Risk Management ilustraçãoA cultura da gestão de riscos e crises no Brasil ainda não foi disseminada. Pelo menos a metade das maiores empresas do país, segundo pesquisas, têm a gestão de riscos e crises na pauta, mas não implantaram uma área específica para cuidar do tema. Por isso, informações de interesse público que possam evitar eventos negativos, que representem risco e poderiam se transformar em crises, devem ser amplamente divulgadas. Os gestores têm que entender que falar sobre gestão de riscos e crises, compartilhar conteúdos, institucionalizar uma área, tudo isso vai melhorar a relação dessa organização com a sociedade e seus stakeholders. Quem diz isso é João José Forni, em densa entrevista concedida ao portal Observatório da Comunicação de Crise, lançado nesta semana, pela Universidade de Santa Maria (UFSM), em parceria com outras universidades do Brasil e de Portugal.

O OBCC justifica assim ter escolhido o professor João José Forni, para a primeira entrevista do portal: “O primeiro entrevistado do OBCC é também uma das principais referências no Brasil quando o assunto é risco e crise. Abrimos esta seção com o Prof. João José Forni, professor de Comunicação Pública e Gestão das Organizações, com foco em gestão de riscos e crises, autor do livro ‘Gestão de Crises e Comunicação – O que Gestores e Profissionais de Comunicação precisam saber para enfrentar Crises Corporativas’.

A conversa aborda interfaces atuais com os temas tratados pelo OBCC, a exemplo dos fenômenos das fake news, da cultura do cancelamento, da pós-verdade e da viralização de conteúdos por aplicativos de mensagem.

A fim de contextualizar suas reflexões, o entrevistado também explica como a prática e os estudos sobre gestão de crises foram impactados pela pandemia de Covid-19. E foi provocado para citar o que ele considerou 'cases' graves de crise, que ficaram marcados por uma boa ou excelente gestão, além daqueles que são lembrados pela forma errática e calamitosa do gerenciamento, como o do incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, em 2013, com 242 vítimas fatais; e os acidentes com o novo modelo da Boeing, o 737 MAX, logo após o lançamento, na Indonésia e na Etiópia, em 2018 e 2019, que causaram a morte de 343 pessoas.

O especialista também fala sobre como evoluiu essa competência do gerenciamento de crises no Brasil. E da necessidade de as empresas e organizações públicas se conscientizarem de que não dá mais para prescindir de uma equipe de pessoas bem treinadas na condução dos casos de crises e mecanismos de governança e compliance sobre esse tema tão importante para a sobrevivência e o futuro das organizações.

É uma entrevista onde perpassam vários temas atuais, como a evolução dessa competência de saber gerenciar o risco e a crise no Brasil, nos últimos anos, bem como dando várias dicas e princípios que os gestores precisam seguir para melhorar a comunicação de crise, um dos pilares mais importantes na hora em que a empresa precisa enfrentar o escrutínio da sociedade, dos acionistas, dos stakeholders e da mídia.

Leia aqui a densa entrevista do professor João José Forni.

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