
Feminicídio bate recorde no Brasil, diz estudo
Na sequência das análises das crises que marcam este fim de ano no Brasil, o terceiro tema aborda uma triste chaga brasileira, que precisa de forma urgente ser combatida: o feminicídio. Em 2024, o Brasil atingiu o maior número de feminicídios desde o início da tipificação do crime, em 2015, apontou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No total, 1.492 mulheres foram vítimas, o que representa média de quatro mortes por dia. Ao longo do último ano, cerca de 37,5% das mulheres brasileiras foram vítimas de algum tipo de violência, percentual que, projetado em números, corresponde a um contingente de 21,4 milhões de pessoas. Os dados são da quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
A Guerra Ucrânia-Rússia completa um ano. “À medida que nos aproximamos do primeiro aniversário da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia - e a feroz resposta ucraniana apoiada por uma coalizão ocidental liderada pelos EUA - a seguinte pergunta precisa ser respondida com urgência: como é que em 23 de fevereiro de 2022, praticamente ninguém na América estava argumentando que era do nosso interesse nacional entrar em uma guerra indireta com a Rússia para impedi-la de invadir a Ucrânia, um país que a maioria dos americanos não conseguia encontrar em um mapa em 10 tentativas?”
A cultura da gestão de riscos e crises no Brasil ainda não foi disseminada. Pelo menos a metade das maiores empresas do país, segundo pesquisas, têm a gestão de riscos e crises na pauta, mas não implantaram uma área específica para cuidar do tema. Por isso, informações de interesse público que possam evitar eventos negativos, que representem risco e poderiam se transformar em crises, devem ser amplamente divulgadas. Os gestores têm que entender que falar sobre gestão de riscos e crises, compartilhar conteúdos, institucionalizar uma área, tudo isso vai melhorar a relação dessa organização com a sociedade e seus stakeholders. Quem diz isso é João José Forni, em densa entrevista concedida ao portal Observatório da Comunicação de Crise, lançado nesta semana, pela Universidade de Santa Maria (UFSM), em parceria com outras universidades do Brasil e de Portugal.
Foi lançado em 8 de fevereiro o Observatório da Comunicação de Crise (OBCC), dispositivo inédito no país dedicado a reunir o conhecimento produzido no campo da Comunicação em torno da gestão de crises em organizações. Em um único site, o Observatório busca armazenar a produção sobre o tema nos mais diversos formatos, como artigos, capítulos de livros, entrevistas, teses e dissertações, além de filmes, séries, vídeos e documentários. Paralelamente, artigos de opinião e análises de casos sobre acontecimentos atuais também estarão presentes na plataforma.
“Com o início de 2023, o mundo vem enfrentando um conjunto de riscos que são considerados totalmente novos e misteriosamente familiares. Temos visto um retorno de riscos “mais antigos” – inflação, crises do custo de vida, guerras comerciais, saídas de capital de mercados emergentes, tumulto social generalizado, confrontos geopolíticos e o espectro de um conflito nuclear – que poucos líderes empresariais e formuladores de políticas públicas desta geração já vivenciaram.”
Há dez anos, o Brasil acordou com as cenas terríveis do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria-RS. Impossível mensurar o tamanho dessa tragédia em termos humanos, pelo número de vítimas, pela idade da maioria delas, pela forma irresponsável e pela sequência de erros e omissões que provocou o incêndio.
A primeira página da edição de 19 de janeiro do jornal ‘Folha de S. Paulo” estampou um foto de Lula arrumando a gravata e na frente aparece um vidro quebrado, com um furo, como se tivesse sido atingido por um tiro. A foto de Gabriela Biló “foi feita com múltipla exposição”, segundo registra o próprio jornal na legenda da ilustração. Ou seja, uma sobreposição de imagens resultou naquela ilustração.









