O patético vazamento de uma ação de guerra dos Estados Unidos
O mundo se acostumou a encarar e respeitar os Estados Unidos como uma das maiores potências do mundo, não apenas pela força da economia, do empreendedorismo, da excelência de suas universidades, como principalmente pelo poderio bélico, historicamente presente em todos os grandes conflitos desde o início do século XX.
Ao mesmo tempo, os países do Ocidente, historicamente, aprenderam a admirar os líderes políticos e militares por trás desse poder. Desde os chamados "pais da república" americana, os "Founding Fathers", um grupo de figuras históricas que desempenhou um papel crucial na independência e na formação do país: George Washington, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adams, e James Madison.
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“O medo da inteligência artificial (IA) assombra a humanidade desde o início da era do computador. Até então, esses medos se concentravam em máquinas que usavam meios físicos para matar, escravizar ou substituir pessoas. Mas nos últimos dois anos surgiram novas ferramentas de IA (1) que ameaçam a sobrevivência da civilização humana de uma direção inesperada. A Inteligência Artificial ganhou algumas habilidades notáveis para manipular e gerar linguagem, seja com palavras, sons ou imagens. Ela invadiu o sistema operacional de nossa civilização.”
O Brasil foi surpreendido nas últimas semanas por dois ataques covardes em escolas para crianças, em São Paulo. O primeiro, na escola Escola Estadual Thomazia Montoro, em 27 de março, que resultou na morte de uma professora, além de três alunos feridos. O autor seria um aluno problemático, com passado de problemas em outra escola, e que no dia anterior teria se desentendido com outros colegas. O segundo ataque teve como protagonista um paranoico, de 25 anos, também com diversas passagens pela polícia. Ele pulou o muro de uma creche, em Blumenau-SC. E ainda usou um meio cruel, com uma machadinha, para atacar as crianças, assassinando quatro delas, entre 5 e 7 anos, e ferindo outras três. Os dois atentados causaram uma comoção nacional, pela forma gratuita e absurda; e colocou pais, professores e autoridades em estado de alerta, por se sentirem inseguros, ameaçados e vulneráveis.
A sucessão de crises dos últimos 60 dias, no Brasil e no mundo, colocou em evidência um tema sempre presente, mas lembrado somente na hora em que o pior acontece. O preparo, a equipe e o plano para enfrentar situações de crises graves. Em geral, a organização ou o governo se apressam em informar que ‘está formando um gabinete de crise’, diante da tragédia ou do acidente, como se essa fosse a panaceia para resolver todos os problemas negativos que afetam as instituições e empresas nos dias atuais.
A Guerra Ucrânia-Rússia completa um ano. “À medida que nos aproximamos do primeiro aniversário da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia - e a feroz resposta ucraniana apoiada por uma coalizão ocidental liderada pelos EUA - a seguinte pergunta precisa ser respondida com urgência: como é que em 23 de fevereiro de 2022, praticamente ninguém na América estava argumentando que era do nosso interesse nacional entrar em uma guerra indireta com a Rússia para impedi-la de invadir a Ucrânia, um país que a maioria dos americanos não conseguia encontrar em um mapa em 10 tentativas?”
A cultura da gestão de riscos e crises no Brasil ainda não foi disseminada. Pelo menos a metade das maiores empresas do país, segundo pesquisas, têm a gestão de riscos e crises na pauta, mas não implantaram uma área específica para cuidar do tema. Por isso, informações de interesse público que possam evitar eventos negativos, que representem risco e poderiam se transformar em crises, devem ser amplamente divulgadas. Os gestores têm que entender que falar sobre gestão de riscos e crises, compartilhar conteúdos, institucionalizar uma área, tudo isso vai melhorar a relação dessa organização com a sociedade e seus stakeholders. Quem diz isso é João José Forni, em densa entrevista concedida ao portal Observatório da Comunicação de Crise, lançado nesta semana, pela Universidade de Santa Maria (UFSM), em parceria com outras universidades do Brasil e de Portugal.
Foi lançado em 8 de fevereiro o Observatório da Comunicação de Crise (OBCC), dispositivo inédito no país dedicado a reunir o conhecimento produzido no campo da Comunicação em torno da gestão de crises em organizações. Em um único site, o Observatório busca armazenar a produção sobre o tema nos mais diversos formatos, como artigos, capítulos de livros, entrevistas, teses e dissertações, além de filmes, séries, vídeos e documentários. Paralelamente, artigos de opinião e análises de casos sobre acontecimentos atuais também estarão presentes na plataforma.