O patético vazamento de uma ação de guerra dos Estados Unidos
O mundo se acostumou a encarar e respeitar os Estados Unidos como uma das maiores potências do mundo, não apenas pela força da economia, do empreendedorismo, da excelência de suas universidades, como principalmente pelo poderio bélico, historicamente presente em todos os grandes conflitos desde o início do século XX.
Ao mesmo tempo, os países do Ocidente, historicamente, aprenderam a admirar os líderes políticos e militares por trás desse poder. Desde os chamados "pais da república" americana, os "Founding Fathers", um grupo de figuras históricas que desempenhou um papel crucial na independência e na formação do país: George Washington, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adams, e James Madison.
Leia mais...O acidente grave de colisão de dois aviões no aeroporto internacional Haneda, em Tóquio, um dos mais movimentados do mundo, na noite de 2 de janeiro, ao mesmo tempo que mostra uma falha grave de algum dos controles de voo do aeroporto, seja erro humano ou problema de comunicação, nos propiciou também uma verdadeira aula sobre gestão de crises.
Durante anos, no subsolo da lagoa Mundaú, em Maceió, uma mineradora de sal-gema cavou dia e noite para tirar de lá um produto que gerou milhões de dólares de lucro. Mal sabiam os moradores dos bairros na região que estavam à beira de uma tragédia e em cima de uma autêntica arapuca: solo comprometido, afundando, vulnerável, imóveis com rachaduras e interditados para morar. A imprensa cochilou ou esqueceu de acompanhar, apurar e informar. Os governos, órgãos ambientais e, durante certo tempo, até o Judiciário deixaram de fiscalizar. Um por um foram cúmplices ou pelo menos lenientes com o que o jornalista André Trigueiros chamou de “o maior desastre urbano do mundo”.
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que estabeleceu que empresas jornalísticas podem ser responsabilizadas por declarações feitas por entrevistados é considerada “impossível de aplicar na prática” por especialistas em direito.
Ao permitr a responsabilização civil de veículos de imprensa por entrevistas com indícios de falsidade, o voto usa expressões de significado amplo que ainda deixam margem para dúvidas sobre eventuais julgamentos.
O que significa realmente fazer gestão de crises? Para alguns autores, qualquer medida que antecipe uma situação de crise ou remova o risco ou incerteza de uma situação dada, e em razão disso permita a você ter mais controle sobre o destino da organização. Para outros, pode ser o estudo de como as crises ocorrem e o que pode ser feito para preveni-las ou fazer com que, se ocorrerem, o impacto delas seja menos negativo. Para desmistificar o que é fazer gestão de crises, basta dizer que o pior momento para gerenciar uma crise é durante a crise. O que leva à natural conclusão de que gestão de crises são ações de prevenção e preparação que devem ocorrer antes que as crises cheguem. A prática tem mostrado que empresas preparadas para situações adversas têm menos dispêndio com as crises e saem delas com maior rapidez.
O badalado escritor israelense Yuval Harari*, autor de vários livros consagrados, disse hoje, no 5º dia dos ataques ao seu país, em artigo publicado em vários jornais, que a população de Israel está com dificuldade de entender o que acaba de atingi-la. E que esse ataque-surpresa nada tem a ver com a Guerra de Yom Kippur, de 1973, como alguns quiseram comparar.
Em fevereiro de 2023 foi lançado, na plataforma da Universidade de Santa Maria, o Observatório de Comunicação de Crise. Uma página digital que nasceu com a proposta de reunir o conhecimento produzido no campo da Comunicação, em torno da gestão de riscos e crises das organizações, sejam públicas ou privadas. Ao longo deste ano, o Observatório já coleciona uma série de entrevistas com especialistas (veja os links abaixo), sob os mais diferentes ângulos da gestão de crises e da comunicação de crise.