
Ouvir os stakeholders numa crise cria confiança e protege a reputação
Qual o dano uma crise corporativa pode causar? Em grande parte das organizações ou empresas que enfrentaram crises graves, de que são exemplos Boeing, Volkswagen, Wirecard AG, Toshiba, Malaysia Airlines; Vale, VoePass, 123 milhas, Lojas Americanas e, em anos passados, Petrobras, Enron, British Petroleum-BP, Exxon, Uber, Wells Fargo, o prejuízo financeiro e o arranhão na reputação teve um efeito incalculável. Em alguns casos, fatal. A empresa ficou inviável ou nunca se recuperou.
Guerras, tragédia, batalha no Congresso e crise econômica submetem o Presidente Obama à prova todos os dias. Num período conturbado da história dos EUA, governar se transforma em saber lidar com crises quase diárias. O que significa conviver com crises?
A crise atingiu a imprensa brasileira. A circulação ds grandes jornais caiu 6% no primeiro semestre, em relação a 2008. As maiores perdas foram dos jornais O Dia (-24%), Extra, Jornal da Tarde e O Estado de S. Paulo (-17%). Diário de S. Paulo (-11%), Diário Gaúcho e Meia Hora (-9%), O Globo (-8%), Folha de S. Paulo (-7%) e Super Notícia (-4%) também registraram perdas.
A pesada multa anunciada pelo ministério da Justiça às empresas telefônicas Oi e Claro é a o ápice de uma crise anunciada desde quando essas empresas chegaram ao Brasil. As duas, junto com a Telefônica, são apenas o lado mais visível do que acontece com todas: desrespeito total ao consumidor, às leis e às autoridades.
Quem pensa que só as fontes precisam gerenciar crises na relação com a mídia, está enganado. O tablóide britânico News of the World enfrenta uma crise de credibilidade, ao ser acusado pelo concorrente The Guardian, na semana passada, de ter grampeado ilegalmente centenas de celebridades e políticos para ter acesso a informações pessoais, entre eles a modelo Ellen Mcpherson. Ao mesmo tempo suscita questionamentos sobre a ética jornalística em buscar o furo a qualquer preço.
Era o que faltava para apimentar ainda mais o clima de crise do Congresso Nacional. O jornal O Estado de S. Paulo divulgou quinta-feira (9) que a Fundação José Sarney, do Maranhão, é suspeita de desviar R$ 1,3 milhão para empresas fantasmas e outras da família do Senador.
O site politico.com revelou na semana passada que o jornal Washington Post, um dos mais influentes periódicos dos EUA, organizava jantares com a presença de membros do governo Obama, Congressistas, lobistas e editores do Post pelo preço de US$ 25 mil. O patrocínio anual poderia custar US$ 250 mil. Tudo foi divulgado num folder publicitário, que dizia “tratar-se de uma oportunidade exclusiva para participar do debate sobre reforma da saúde” com as pessoas que de fato irão fazê-la.









