A crise do INSS expõe a incompetência do Estado como gestor
O desvio bilionário de recursos dos aposentados, por descontos não autorizados nos salários, geridos por sindicatos, entidades associativas de aposentados, e até funcionários públicos ligados ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), é um dos maiores escândalos financeiros na área pública do país, nos últimos anos. O assalto aos salários dos aposentados evidencia a dificuldade dos órgãos públicos em geral, de fazerem uma gestão correta dos recursos públicos. Essa fraude escancara também a inépcia dos gestores em usar mecanismos de controle, que impedissem que organizações criminosas utilizassem métodos excusos para ingressar no sistema de pagamentos do INSS.
O fim de um jornal é sempre um dia triste. Neste domingo, não importam as razões que levaram à decisão, fecha-se um capítulo de 168 anos, com a última edição do jornal inglês News of the World. Mais lamentável ainda são os motivos que levaram ao fechamento. Não foram problemas econômicos, como tem acontecido com jornais nos EUA e em tantos outros lugares pelo mundo, sob pressão da internet. Foram problemas éticos, exatamente um dos valores considerados sagrados para a imprensa.
Há pouco mais de um mês, o mundo das finanças foi abalado pela denúncia de uma camareira de luxuoso hotel de Nova York. Bastou uma investigação mais acurada da polícia e do FBI para descobrir que a acusação de estupro ao ex-todo poderoso diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, tinha inconsistências.
"Liderança hoje não é sobre você, é sobre as pessoas a quem você serve, é sobre o tratamento de seus funcionários como parceiros de negócios, trabalhando lado a lado com eles e compartilhando informações". A afirmação é de Ken Blanchard, co-autor do best-seller The One Minute Manager, (O Gerente Minuto) e de outros livros de negócios, em Seminário promovido pelo Altimeter Group, nos Estados Unidos.
Todos sabemos que as obras para a Copa do Mundo estão atrasadas. O governo teria descoberto a fórmula de resolver o impasse, modificando a Lei de Licitações. Medida Provisória, aprovada pela Câmara dos Deputados, sob o argumento de enfrentar o lobby das empreiteiras e outras empresas, participantes das licitações, afronta o princípio da transparência.
Eles não aprendem. Depois do poderoso diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, de Antonio Palocci e seus negócios mal explicados, sexo e redes sociais derrubam mais um político. Nos EUA, de novo.
A semana passada foi pródiga em crises, tanto no Brasil, quanto no exterior. Dos bombeiros do Rio de Janeiro, passando pelo apagão de São Paulo, até o epílogo da novela Palocci, não faltaram “pepinos” para as autoridades descascar, como comprova agora o governo da Alemanha, meio perdido com a bactéria E. coli. Erros e inépcia administrativa trazem alguns ensinamentos para quem está ligado em gestão de crises.