“É difícil, mas muitas vezes é necessário recuar no tempo para analisar melhor e compreender uma conjuntura de crise. Elas não caem do céu, nem são obra do acaso, e sua trajetória não é inteiramente imprevisível. Por isto, parece-nos útil, neste momento, voltar a um debate que ficou interrompido nos anos 80, sobre a instabilidade e as crises periódicas do “desenvolvimentismo brasileiro!, porque tudo indica que ele não morreu e que o país está enfrentando, neste momento, as consequências políticas pelo esgotamento de um ciclo que se repetiu várias vezes  no século XX, em particular depois de 1930. Para não dizer o mesmo, recorro a um diagnóstico escrito em plena crise dos anos 80, sobre a própria crise, seus antecedentes e suas recorrências...”

Esta é a base do artigo “Ciclos e Crises”, do professor José Luís Fiori, da UFRJ, publicado no jornal Valor Econômico de 30 de abril, quando o autor retoma argumentos da tese de doutorado, de 1988, observando que “se olharmos para a conjuntura atual, tudo parece indicar que o país está vivendo uma crise provocada pelo esgotamento de mais um ciclo de “fuga para frente” do desenvolvimento brasileiro.

“É também nessas horas de crise que podem ser tomadas decisões que mudem o rumo da história. Para isto, entretanto, é preciso ter coragem, persistência e visão estratégica”, possivelmente tudo que falta no governo atual para que o Brasil possa superar com rapidez o momento atual.

Leia o artigo “Ciclos e Crises”

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