A crise dos Correios repete erros do passado
O que aconteceu com os Correios? Houve época – acreditem – em que as pesquisas que apontavam as instituições de maior credibilidade do país, mostravam no topo, tradicionalmente, os bombeiros, a Igreja e os Correios. Em 2002, pesquisa da FIA/USP sobre confiança das instituições brasileiras, colocava os Correios em segundo lugar, com 93% de aprovação, atrás apenas da “família”, com 94%. Manteve essa reputação mais alguns anos, mas já enfrentando crises graves.
Eles não aprendem. Depois do poderoso diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de Antonio Palocci e seus negócios mal explicados, sexo e redes sociais derrubam mais um político. Nos EUA, de novo.
A semana passada foi pródiga em crises, tanto no Brasil, quanto no exterior. Dos bombeiros do Rio de Janeiro, passando pelo apagão de São Paulo, até o epílogo da novela Palocci, não faltaram “pepinos” para as autoridades descascar, como comprova agora o governo da Alemanha, meio perdido com a bactéria E. coli. Erros e inépcia administrativa trazem alguns ensinamentos para quem está ligado em gestão de crises.
Palocci não caiu na terça-feira, nem começou a cair quando da publicação da reportagem da Folha de S. Paulo sobre seus milionários ganhos nos últimos anos, principalmente durante a campanha eleitoral. O derretimento de Palocci começou em 2006, quando aceitou, sem cuidadosa checagem, a acusação de que o caseiro, Francenildo da Costa, havia recebido dinheiro suspeito. Meio trincado, o telhado de vidro de Palocci agora foi alvo fácil para receber outros petardos.
Apesar de tanto se falar em gestão de crises, o Brasil continua sendo um excelente laboratório para quem quer aprender como não agir numa crise. Tanto no governo, quanto na iniciativa privada. O caso Palocci, que há mais de 15 dias desafia os jornalistas investigativos, incomoda o Palácio do Planalto e alimenta a voracidade do PMDB, é um caso típico de crise mal resolvida.
O Congresso Mega Brasil de Comunicação 2011, encerrado sexta-feira (27), em São Paulo, consagrou as redes sociais como o grande desafio do momento para os profissionais do século XXI. O evento reuniu, durante quatro dias, mais de 850 profissionais da área, entre participantes do Congresso, dos demais eventos, além de palestrantes e moderadores.
Os franceses estão chocados com o tratamento dado pelos americanos a DSK, como eles chamam o poderoso e galanteador Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional. Eles acham que os americanos exageraram ao expor algemado, para a mídia mundial, o até então favorito nas pesquisas para presidente da França, por uma acusação de assédio sexual.