Fórum Econômico aponta os riscos globais para os próximos anos
“As forças estruturais de várias décadas destacadas no Relatório de Riscos Globais do ano passado – aceleração tecnológica, mudanças geoestratégicas, mudanças climáticas e bifurcação demográfica – e as interações que elas têm entre si continuaram sua marcha adiante. Os riscos resultantes estão se tornando mais complexos e urgentes, e acentuando uma mudança de paradigma na ordem mundial caracterizada por maior instabilidade, narrativas polarizadas, confiança erodida e insegurança. Além disso, isso está ocorrendo em um pano de fundo onde as estruturas de governança atuais parecem mal equipadas para lidar com riscos globais conhecidos e emergentes ou combater a fragilidade que esses riscos geram.”
Francisco Viana *
Foi um crime bárbaro, chocante e cruel como todos os crimes. Mas esse atentado contra a redação do Charlie Hebdo precisa ser olhado de muito, muito, perto. Primeiro, porque fere a liberdade de todos de dar boas risadas, sobre qualquer tema. Não é por ser um líder político e religioso, por mais expressivo que seja, que não pode ser alvo de uma sátira ou uma ironia.
Um atentado como o acontecido ontem em Paris, com a morte de 12 pessoas numa redação, causa uma comoção, naturalmente. Mas o ataque à revista satírica Charlie Hebdo tem um componente especial. Os terroristas já haviam assassinado jornalistas, com fuzilamentos e até degolamentos gravados e divulgados pela Internet. Nunca, porém, tinham ousado tanto: invadir uma redação em pleno horário de funcionamento e fuzilar uma equipe inteira. Foram dois policiais e 10 profissionais ou convidados do jornal.
O atentado contra a redação da revista satírica francesa Charlie Hebdo, que matou 12 pessoas, entre elas dois policiais e quatro cartunistas da revista, é mais uma bárbara agressão à liberdade de expressão. Os atiradores, pelo menos dois, conforme testemunhas, fortemente armados e conhecedores da rotina da revista, chamaram os cartunistas pelo nome durante a reunião de pauta e atiraram. O diretor de redação da revista, Charlie Hebdo, está entre os mortos. Pelo menos 11 pessoas foram feridas.
O incêndio ocorrido no fim de semana no Ferry Boat Norman Atlantic, na trajeto da cidade grega de Patras para o porto de Ancona, na Itália, pelo Mar Adriático, transformou a viagem num verdadeiro inferno.
Se 2008 será lembrado como o ano da crise econômica mundial, que derrubou bolsas, quebrou bancos e gerou desemprego em massa na Europa, Estados Unidos e outros países, 2014 ficará marcado como o ano da crise no Brasil. O país fracassou na economia, na política, no esporte, principalmente futebol, na segurança e na saúde. Sem falar no quesito da ética, ferida de morte pelo escândalo da Petrobras, talvez o maior caso de corrupção da história do país.
Uma dúvida de muitas pessoas, quando instadas a definir de surpresa o significado de crise: problemas seriam crises? Há uma tendência na vida diária de acreditar que os problemas que temos no dia a dia são sempre crises. A vulgarização do termo “crise” nos leva a crer que qualquer situação difícil da nossa rotina de vida ou de trabalho pode ser classificada como crise.