O patético vazamento de uma ação de guerra dos Estados Unidos
O mundo se acostumou a encarar e respeitar os Estados Unidos como uma das maiores potências do mundo, não apenas pela força da economia, do empreendedorismo, da excelência de suas universidades, como principalmente pelo poderio bélico, historicamente presente em todos os grandes conflitos desde o início do século XX.
Ao mesmo tempo, os países do Ocidente, historicamente, aprenderam a admirar os líderes políticos e militares por trás desse poder. Desde os chamados "pais da república" americana, os "Founding Fathers", um grupo de figuras históricas que desempenhou um papel crucial na independência e na formação do país: George Washington, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adams, e James Madison.
Leia mais...A estreia do filme “Spotlight – Segredos Revelados” não é apenas a exibição de um grande filme. Com tudo que um bom roteiro e uma boa direção podem fazer. É, antes de tudo, uma aula de jornalismo. Principalmente pelo tema escolhido: a crise da Igreja Católica com o escândalo sobre pedofilia nos Estados Unidos.
É uma oportunidade de ver como o jornalismo investigativo, ancorado numa editoria corajosa e comprometida, com uma equipe profissional de alto nível, consegue enfrentar o poderoso lobby de uma instituição poderosa e secular. Mostra a força da imprensa se digladiando com a da Igreja e da sociedade local, católica e conservadora, que fingia não saber o que acontecia nos porões da diocese de Boston. O filme retrata um momento ímpar do jornalismo; mas protagoniza também um soco impiedoso e sem escrúpulos no estômago da Igreja.
2015 não deixa saudades. Foi um ano marcado por crises de todos os tipos, principalmente no Brasil. Mas outros países, como França, Síria, Iraque, Nigéria, Grécia, Quênia, Turquia, para citar apenas alguns, tiveram graves crises, sob qualquer aspecto que entendamos a palavra. A França ficou em evidência pelo drama de ter sido alvo do maior ataque feito contra o país desde a II Guerra Mundial. E o Brasil, como se não fossem suficientes as crises econômicas, políticas, institucionais e éticas por que passamos, foi palco da maior tragédia ambiental da história e uma das maiores do mundo, com o rompimento da barragem de rejeitos da Mineradora Samarco, em Minas Gerais.
Ao ver os festejos de passagem de ano em várias capitais pelo Brasil, no último dia de 2015, me perguntei: o que o povo brasileiro está comemorando? A saída de 2015 ou a entrada de 2016? Para qualquer dos dois lados que olhe, o cenário, lamentavelmente, foi e será o pior possível. Ao ver o esforço das prefeituras em rapidamente montar palcos, contratar bandas, gastar milhares de reais com fogos de artifício (mesmo com os cofres zerados), voltam à lembrança as cenas de guerra mostradas pela televisão dos hospitais do Rio recusando pacientes, nas últimas semanas; e enfermeiros e médicos lamentando a impossibilidade de dar um mínimo de assistência aos doentes que saem chorando de hospitais, casas de saúde ou das badaladas UPAs.
Não bastassem as crises econômica, política e ética que o país enfrenta, moradores do Rio de Janeiro não mereciam o presente de fim de ano que a megalomania de Sérgio Cabral e seu afilhado Pezão lhes proporcionou. O caos na saúde pública do Rio resulta de incompetência administrativa, falhas graves de gestão e falta de planejamento.
Em 5 de dezembro completou um mês a tragédia de Mariana-MG, como ficou conhecida a catástrofe que se abateu sobre uma região da cidade, com o rompimento da barragem do Fundão, da Mineradora Samarco. Controlada pela brasileira Vale e a mineradora anglo-australiana BHP Bilton, a Samarco responde junto com as controladoras pelo maior desastre ecológico da história do país. Seis localidades de Mariana foram atingidas, sendo Bento Rodrigues a que mais sofreu. Este vilarejo de 317 anos, com alguns prédios históricos, foi totalmente destruído, soterrando igreja, escola e residências.
"Eu prefiro não comer por uma semana do que ficar sem ter meu telefone. É muito ruim. Eu literalmente iria sentir como se eu fosse morrer." (Gia, 13 anos).
Esses adolescentes participaram do programa "#Being13: Inside the Secret World of Teens" (Por dentro do mundo secreto dos adolescentes), primeiro estudo da espécie feito na mídia social com adolescentes, realizado por dois pesquisadores, em parceria com o Grupo de TV CNN, nos Estados Unidos. O objetivo da pesquisa era saber como esses jovens, numa idade pré-adolescente, usam a mídia social e como o envolvimento com essa mídia se relaciona com o ajustamento social e psicológico.