
As crises graves do Brasil neste fim de ano
O Brasil se despede de 2025 com vários passivos pelo menos em três segmentos: segurança da população, junto com a saga da corrupção e dos golpes virtuais; insegurança nas estradas, principalmente nos acidentes com caminhões, que redundam em milhares de mortes todos os anos; e um aumento preocupante dos crimes de feminicídio em todo o país. São três crises que o governo, a sociedade civil, o ministério dos Transportes e o Judiciário não conseguiram resolver.
Pesquisa encomendada pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) aponta que 34% dos universitários da região metropolitana de São Paulo não lêem com freqüência, 18% não gostam de ler e 16% lêem apenas de vez em quando.
A crise por que passa a aviação brasileira já passou do ponto que se poderia chamar de administrável. Ela demonstrou, ao longo de nove meses, além da incompetência para dar um pouco de ordem ao caos criado após o acidente da Gol, uma incapacidade para administrar a crise com um mínimo de organização.
Há dois meses a área econômica tem acompanhado um fato que acabou redundando na queda do Presidente do Banco Mundial. Dele podemos tirar várias lições sobre a administração de crise nas grandes organizações. O fato é que Paul Wolfowitz, presidente do Banco Mundial, admitiu em abril último ter favorecido sua namorada Shaha Riza, funcionária do mesmo banco, ao promovê-la para um cargo com salário milionário.
A compra da Dow Jones pelo empresário Robert Murdoch, dono da News Corporation,consolida uma tendência que vem se acentuando nos últimos anos de concentração da mídia em grandes conglomerados. Ou seja, a opinião cada vez mais está na mão de poucas pessoas.
Desastre em outubro, descalabro no transporte aéreo nacional durante nove meses, seguido de outra tragédia parecem ter acordado a mídia para uma realidade nacional. Nós tínhamos aeroportos e não sabíamos, havia pistas para os aviões pousar e também desconhecíamos.
Não bastasse a maior tragédia aérea da América Latina, uma série de trapalhadas da empresa aérea e do governo agravam uma crise que parece não ter fim.









