O Brasil em estado de crise
Se um habitante de outro planeta pousasse no Brasil nas últimas semanas, dificilmente ele permaneceria por aqui. O Brasil tem assistido em menos de um mês eventos de extrema gravidade que se enquadram naquilo que o filósofo e sociólogo Zygmunt Bauman chamou de “estado de crise”. Se não, vejamos. O Brasil amanheceu neste 6 de agosto na antessala de uma grave crise econômica: o tarifaço de Trump. Uma decisão controversa, que nos Estados Unidos teve um objetivo econômico, mas no Brasil tomou o rumo de uma crise política. Sem entrar no mérito das bizarras alegações do presidente americano, na famosa “carta”, enviada ao governo brasileiro, o fato é que os Estados Unidos fixaram uma taxa de 50% para grande parte dos produtos exportados pelo Brasil para aquele país. Sem espaço para a negociação, o Brasil tenta buscar alternativas para minimizar os efeitos da decisão para a economia brasileira.
Leia mais...Mais um caso de bullying acaba em tragédia. A estudante canadense de 15 anos Amanda Todd colocou um vídeo no You Tube pedindo ajuda, durante um mês, antes de suicidar-se em sua casa, no Canadá. “Não tenho nada. Necessito de alguém. Me chamo Amanda Todd”.
O acidente na semana passada de um avião cargueiro MD-11 da empresa Centurion, no Aeroporto de Viracopos, mostra como um problema, aparentemente pequeno, pode provocar crises em série, transformadas numa crise grave para o país. O transtorno seria simples se fosse analisado apenas sob o prisma da empresa dona do avião.
O Google permitiu um raro vislumbre dos enormes centros de processamento de dados ao redor do mundo, que centralizam todas as suas informações. Parece um cenário de ficção científica.
A mídia amanheceu, logo após o debate dos dois candidatos à presidência dos EUA, cheia de análises e interpretações sobre o desempenho dos dois postulantes ao cargo. O primeiro encontro foi realizado em Denver. A maioria das pesquisas apontam a vitória de Romney no debate, por ter sido mais incisivo, com respostas mais contundentes e bem formuladas, mas principalmente pela linguagem do corpo. Obama estava irreconhecível, cansado, olhava para baixo, denotava desatenção e pouco encarava o interlocutor.
O dinheiro está ocupando o debate e deixando de lado a luta contra a crescente desigualdade. Quem alerta é Soledad Gallego-Diaz, colunista do El País. O anúncio de que a Espanha é o país com a maior desigualdade de renda da eurozona trouxe para as ruas, a mídia e os plenários políticos uma discussão que vai além da crise econômica. “Está se perdendo a liberdade de falar, não porque exista censura, mas porque se impõe um único debate”.
A Suprema Corte dos Estados Unidos se negou a bloquear um julgamento de um tribunal do Equador, que condenou a petroleira Chevron a pagar US$ 19 bilhões de indenização a um grupo de famílias que moram na Amazônia equatorial. A Chevron não reconhece passivos no Equador. A região é conhecida por Chernobyl da Amazônia.