Decisão do STF sobre imprensa é impossível de ser aplicada
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que estabeleceu que empresas jornalísticas podem ser responsabilizadas por declarações feitas por entrevistados é considerada “impossível de aplicar na prática” por especialistas em direito.
Ao permitr a responsabilização civil de veículos de imprensa por entrevistas com indícios de falsidade, o voto usa expressões de significado amplo que ainda deixam margem para dúvidas sobre eventuais julgamentos.
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Nos últimos dias muito se fala sobre blog da Petrobras criado para responder a perguntas enviadas pela imprensa e defender-se de pautas negativas, por conta da CPI no Congresso. O Fatos e Dados foi lançado no inicio do mês para “manter um canal de comunicação rápida e direta com o público, dedicado a apresentar fatos e dados recentes da Petrobras, o posicionamento da empresa sobre as questões relativas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e esclarecimentos solicitados pela imprensa”.
Barragem estoura no Piauí, depois de vistoria. Presidente do Senado se desculpa por ter recebido auxílio-moradia. Ministro do Meio Ambiente bate boca pela imprensa e tromba com ruralistas e colegas de ministério. Conversa dos presidentes Lula e Chaves vaza. Multinacional do esporte faz festa em templo nazista. Petrobras cochilou e CPI pauta imprensa sobre negócios da empresa. Finalmente, o pior que pode acontecer a uma empresa aérea, um acidente de grandes proporções: a tragédia do AF 447.
O 12º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, que terminou dia 29 de maio, em S.Paulo, realizado pela Mega Brasil Comunicação, destacou as redes sociais (blogs, orkut, twitter, myspace, facebook, etc.) e os cuidados com a marca e a reputação como o grande desafio dos comunicadores.
Claro que não foi no Brasil. A crise do Parlamento britânico, com denúncias de gastos irregulares de verbas extrassalariais e auxílios-moradia, levou o presidente da Câmara dos Comuns, Michael Martin, a renunciar. Sua conta de reembolsos inclui até uma cadeira de massagem de mil dólares. Numa imitação grotesca do deputado brasileiro Sérgio Moraes, ele também se lixou para a opinião pública, ao dizer que não tinha cometido erro algum e que, ao contrário de colegas, não iria devolver dinheiro aos cofres públicos.