Homilia completa do Papa Leão XIV na missa inaugural em Roma
Caros irmãos Cardeais,
Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Distintas Autoridades e Membros do Corpo Diplomático,
irmãos e irmãs!
Saúdo a todos com o coração cheio de gratidão, no início do ministério que me foi confiado. Santo Agostinho escreveu: “Criaste-nos para ti, [Senhor], e o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em ti” (Confissões, 1, 1.1).
Nestes últimos dias, vivemos um momento particularmente intenso. A morte do Papa Francisco encheu nossos corações de tristeza e, naquelas horas difíceis, nos sentimos como aquelas multidões das quais o Evangelho diz que eram “como ovelhas sem pastor” (Mt 9,36). No dia de Páscoa, porém, recebemos a sua bênção final e, à luz da Ressurreição, enfrentamos este momento na certeza de que o Senhor nunca abandona o seu povo, reúne-o quando está disperso e «guarda-o como um pastor vigia o seu rebanho» (Jr 31, 10).
Leia mais...Quase dois terços (ou 65%) dos diretores globais de comunicação (CCOs-Chief Communication Officers) dizem que a experiência de gestão de crises hoje é pré-requisito para o sucesso. Essa constatação quase dobrou na percepção dos diretores, desde que a pesquisa começou a ser feita, em 2007, quando um terço (33%) reconhecia essa importância.
Quem disse que desastres naturais são inevitáveis e muito difíceis de prever? A tragédia do Japão, ocorrida em março de 2011, poderia ser prevista e evitada? Quanto ao acidente na Usina Nuclear de Fukushima sim, conforme relatório divulgado nesta segunda-feira no Japão.
Os Estados Unidos acordaram nesta sexta-feira chocados com mais uma tragédia envolvendo um maníaco atirador. Armado e vestido como para um ritual, invade um cinema e começa a atirar a esmo, apenas pelo prazer de matar. O país já poderia até estar preparado para ataques semelhantes, pois psicopatas têm infelicitado inúmeras famílias nos últimos anos, desde que Charles Whitman matou 16 pessoas e feriu 31, em agosto de 1966, na Universidade do Texas, em Austin.
Os CEOs – executivos-chefe das grandes e médias corporações do mundo ignoram as redes sociais. Pelo menos esse é o resultado de pesquisas recentes realizadas por diferentes instituições. Dilema: como ter uma política para as redes sociais, se nem os executivos se convenceram dessa importância?
Chamou atenção nos últimos dias a quantidade de crises corporativas decorrentes do que se convencionou chamar de “falha humana”. Se fizermos uma retrospectiva das últimas grandes crises, tanto privadas quanto públicas, poucas escapam dessa classificação. Sempre alguém falhou.
A Igreja Católica vive várias crises. O dilema de se modernizar e acompanhar os avanços dos últimos anos, tanto nos costumes, quanto na tecnologia. A concorrência acirrada de outras religiões e apelos que reduzem o rebanho de católicos. As denúncias graves, dos últimos anos, com acusações de pedofilia. E o drama da autoridade papal, centrada numa figura que hoje não encontra paralelo na hierarquia de quase nenhum poder.