Laboratório de crises expõe os deslizes na saúde do Rio
A denúncia contra o laboratório PCS Lab Saleme, do Rio de Janeiro, por ter liberado órgãos a serem transplantados, com o vírus do HIV, é apenas parte da série de irregularidades que permeia aquela empresa e a própria saúde no Rio de Janeiro, há bastante tempo.
Leia mais...Aylê-Salassié F. Quintão*
O paradoxo da empregabilidade pesa fortemente sobre a esperada redução de 36 para 26 ministérios no suposto futuro governo Temer. Milhares de cargos comissionados poderão ser extintos, e seus ocupantes, nomeados na onda do que ficou conhecido como “aparelhamento da máquina do Estado”, serem dispensados . Nesses últimos 13 anos de governo no Brasil desdenhou-se da complexidade técnica das políticas e cargos públicos. As funções de Estado e suas representações vulgarizaram-se - inclusive as de ministro - e foram perdendo gradualmente a autoridade e o sentido, levando à desfiguração das instituições e à desmotivação o funcionalismo.
Por que “crise” é uma palavra ruim? Essa pergunta incomoda quem vai tratar do tema nas reuniões de planejamento, porque ao falar em crise a diretoria, os gerentes, os funcionários a priori já associam o termo a fatos ruins, negativos. Como falar disso numa grande organização? Crise realmente indica um acontecimento ruim? A resposta tem muito a ver com a forma como se faz gestão de crises.
A queda de um trecho da ciclovia que passa pela praia de São Conrado, no Rio de Janeiro, inaugurada em janeiro, aponta, pelas análises preliminares e a opinião de especialistas, uma falha grave de gestão de risco. O acidente coloca sob suspeita essa e outras obras feitas às pressas, para cumprir a agenda das Olimpíadas. O marketing e a pressão do calendário não estariam se sobrepondo aos critérios de segurança? Além da morte de duas pessoas, até agora, a queda teve ampla repercussão internacional, agravando o desgaste da imagem do Rio de Janeiro e do País no exterior, num momento em que toda a mídia internacional está voltada para o processo de impeachment da presidente Dilma e para as Olimpíadas.
A fabricante japonesa de veículos Mitsubishi reconheceu hoje (20), no Japão, que manipulou dados sobre eficiência energética de seus miniveículos, os chamados "kei cars". A fraude afeta cerca de 625 mil automóveis desse tipo vendidos no Japão.
O Brasil vai muito mal quando se trata de liderança. É patético e triste ver neste momento o comportamento de quem deveria ser a principal líder do país: a presidente da República. Votos não têm o condão de outorgar a alguém o dom da liderança, lamentavelmente. Líderes autênticos não precisam de votos para comandar, para seduzir, para encantar e mudar o mundo. A história está cheia de exemplos. Luther King, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce não exerceram cargos eletivos.
Não importa o tamanho da empresa ou a natureza da organização. Todas hoje vivem o drama de “estar” ou não presentes nas redes sociais. Quem está fora sofre a síndrome da ausência, como se a empresa estivesse alienada do mercado, pelo fato de não participar das mídias sociais.
Quem se estruturou e resolveu entrar nesse mundo novo sofre outro tipo de ansiedade: o medo de se expor ao escrutínio imediato e superficial do mercado; cometer um erro e ter a reputação ameaçada por algum cliente insatisfeito; por ações legais do governo ou de órgaos reguladores; ou, pior ainda, sofrer um ataque de hackers, crime cada vez mais comum, e ter milhões de dados dos clientes vulnerabilizados.