da Califórnia e como as empresas têm explicado esse tipo de crise aos clientes é tema de artigo neste site. Uma crise para a qual as organizações devem estar atentas e preparadas para evitar ou pelo menos mitigar.