No caso do Times, novos sites serão lançados em maio, separando os dois títulos (The Times e The Sunday Times pela primeira vez) e os leitores cadastrados no site terão um período gratuito, antes de serem convidados a pagar. O pagamento dará acesso aos dois sites.
O Le Monde lançará uma assinatura combinada, que congrega o acesso aos conteúdos produzidos em diferentes plataformas, como o impresso, versão online e seus informativos em mídias móveis. Esse pacote custará um total de € 29,90 por mês e, a princípio, será comercializado com um desconto de € 10, para atrair um número maior de assinantes.
Rebeka Brooks, Publisher do grupo Times, disse ao jornal The Sun “Neste momento de definição do jornalismo, este é um passo crucial para fazer do negócio de notícias uma proposição economicamente excitante”. “Nós estamos orgulhosos do nosso jornalismo e confortáveis para dizer que acreditamos que ele tem valor”.
O modelo inaugurado há alguns anos por Rupert Murdoch, no Financial Times, de Londres, começa a se multiplicar. Além do Times e do Le Monde, o The New York Times, controlado por outro grupo, já anunciou que também cobrará pelo acesso ao conteúdo online a partir de 2011. O NYT ainda não definiu a forma de cobrança e parece relutar nesse passo decisivo para manter os 20 milhões de acessos mensais ao seu site em todo o mundo. Atualmente, entre os grandes jornais internacionais, Financial Times e o The Wall Street Journal cobram por acesso ao site.
Segundo a BBC, no ano passado o magnata americano da mídia Rupert Murdoch anunciou que seus jornais iriam começar a cobrar pelo conteúdo online, mas a indústria ainda está dividida a respeito destas medidas.
Com a queda nas vendas de jornais, as companhias estão buscando um novo modelo de negócios para conseguir obter algum lucro com suas páginas na internet. Mas, com tanto conteúdo de notícias online disponível de graça, a decisão da News International é vista como uma estratégia de alto risco.
Outra tendência que na Europa patina, mas ainda tem adeptos, é a dos jornais gratuitos, distribuídos em locais públicos como metrôs, estações de trens e outros aglomerados. Há menos de um ano havia dois jornais diários no metrô londrino. Atualmente só um sobrevive. O jornal Evening Standard circulava nas bancas e tinha assinaturas pagas. Atingido pela crise econômica, teve que se reposicionar. Há menos de um ano aderiu à distribuição gratuita nos aglomerados humanos de Londres, como metrô. Mas não há informações de que a tiragem ou o faturamento on line tenham se alterado.