A gestão de crises deve estar alinhada à estrutura de governança da organização
Em fevereiro de 2023 foi lançado, na plataforma da Universidade de Santa Maria, o Observatório de Comunicação de Crise. Uma página digital que nasceu com a proposta de reunir o conhecimento produzido no campo da Comunicação, em torno da gestão de riscos e crises das organizações, sejam públicas ou privadas. Ao longo deste ano, o Observatório já coleciona uma série de entrevistas com especialistas (veja os links abaixo), sob os mais diferentes ângulos da gestão de crises e da comunicação de crise.
“Com o início de 2023, o mundo vem enfrentando um conjunto de riscos que são considerados totalmente novos e misteriosamente familiares. Temos visto um retorno de riscos “mais antigos” – inflação, crises do custo de vida, guerras comerciais, saídas de capital de mercados emergentes, tumulto social generalizado, confrontos geopolíticos e o espectro de um conflito nuclear – que poucos líderes empresariais e formuladores de políticas públicas desta geração já vivenciaram.”
Há dez anos, o Brasil acordou com as cenas terríveis do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria-RS. Impossível mensurar o tamanho dessa tragédia em termos humanos, pelo número de vítimas, pela idade da maioria delas, pela forma irresponsável e pela sequência de erros e omissões que provocou o incêndio.
A primeira página da edição de 19 de janeiro do jornal ‘Folha de S. Paulo” estampou um foto de Lula arrumando a gravata e na frente aparece um vidro quebrado, com um furo, como se tivesse sido atingido por um tiro. A foto de Gabriela Biló “foi feita com múltipla exposição”, segundo registra o próprio jornal na legenda da ilustração. Ou seja, uma sobreposição de imagens resultou naquela ilustração.
As cenas de barbárie a que o Brasil assistiu em 8 de janeiro ficarão na história como dos episódios mais tristes e vergonhosos da crônica política do País. Não há registro, ao que se sabe, tanto no Império, quanto na Velha República de invasão ou depredação às sedes do Executivo, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional na forma como aconteceu neste domingo em Brasília. Nem após 1930, até nossos dias, apesar de todas as crises políticas que marcaram a história do País nesse período, por mais graves que fossem.

Ana Flavia Bello* e João José Forni**
As escolas brasileiras pedem socorro. E não é só pela falta de recursos, pelo dinheiro da merenda, pelos salários baixos dos professores, pela falta de Internet, tecnologia e infraestrutura, pelo êxodo dos alunos, na pós-pandemia... Há outros lobos rondando o ambiente escolar.
Reportagem do G1, publicada em 25/11/22, alerta que o Brasil já registrou 12 ataques em escolas considerados graves. Só em 2022, aconteceram três deles, sendo que o último foi recente: em 25 de novembro, em Aracruz-ES. Um ex-aluno, com surto psicótico, atacou duas escolas, armado com um fuzil, e matou três pessoas, entre elas uma menina de 12 anos, e deixou outras 13 vítimas feridas, entre elas crianças.