A medicina no Brasil em estado de crise
Pode ser apenas uma impressão. Ou uma percepção que acaba formando o que chamamos de reputação. Mas a quantidade de erros médicos em clínicas e hospitais; as queixas de pacientes que não conseguem atendimento no SUS ou pelo próprio plano de saúde para cirurgias; a série de denúncias contra profissionais que se passam por médicos, apenas porque fizeram um curso de curta duração e já saem clinicando; assédios e até estupros cometidos por profissionais da área, tudo isso mostra que a saúde no Brasil, particularmente em relação aos médicos, está bem doente.
Quanto custa ao País e principalmente aos brasileiros o péssimo serviço de transporte público e a gestão do trânsito oferecidos pelos governos? Engarrafamentos monumentais, centenas de milhares de carros e ônibus nas ruas das grandes cidades. Poluição e desperdício de combustível. E milhões de brasileiros perdendo parte de sua vida para se locomover pela manhã e à noite por diferentes meios de transporte, quase sempre superlotados e desconfortáveis.
Oitenta por cento dos CEOs das principais empresas do mundo estão ligados nas redes sociais, atualmente. Seja através do site da empresa (68%), canal de YouTube (38%) ou uma rede social (28%) também da empresa, de acordo com auditoria realizada no fim do ano passado pela empresa de pesquisa PR Weber Shandwick.
*Francisco Viana
Os jornais contribuíram para a proclamação da Independência, para a definição da estrutura política e social; para a abdicação de d. Pedro I e seu retorno a Portugal; para a consolidação da Regência; para minar a Monarquia e instaurar a República; para acelerar a queda da Repúblida Velha; para derrubar Getúlio Vargas em 45 e para o seu suicídio em 1954; para o desgaste do governo Goulart e para a implantação de uma ditadura militar – papel de que se arrependeram tardiamente. (Matías Molina, História dos jornais no Brasil, p. 22).
O que é simples e aberto não tem truques. (Shakespeare, Júlio César, II, 20).
Não bastassem as crises que assolam o mundo, o drama dos refugiados; a guerra civil na Síria; a luta contra os terroristas; a queda no preço do petróleo; os escândalos de corrupção e o fracasso da economia no Brasil; a instabilidade do mercado chinês... Só faltava uma epidemia. Essa ameaça assombra vários países hoje, principalmente os mais pobres da América Latina, África e Ásia. Há pouco mais de um ano, era o Ebola. Assustava viajantes e castigava a África. Controlado este, o Zika vírus coloca governos, autoridades de saúde e milhares de pessoas de sobreaviso, principalmente aqueles que pretendem viajar para o Brasil ou América do Sul. A OMS declarou o Zika vírus caso de emergência de saúde pública mundial.
Não há nenhuma dúvida sobre isso - o ritmo da gestão de crises está crescendo cada vez mais rápido. A mídia tradicional deixou de ser o stakeholder mais importante nesse contexto. Com a velocidade da informação e a hegemonia das redes sociais, em muitos casos a mídia tem chegado atrasada ou se precipitado nas avaliações; demora a entender o problema; ou ainda maximiza acontecimentos negativos com foco mais na reputação da empresa ou dos governos, na marca, no impacto no valor de mercado, esquecendo o interesse direto da sociedade. No cenário atual, outros stakeholders têm um protagonismo nas crises superior ao da mídia.
*Francisco Viana
Cassio: Reputação, reputação, perdi minha reputação! Perdi a parte imortal, senhor, de mim mesmo – e o que resta é animal. Minha reputação!
Iago: Honestamente, pensei que havia recebido algum ferimento no corpo, que é bem mais grave do que na reputação. Reputação é uma invenção inútil e fabricada, muitas vezes conseguida sem mérito e perdida sem merecimento (…)