O patético vazamento de uma ação de guerra dos Estados Unidos
O mundo se acostumou a encarar e respeitar os Estados Unidos como uma das maiores potências do mundo, não apenas pela força da economia, do empreendedorismo, da excelência de suas universidades, como principalmente pelo poderio bélico, historicamente presente em todos os grandes conflitos desde o início do século XX.
Ao mesmo tempo, os países do Ocidente, historicamente, aprenderam a admirar os líderes políticos e militares por trás desse poder. Desde os chamados "pais da república" americana, os "Founding Fathers", um grupo de figuras históricas que desempenhou um papel crucial na independência e na formação do país: George Washington, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adams, e James Madison.
Leia mais...A reputação é o ativo mais precioso de uma organização ou de um governo. Em época de crise, a reputação corre sério risco, principalmente porque o escrutínio da mídia se torna mais intenso. Empresas ou executivos despreparados para enfrentar uma boa relação com a imprensa correm maior risco de comprometerem a marca, o nome da empresa ou o governo por deslizes ou erros cometidos na forma como se relacionam com os jornalistas. Alguns conseguem arranhar a relação definitivamente.
De celebridades a esportistas, de políticos a executivos, todos estão sempre preocupados em se apresentar bem para a mídia. Não apenas pela importância da imagem corporativa, mas também para preservar a própria imagem. Alguns, adotando a postura errada do “low profile” somem nos momentos decisivos e deixam a mídia escrever o que quiser. Outros, mesmo sem treinamento, enfrentam câmeras, jornalistas e coletivas no peito e na raça. Pagam para ver e às vezes se dão mal.
Que o governo se rodeou de gente despreparada, nós todos já sabíamos. Que a presidente, que nunca exerceu um cargo eletivo na vida, era inexperiente, arrogante e despreparada para o cargo máximo da nação também todo mundo sabia. Mas, pessoas que enfrentaram a ditadura, viveram na oposição grande parte da vida, apoiados por intelectuais de respeito, fossem tão despreparadas para enfrentar a crise, nós realmente não poderíamos imaginar.
Fernando Gabeira, um dos mais lúcidos jornalistas e políticos em atividade no País captou mais uma semana alucinante para o governo, em artigo magistral no jornal O Estado de S. Paulo.
* Carlos Castilho
Esta é a pergunta que mais tenho escutado nos últimos dias durante conversas pela internet e em debates públicos ou de botequim. Impressiona a quantidade de brasileiros confusos e desorientados diante de uma batalha informativa que aumenta de intensidade a cada dia e cujo desfecho não é possível vislumbrar. É o drama vivido por pessoas que não vestiram nenhuma camiseta partidária e que sofrem as consequências de um turbilhão de versões e contra- versões difundidas freneticamente por uma imprensa que perdeu o senso de isenção.
O Brasil passa por um dos momentos mais delicados e perigosos de sua história. A geração nascida a partir dos anos 1940, para ficar nas últimas décadas, lembra de muitas outras crises institucionais, políticas e econômicas, mal conduzidas, e que tiveram consequências nefastas para o país. Talvez estejamos muito próximos de momentos semelhantes. O impasse em que nos encontramos, há pelo menos um ano, está convergindo para um desenlace histórico dos mais dramáticos, se não se encontrar uma saída nos próximos 60 dias.
Seria o caso de perguntar: como chegamos ao atual cenário de crise, não previsto nessa dimensão pelos mais hábeis analistas econômicos e políticos? Resposta: pela incapacidade do governo de gerenciar as crises que surgiram nos últimos anos. Pela dificuldade da presidente da República articular-se com o Congresso e montar equipes econômica e política de peso, com discernimento e capacidade para construir um projeto de país. Pela omissão de um Congresso patrimonialista e comprometido com grandes grupos, sem representatividade, que prefere não discutir temas polêmicos que possam ferir interesses corporativos. Com isso, ele anda na contramão das necessidades do país.
Quanto custa ao País e principalmente aos brasileiros o péssimo serviço de transporte público e a gestão do trânsito oferecidos pelos governos? Engarrafamentos monumentais, centenas de milhares de carros e ônibus nas ruas das grandes cidades. Poluição e desperdício de combustível. E milhões de brasileiros perdendo parte de sua vida para se locomover pela manhã e à noite por diferentes meios de transporte, quase sempre superlotados e desconfortáveis.