31 de março marca os 51 anos do golpe militar de 1964, que derrubou o presidente constitucionalmente eleito João Goulart. Convém fazer uma rápida reflexão sobre como os acontecimentos históricos se repetem ciclicamente, principalmente em países onde a democracia às vezes é uma “dama” muito cortejada, mas de vez em quando questionada e ameaçada por arroubos autoritários. Ao coincidir a data dos 51 anos do Golpe de 1964 com a leitura do último volume da trilogia sobre Getúlio Vargas, do escritor Lira Neto, julgo oportuno, no texto abaixo, comparar o período atual com o clima de pressão, baixa popularidade, denúncias de corrupção, crise econômica e arroubos da classe política vividos por Getúlio no ocaso do seu poder, o ano de 1954. Não fosse pelos novos tempos, em que em boa hora os militares se recolheram aos quartéis e a imprensa exerce uma cobertura crítica, dura, mas realista, teríamos um cenário muito parecido.