Problemas de gestão e ações judiciais lideraram as crises em 2024
Problemas de gestão lideraram as crises corporativas de 2024, no mundo, diz o Relatório Anual de crises do Institute for Crisis Management-ICM, dos Estados Unidos, liberado dia 30/06/25. Essas crises representaram 21,48% de todos os registros constantes na mídia no ano passado, que, segundo o Relatório, chegaram a 1 milhão 134 mil casos.
“Esta categoria voltou com força total no relatório deste ano, um número não visto desde 2018", diz o Relatório. Durante os anos de pandemia de 2020 a 2023, os erros de gestão não apareciam com alta incidência no levantamento anual do ICM, disfarçados ou minimizados pela gravidade dos efeitos da Covid-19. Um dos motivos pelo qual esse índice caiu na pandemia foi porque o ICM considerou a tragédia ocasionada pelo vírus da Covid-19 como ‘catástrofe’, o que elevou sensivelmente o percentual dessa crise.
Leia mais...O Brasil entra na segunda semana em regime de quarentena, com as grandes cidades desertas. Educação, serviços, shoppings; atividades industriais e comerciais em sua maioria parados, no maior ou, talvez, no primeiro “lockdown” da história do País. Levará anos para se avaliar e dimensionar os efeitos dessa interrupção da vida social e econômica no Brasil e no mundo. Como se nosso dia a dia estivesse transcorrendo como um filme e ele fosse interrompido abruptamente por um “PAUSE”. Sensação de vazio, de impotência diante da ameaça do vírus, principalmente pelo que vem acontecendo em outros países, alguns com um bom sistema de saúde e acostumados a guerras, atentados e desastres naturais.
Análise da crise do Coronavírus
A Coreia do Sul tem sido apontada por todos os especialistas, epidemiologistas e demais médicos do mundo como um modelo de gestão da crise do coronavírus. Além da cultura oriental, sempre muito mais disciplinada do que a ocidental, a Coreia do Sul teve anos atrás outras ameaças, como as epidemias da Sars, Mers (2015), e até da zika. Pela proximidade da China, prevenção de doenças transmissíveis já se incorporou ao dia a dia do coreano. Esse foi um fator importante nas ações determinadas pelo governo para impedir a propagação do coronavírus.
O jornal britânico The Guardian publicou hoje um Editorial, onde chama a atenção para o risco de faltar liderança e o governo britânico perder o controle do combate ao coronavírus. Mais ou menos o que aconteceu na Itália. E alerta: "há mais riscos, do que parecerão retrospectivamente complacência e falta de preocupação com sacrifício igual do que o futuro político de Johnson". "O país precisa de liderança firme - e precisa agora." Muitos preceitos lembrados pelo The Guardian cabem como uma luva na crise brasileira do coronavírus.
O mundo sofre, em alerta total, uma crise na área da saúde, mas que tem impactos decisivos no âmbito econômico, politico e social. A forma como alguns países, sobretudo os mais desenvolvidos, estão administrando a crise do coronavírus poderá determinar o sucesso ou o fracasso de políticas públicas, com repercussão na economia e até mesmo na política.
Em 16 de agosto de 2018, diante do desprezo, dos ataques e das pressões de Donald Trump sobre a imprensa de modo geral, e principalmente a dos EUA, cerca de 400 publicações de todo o mundo responderam à chamada feita pelo jornal The Boston Globe* para denunciar o que eles chamaram de a "guerra" do presidente americano contra a mídia.
Bob Dudley, o CEO que assumiu o comando da petroleira britânica British Petroleum (BP), em julho de 2010, está deixando o cargo. Ele assumiu três meses após a empresa haver mergulhado na maior crise de sua história: o vazamento de 800 milhões de litros de petróleo no Golfo do México, que resultou da explosão de uma plataforma de petróleo em alto mar, com 11 vítimas fatais. Quando ele assumiu sob o olhar cético de muitos analistas, sabia a “bomba” que estaria administrando. Sai agora da BP, em meio ao processo de pós-crise administrado pela empresa.