O ano nem começou e a crise dos bancos europeus parece não ter fim. Depois do escândalo do UBS, que pagou multa bilionária, ao reconhecer manipulação na taxa da Libor, agora foi a vez do mais antigo banco suíço - o Wegelin & Co. anunciar que vai fechar as portas.
O banco admitiu ter ajudado clientes americanos a promover uma evasão fiscal de US$ 1,2 bilhão e esconder o dinheiro em contas suíças. O fechamento do banco, criado em 1741 e símbolo do país dos bancos, é mais um golpe na economia da Europa. Demonstra também que as autoridades americanas não estão aliviando para cima dos banqueiros suíços que praticam irregularidades, principalmente com impostos.
A condenação e o fim do banco representam um divisor de águas na história do sistema bancário suíço e suas práticas de ter recebido, por décadas, dinheiro de origem criminosa ou de evasão, sem jamais terem sido condenados. Hoje, os bancos suíços têm optado por promover sua expansão não nos países ricos, onde estão sendo pressionados, mas nos emergentes, em busca dos novos ricos desses mercados, entre eles o do Brasil.
No fim do ano de 2012, o banco UBS recebeu multa de US$ 1,5 bilhão, após acordo com autoridades reguladoras dos Estados Unidos e da Suíça, fruto de denúncia por manipulação da taxa da Libor (taxa de referência para empréstimos entre bancos). A multa imposta ao UBS é três vezes maior do que a atribuída ao banco britânico Barclays, no ano passado, pelo mesmo motivo.
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Banco mais antigo da suíça fecha as portas após escândalo de evasão fiscal
Oldest Swiss bank Wegelin to close after admitting aiding US tax evasion