Fórum Econômico aponta os riscos globais para os próximos anos
“As forças estruturais de várias décadas destacadas no Relatório de Riscos Globais do ano passado – aceleração tecnológica, mudanças geoestratégicas, mudanças climáticas e bifurcação demográfica – e as interações que elas têm entre si continuaram sua marcha adiante. Os riscos resultantes estão se tornando mais complexos e urgentes, e acentuando uma mudança de paradigma na ordem mundial caracterizada por maior instabilidade, narrativas polarizadas, confiança erodida e insegurança. Além disso, isso está ocorrendo em um pano de fundo onde as estruturas de governança atuais parecem mal equipadas para lidar com riscos globais conhecidos e emergentes ou combater a fragilidade que esses riscos geram.”
Leia mais...Será que o recorrente recall salva ou ajuda a melhorar a reputação das grandes indústrias? A Toyota acaba de anunciar o recall de 2,87 milhões de veículos por possíveis falhas com unidades de controle de emissões. Além disso, também faz recall de 1,43 milhões de veículos por defeito em airbags, o que totaliza 3,3 milhões de veículos Toyota sofrendo reparos num curto período de tempo. O defeito no airbag de modelos como Prius e Lexus teria causado pelo menos 11 mortes em acidentes em diferentes países.
Associações de imprensa e das emissoras de rádio e televisão divulgaram notas oficiais hoje em apoio à decisão da Ministra Rosa Weber, do STF, que concedeu liminar para suspender a tramitação de 42 ações impetradas por juízes do Paraná contra o jornal Gazeta do Povo e cinco jornalistas. O jornal publicou, em fevereiro, reportagem sobre os rendimentos mensais recebidos pelos magistrados, com base na Lei de acesso à informação, não divulgando absolutamente nada sigiloso, mas dados públicos. E as ações começaram a se suceder, numa ação articulada e apoiada pela associação estadual.
Francisco Viana*
... E uma das coisas que o príncipe deve evitar é ser odioso. (Maquiavel, O príncipe[1]).
Cassio: Reputação, Reputação, perdi minha reputação. Perdi a parte imortal, senhor, de mim mesmo – e o que resta é animal. Reputação, Reputação, perdi minha reputação.
Iago: Honestamente, pensei que havia recebido algum ferimento no corpo, que é bem mais grave do que na reputação. Reputação é uma invenção inútil e fabricada, muitas vezes conseguida sem mérito e perdida sem merecimento. Ninguém perde nada de reputação a não ser que se repute um perdedor. (Shakespeare, Otelo [2]).
As manchetes diárias estão repletas de empresas que enfrentam crises graves. Nos últimos dias, vimos corporações multinacionais, como a Disney, nos EUA, e empresas nacionais como Samarco e Oi enfrentarem situações que atingiram em cheio a reputação. A sua empresa está preparada para um evento negativo? Assim como Volkswagen, BP, Malaysia Airlines, Petrobras, Toshiba tiram lições e aprendem com os erros de gestão e acidentes que enfrentaram, nenhuma organização está livre de ser atingida por uma crise a qualquer momento. Essas são grandes empresas e assim mesmo tropeçaram.
A delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que caiu em Brasília como um tsunami, pode dar a impressão de que esse senhor repentinamente se transformou num herói, porque teve a coragem de revelar segredos da alcova do poder dos últimos 20 anos. E expôs como as empresas estatais se transformaram em polpudos cofres destinados a enriquecer partidos e caciques das mais diferentes agremiações.
Com isso, corremos o risco de transformar criminosos e ladrões em heróis nacionais, num país tão carente de líderes e referências. Seria bom dar o peso devido a esses delatores, não importa o que tenham sido, que só concordam em falar após experimentarem o aperto de um camburão da Polícia Federal, as duras camas e o frio de Curitiba e a perspectiva de, grande parte deles, morrerem na prisão.
O acidente que matou 18 pessoas, a maioria estudantes, e feriu outras 28 pessoas (algumas em estado grave) na noite de quarta-feira (8), na Rodovia Mogi-Bertioga, próximo ao litoral de São Paulo, é mais um capítulo na tragédia diária de nosso trânsito. O acidente mais uma vez expõe com toda a crueza e dor a incompetência das empresas rodoviárias, dos sindicatos de motoristas, das polícias e das autoridades para fiscalizar e disciplinar viagens de coletivos pelas estradas do país.