O setor de novas mídias continua agitado. O mercado ficou ligado esta semana na notícia de que a Microsoft negocia a compra do Yahoo, em negócio que pode chegar a US$ 50 bilhões. Segundo o New York Times seria a forma de Bill Gates deter os avanços do Google, líder do mercado de buscas e de publicidade na Internet.
Se concretizado, vai ser o maior negócio já fechado nesse ramo na história da Internet e da publicidade, já que o faturamento dos dois sites vem da publicidade. O Google faturou em 2006 US$ 10,6 bilhões, enquanto o Yahoo faturou US$ 6,4 bilhões.
Outra notícia vem do jornalismo. O empresário Rupert Murdoch, dono do conglomerado News Corporation, que controla entre tantas outras redes a Fox, o Sunday Times e o Times de Londres, apresentou uma proposta à família dona do Wall Street Journal, um ícone do jornalismo econômico dos Estados Unidos. A oferta de US$ 5 bilhões para a aquisição da empresa até agora foi rechaçada pela família Bancroft, que controla a Dow Jones, empresa dona do jornal, há 92 anos.
Na última terça-feira, 15/05/07, as empresas Reuters (agência de notícias) e Thomson Corporation, do ramo da publicidade, anunciaram a compra da primeira pela gigante canadense por US$ 17,2 bilhões. A fusão entre as duas agências criará a maior empresa do mundo de informação financeira e de notícias, segundo um comunicado hoje divulgado por ambas, suplantando a norte-americana Bloomberg. Com a aquisição, forma-se o maior grupo de notícias financeiras do mundo. A nova agência se chamará Thomson-Reuters.
É mais uma tentativa de grandes empresários em aumentar os http://www.thenation.com/special/2006_entertainment.pdf conglomerados de mídia, uma tendência que tem se acentuado nos últimos anos. Aos poucos, o controle da opinião no mundo vai ficando na mão de poucas pessoas. Os analistas de comunicação dizem que a opinião da mídia americana está concentrada em não mais do que cinco empresários. Cada vez mais jornais, tevês, TV a cabo, rádios, portais de internet, livrarias, gravadoras, empresas cinematográficas vão sendo absorvidas por grandes conglomerados de mídia, numa tendência que parece não ter fim.