Laboratório de crises expõe os deslizes na saúde do Rio
A denúncia contra o laboratório PCS Lab Saleme, do Rio de Janeiro, por ter liberado órgãos a serem transplantados, com o vírus do HIV, é apenas parte da série de irregularidades que permeia aquela empresa e a própria saúde no Rio de Janeiro, há bastante tempo.
Leia mais...A companhia aérea britânica British Airways (BA), uma das maiores empresas aéreas do mundo, enfrentou uma grave crise no fim de semana, após queda total no seu sistema de controle de voos, passagens, bagagens e demais serviços. Justo no fim de semana que antecedia um feriado bancário, na segunda-feira, e milhares de passageiros do Reino Unido estavam se deslocando de avião para outras cidades, aproveitando o feriadão.
Francisco Viana*
A tragédia não chegará tão cedo ao último ato e seu desfecho é imprevisível. Impeachment do presidente Michel Temer? Prisão do senador Aécio Neves e de outras das cerca de duas mil pessoas que receberam propinas dos irmãos Batista, da JBS? Eleições indiretas ou diretas para escolha de novo Presidente da República? Cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE?
Em tempos de cyberataque, é importante que o tema esteja sempre na pauta das empresas. Não foi apenas porque o ataque da semana passada, que atingiu 150 países, teve uma extensão tão grande que as empresas devem se preocupar com o tema. Aqui mesmo neste site há inúmeros artigos alertando para uma das maiores ameaças à reputação e ao negócio das organizações, que é o cyberataque. Os bancos britânicos, por exemplo, consideram esse tipo de crime como a segunda maior ameaça a uma empresa financeira, logo depois da fraude ou desvio de dinheiro. As áreas de segurança dos Estados Unidos incluem o cyberataque como a maior ameaça que o país tem hoje, ao lado do terrorismo.
Pode ser mera coincidência a data. Mas duas manchetes chamam a atenção neste sábado, 13 de maio: “Capitão italiano Francesco Schettino pega 16 anos de prisão por acidente do Costa Concordia”. E “Hopi Hari fecha por tempo indeterminado”.
Os dois fatos são de amplo conhecimento dos brasileiros. O primeiro – o naufrágio do navio de cruzeiros Costa Concordia - ocorreu em janeiro de 2012, nas costas da Ilha de Giglio, na Itália e teve ampla repercussão internacional. No Hopi Hari, em Vinhedo-SP, o acidente da menina, que caiu de um brinquedo, foi em fevereiro de 2012. Fatos bem diferentes, de dimensões diversas, mas que têm uma convergência de causas: falta de comando, falta de prevenção, má gestão de crises e falhas graves de comunicação.
Governantes populistas podem até ser lembrados pela história. Pelo bem, ou pelo mal. Alguns, quando começam a ser idolatrados pelas massas, sentem-se no direito de fazer o que bem entendem. E, muitas vezes, passam do ponto. Ao sentir o gosto do poder, uns tantos se transformam em ditadores, uma tentação sempre perigosa, de que temos exemplos bem perto, como hoje na Venezuela; ou mais longe, na Turquia, e tivemos na Argentina, no Brasil, na Bolívia e em outros países da América Latina e África, principalmente.
A matéria de capa desta semana da revista britânica The Economist trata de um tema pouco afeito às discussões nos fóruns econômicos e na pauta da diretoria das empresas: a morte. Por que a respeitada e tradicional revista econômica traz esse tema indigesto para a pauta? Talvez porque, assim como a crise é um tema tabu, que os empresários e as grandes corporações não gostam de mencionar, nem de discutir, a morte também acaba se transformando num assunto que nós pobres mortais não gostamos de tocar nas conversas do dia a dia. Erradamente. Porque nada é mais certo numa vida, do que o momento da morte.