Pesquisa feita com parte dos CEOs das 500 maiores empresas dos EUA mostra que somente 32% dos executivos têm pelo menos uma conta nas redes sociais. Portanto, 68% não tem presença alguma. Surpresa? Não. A pesquisa apenas corrobora dados de outras sondagens mostrando que os executivos top têm extrema dificuldade de lidar com as novas tecnologias, principalmente redes sociais.
A despeito do poder alcançado pelas mídia social, o estudo mostra que dois terços dos grandes executivos desdenham do poder das redes. A pesquisa, conduzida em julho, pelo Pew Research Center, constatou que enquanto somente 20% dos americanos estão no LinkedIn, a rede é freqüentada por 30% dos CEOs. É a única rede social em que os executivos estão, proporcionalmente, mais presentes do que a população em geral.
Entre os executivos das 500 maiores empresas do mundo do ranking Forbes, o Twitter não desperta maior interesse. Somente 5,6% confessam manter Twitter ativo. Entre os americanos a media é de 18%. Mesmo assim, dos CEOs ativos no Twitter, a média é de uma inserção por dia. Ou seja, não são ativos na acepção correta da palavra. Apesar dessa pouca familiaridade, alguns CEOs famosos têm milhões de seguidores, como Bill Gates, com 12,5 milhões. Bill Gates mantém sua conta no Twitter bastante ativa.
Entretanto, outros que mal aparecem por lá, como Warren Buffet, com 608 mil seguidores, postou desde maio apenas três tuítes na rede social. Ou seja, nada. A exceção e o mais popular CEO na mídia social é, naturalmente, Mark Zuckerberg, o líder da própria rede, com 18,8 milhões de seguidores no Facebook. Dos CEOs entrevistados pelo Pew Institute, apenas 19 são ativos no Twitter. O conceito de "ativo" também é muito relativo. Significa, no caso, ter postado alguma coisa na rede nos últimos 100 dias.
No Facebook, os CEOs são mais ativos. Com 7,6% deles como usuários da rede, pode-se dizer que estão na contramão da população dos Estados Unidos, onde 67% dos adultos declaram usar o Facebook. Uma conclusão interessante da pesquisa é que a maioria dos CEOs estão mais preocupados com a qualidade do que postam, do que em aumentar o número dos seguidores.
Pesquisa semelhante aplicada no Brasil não apresentaria muitas diferenças. Os executivos, principalmente os top da carreira, desdenham do poder das redes sociais. Alguns por medo, para não ter que enfrentá-las no dia a dia. Outros, por desconhecimento. Salvo raras exceções, concentradas em alguns tipos de atividade, eles não perceberam ainda o potencial de negócios das redes sociais.