
Feminicídio bate recorde no Brasil, diz estudo
Na sequência das análises das crises que marcam este fim de ano no Brasil, o terceiro tema aborda uma triste chaga brasileira, que precisa de forma urgente ser combatida: o feminicídio. Em 2024, o Brasil atingiu o maior número de feminicídios desde o início da tipificação do crime, em 2015, apontou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No total, 1.492 mulheres foram vítimas, o que representa média de quatro mortes por dia. Ao longo do último ano, cerca de 37,5% das mulheres brasileiras foram vítimas de algum tipo de violência, percentual que, projetado em números, corresponde a um contingente de 21,4 milhões de pessoas. Os dados são da quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Em 16 de agosto de 2018, diante do desprezo, dos ataques e das pressões de Donald Trump sobre a imprensa de modo geral, e principalmente a dos EUA, cerca de 400 publicações de todo o mundo responderam à chamada feita pelo jornal The Boston Globe* para denunciar o que eles chamaram de a "guerra" do presidente americano contra a mídia.
Bob Dudley, o CEO que assumiu o comando da petroleira britânica British Petroleum (BP), em julho de 2010, está deixando o cargo. Ele assumiu três meses após a empresa haver mergulhado na maior crise de sua história: o vazamento de 800 milhões de litros de petróleo no Golfo do México, que resultou da explosão de uma plataforma de petróleo em alto mar, com 11 vítimas fatais. Quando ele assumiu sob o olhar cético de muitos analistas, sabia a “bomba” que estaria administrando. Sai agora da BP, em meio ao processo de pós-crise administrado pela empresa.
“O impacto do coronavírus na economia global está crescendo e se espalhando diariamente. O que começou como uma emergência médica na cidade chinesa de Wuhan fez com que aviões ficassem parados, navios de cruzeiro em quarentena, parques temáticos sendo fechados e fábricas de carros engolidas.” O alerta é de Larry Elliot, editor de economia do jornal britânico The Guardian, em artigo publicado na edição de hoje.
Completa um ano neste 25 de janeiro a maior crise corporativa ocorrida no Brasil. Os brasileiros jamais irão esquecer as imagens da Barragem Mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho-MG, rompendo e fazendo descer uma avalanche de rejeitos de minério, como se fosse uma lava, destruindo tudo que encontrou pela frente. Foram 259 pessoas mortas e 11 desaparecidas. Cenário de filme de catástrofe.*
Há cerca de 15 dias, a Cervejaria Backer, de Belo Horizonte-MG, enfrenta um tsunami envolvendo um dos seus principais produtos, a cerveja Belorizontina, suspeita de ser a causa de problemas renais e estomacais em pelo menos 17 pessoas, que culminaram com quatro mortes, até agora. O que uma empresa faz, quando seu produto é suspeito de causar mal-estar e, no caso, até levar consumidores à morte?
"Assumo total responsabilidade. Eu preferiria morrer a ser testemunha de um acidente semelhante”. (Brigadeiro-general Amir-Ali Hajizadeh, comandante da seção aeroespacial da Guarda Revolucionária iraniana).
Por trás das grandes crises, quase sempre há um “erro humano”. Assim a teoria de gestão de crises classifica os graves problemas que afetam as organizações, quando provêm de decisões humanas equivocadas. Após três dias de controvérsias sobre as causas do acidente, que derrubou o avião da Ukraine Airlines, com 176 pessoas a bordo, em Teerã, na 4ª feira, o comandante da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã reconheceu que o avião foi atingido por um míssil de defesa, culpando o “erro humano” e o "aventureirismo americano" pelo acidente. Ele apenas confirmou o que desde o início autoridades americanas e canadenses já tinham insinuado, após informações da inteligência dos dois países.









