
As crises graves do Brasil neste fim de ano
O Brasil se despede de 2025 com vários passivos pelo menos em três segmentos: segurança da população, junto com a saga da corrupção e dos golpes virtuais; insegurança nas estradas, principalmente nos acidentes com caminhões, que redundam em milhares de mortes todos os anos; e um aumento preocupante dos crimes de feminicídio em todo o país. São três crises que o governo e as autoridades judiciais não conseguiram resolver.
Barragem estoura no Piauí, depois de vistoria. Presidente do Senado se desculpa por ter recebido auxílio-moradia. Ministro do Meio Ambiente bate boca pela imprensa e tromba com ruralistas e colegas de ministério. Conversa dos presidentes Lula e Chaves vaza. Multinacional do esporte faz festa em templo nazista. Petrobras cochilou e CPI pauta imprensa sobre negócios da empresa. Finalmente, o pior que pode acontecer a uma empresa aérea, um acidente de grandes proporções: a tragédia do AF 447.
O 12º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, que terminou dia 29 de maio, em S.Paulo, realizado pela Mega Brasil Comunicação, destacou as redes sociais (blogs, orkut, twitter, myspace, facebook, etc.) e os cuidados com a marca e a reputação como o grande desafio dos comunicadores.
Claro que não foi no Brasil. A crise do Parlamento britânico, com denúncias de gastos irregulares de verbas extrassalariais e auxílios-moradia, levou o presidente da Câmara dos Comuns, Michael Martin, a renunciar. Sua conta de reembolsos inclui até uma cadeira de massagem de mil dólares. Numa imitação grotesca do deputado brasileiro Sérgio Moraes, ele também se lixou para a opinião pública, ao dizer que não tinha cometido erro algum e que, ao contrário de colegas, não iria devolver dinheiro aos cofres públicos.
A televisão deixou de ser o principal meio de entretenimento dos brasileiros. Assistir a filmes em casa e navegar na internet são as principais formas de lazer para mais da metade dos brasileiros. Enquanto nos EUA, na Inglaterra, Alemanha e no Japão, a TV ainda tem mais de 66% de preferência, como entretenimento, no Brasil esse índice é de 46%.
O Brasil é um país realmente incrível. Quando todo mundo deveria aplaudir a diretoria da Infraero por tomar uma atitude que demorou muito tempo para ser tomada, os padrinhos dos apadrinhados fazem muxoxo e vão chorar suas mágoas no Planalto.
A recente discussão entre o presidente do STF e o ministro Joaquim Barbosa não teria tanta repercussão, se tivesse acontecido há 20 anos, quando a mídia eletrônica era incipiente. O poder de disseminação das imagens por meio da TV e dos sites eletrônicos maximizou o acalorado confronto. A ponto de as torcidas e até a mídia se dividirem a favor do presidente do STF ou do ministro Joaquim Barbosa.









