pizza_hutCrises com cadeias de lanchonetes ou restaurantes não são novidade. Objetos estranhos são encontrados em alimentos e acabam gerando crises de imagem, algumas bastante pesadas, para cima das marcas. Mas, o que Ken Wieczerza diz ter encontrado num restaurante da Pizza Hut, nos EUA, lembra mais uma história de filme de horror. Ele encontrou nada menos do que um curativo com sangue, torrado junto com seu pedaço de pizza.

O inusitado achado ocorreu em 9 de junho de 2011 e foi classificado por Kevin Allen, do site PR Daily, como “um episódio no mínimo bizarro”. E mereceu intensa cobertura negativa da imprensa, em Ballston Lake, no estado de Nova York.

Ao casal Weiczerza foi oferecido um reembolso em forma de pizza, mas a suposta vítima também queria que a Pizza Hut pagasse um exame de sangue a ser feito na “prova do crime” (o curativo), para ter certeza de que ele não teria corrido risco de contrair qualquer doença.

Mas a empresa não aceitou isso. “Eu não quero causar nenhum prejuízo ao restaurante, nem ao gerente ou empregados, por isso esperei tanto, só quero que eles paguem o exame de sangue para comprovar ou não a existência de doenças”. A denúncia, que está sendo investigada, foi publicada em vários sites americanos, após o jornal Times Union, de Albany, divulgar as declarações da vítima.

Segundo Allen, o cliente que denunciou, achou o gerente da loja muito “apologético”, ou seja, com explicações bizarras e simplórias para o problema. Weiczerza diz que ele está tentando resolver a questão com a Pizza Hut há semanas, mas os empregados da empresa não retornam suas ligações. Depois de 20 tentativas de denúncia, eles ainda não foram capazes de fazer chegar a informação ao escritório corporativo da Pizza Hut. O cliente teve o cuidado de congelar a fatia de pizza, com o curativo incluído, caso precisasse de prova. "Eu não consigo pensar em nada mais nojento do que mastigar um curativo, que não seja uma parte do corpo. Felizmente, eu não o engoli”, disse Ken.

Como você reagiria, num caso desses, se fosse dono ou gerente de um restaurante ou lanchonete? Kevin Allen diz que os empregados da Pizza Hut reagiram, quando questionados pela imprensa, mas não com o tipo de informação ou desculpas que você esperaria, num caso grave como esse. Um porta-voz enviou a seguinte declaração:

A segurança de nossos clientes é nossa maior prioridade. Levamos estas questões a sério e estamos conduzindo uma investigação completa do incidente alegado. Pedimos desculpas pelo inconveniente que isso causou aos nossos estimados clientes”.

Segundo Kevin, “Isso é uma forma protocolar, padronizada e muito corporativa de falar, mas se tornou ainda pior, para não dizer muito estranho, quando veio o complemento da informação da rede. Eles também disseram à emissora de TV News 10, que "o tipo de massa encontrado na pizza não combinava com nenhuma das opções de massa utilizadas em nossos restaurantes". O jornalista acha isso estranho, porque nunca a família deu o pedaço da pizza para a empresa testar. Para piorar, a Pizza Hut alegou que “o tipo de curativo usado não é consistente com o protocolo que os restaurantes Pizza Hut usam”. Deu para entender?

O site PR Daily faz até uma brincadeira, ao encerrar o artigo sobre o tropeço da Pizza Hut. “Talvez a cadeia deva considerar um novo slogan: Pizza Hut: Não nossa pizza.  Não nosso curativo sangrento”.

Crise recorrente e perigosa

Em 2009, a cadeia Americana de pizzas Domino”s enfrentou uma crise, principalmente nas redes sociais, quando dois empregados postaram um vídeo com brincadeiras de mau gosto: espirravam, cuspiam e faziam outras barbaridades com sanduíches preparados na cozinha de uma loja no interior dos EUA. A empresa, avisada por clientes, foi rápida em responder a essa crise, com um pronunciamento do presidente, pelo You Tube. O fato foi analisado neste site no artigo As lições da crise da pizza Domino’s.

Em 2007, uma crise mais grave. Transeuntes numa rua de Nova York viram vários ratos passeando dentro das instalações, ainda fechadas, de uma filial da cadeia de restaurantes Taco Bell, braço da KFC, pertencente ao grupo Pizza Hut. As cenas foram flagradas pelas câmeras da Fox News e viraram um divertimento no You Tube. Essa crise também foi analisada neste site, no artigo O passeio dos ratos vira pesadelo.

Em 2005, em San Jose (Califórnia), um casal denunciou a cadeia Wendy’s. Alegava ter encontrado um dedo humano numa sopa de carne (chilly). Eles tentaram tirar vantagem financeira da cadeia de restaurantes.

Após alguns dias, quando virou um escândalo de repercussão internacional, a empresa resolveu investigar a denúncia. E conseguiu comprovar, após intensa investigação, que tudo havia sido forjado pelo casal. Os denunciantes foram presos e julgados. Anna Ayala, 39 anos, foi condenada a nova anos de prisão, enquanto seu marido, Jaime Placencia, 43, a 12 anos e quatro meses atrás das grades.

Um outro tipo de crise que pode atingir não apenas restaurantes, mas qualquer tipo de negócio, são os incêndios. Nesta quarta-feira (3), o tradicional restaurante Oca da Tribo, em Brasília, foi completamente destruído por um incêndio. As fagulhas vieram de queimadas próximas ao restaurante, agravadas com o período de seca que assola Brasília, neste mês,  e foram levadas pelo vento para o teto do restaurante, todo de palha. Em poucos minutos, não restou mais nada. 

Ilustração: PR Daily.

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