Um plano de gerenciamento de crises (CMP - Crisis Management Plan) é um documento que descreve os processos que uma empresa usará para responder a uma situação crítica que afetaria negativamente a lucratividade, reputação ou capacidade de operação de uma organização para operar. Os CMPs são usados por equipes de continuidade de negócios*, equipes de gerenciamento de emergência, de gerenciamento de crises e de avaliação de danos. Neste caso, o objetivo é evitar danos ou minimizá-los.**
Uma crise - um evento negativo grave - exige quase sempre que as decisões sejam tomadas rapidamente para limitar os danos à organização. As crises potenciais incluem desastres naturais, fraudes, desvios, roubo, acidentes, como incêndio, explosão, atentado terrorista, atos de violência no local de trabalho, perda de poder ou falha no sistema.
Um plano de gerenciamento de crises fornece um conjunto bem documentado de respostas a situações críticas potenciais. O planejamento permite que a organização afetada atue rapidamente se ocorrer um incidente grave.
Um plano eficaz de gerenciamento de crises deve:
1. Identificar os membros da equipe que irá compor o grupo ou o Comitê de Crise para ser acionado em caso de ocorrer um evento grave que ameace a empresa;
2. Documentar quais critérios serão utilizados para determinar uma crise. Obs. Cada empresa ou organização deverá fazer um levantamento bastante completo para classificar os tipos e a intensidade de eventos que possam ser classificados como ameaças de “crise grave”, incluindo o potencial de gravidade;
3. Estabelecer sistemas de monitoramento e práticas para detectar sinais de alerta precoce de qualquer crise potencial, as chamadas “bandeiras vermelhas”. Isso vale também para as redes sociais;
4. Indicar quem será o porta-voz em caso de crise, incluindo um substituto, ambos preparados e treinados. Desnecessário dizer que eles devem ser treinados em Media Training;
5. Fornecer uma lista de contatos-chave de emergência, para serem localizados com rapidez, inclusive fins de semana, feriados, durante a noite, não importa onde estiverem;
6. Documento que precisará ser notificado em caso de crise e como essa notificação será feita;
7. Identificar um processo para avaliar o incidente e sua potencial gravidade, e avaliar o impacto sobre as instalações e os funcionários;
8. Identificar procedimentos para responder à crise e pontos de reunião de emergência onde os funcionários podem ir, levando em conta também uma possível interdição por eventual acidente ou invasão; ter uma alternativa “B” para reunião;
9. Organizar um processo de simulação para testar a eficácia do plano de gerenciamento de crises e atualizá-lo regularmente.
Dependendo da indústria, um plano de gerenciamento de crises também pode ser conhecido como um plano de ação de continuidade de negócios, um plano de recuperação de desastres, um plano de contingência ou um plano de cenário.
Fonte: Search Disaster Recovery.
* Um plano de continuidade do negócio (Business continuity plan) é a capacidade de uma organização manter funções essenciais durante, assim como depois, que um desastre ocorreu. O planejamento da continuidade do negócio estabelece processos e procedimentos de gerenciamento de riscos que visam evitar interrupções nos serviços de missão crítica e restabelecer a função completa para a organização com a maior rapidez e tranquilidade possíveis.
** Informações mais completas sobre o Plano de Crise o leitor encontra na página 95, do Capítulo 9, da Parte IV, do livro "Gestão de Crises e Comunicação - O que Gestores e Profissionais de Comunicação precisam saber para Enfrentar Crises Corporativas". (JJF, Atlas, 2019, 3ª Edição).