A crise do INSS expõe a incompetência do Estado como gestor
O desvio bilionário de recursos dos aposentados, por descontos não autorizados nos salários, geridos por sindicatos, entidades associativas de aposentados, e até funcionários públicos ligados ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), é um dos maiores escândalos financeiros na área pública do país, nos últimos anos. O crime escancara a incompetência dos órgãos públicos em geral, de fazerem a gestão correta dos recursos do Tesouro Nacional. Em uma grande empresa privada, com boa governança e gestão financeira, se fato similar ocorresse, muito provavelmente o ‘compliance’ ou a diretoria de gestão de riscos teriam descoberto. Esse crime escancara também a inépcia e irresponsabilidade dos gestores em usar mecanismos de controle, muitos nomeados sem experiência, apenas por indicações políticas e outros interesses.
Quem pensa que só as fontes precisam gerenciar crises na relação com a mídia, está enganado. O tablóide britânico News of the World enfrenta uma crise de credibilidade, ao ser acusado pelo concorrente The Guardian, na semana passada, de ter grampeado ilegalmente centenas de celebridades e políticos para ter acesso a informações pessoais, entre eles a modelo Ellen Mcpherson. Ao mesmo tempo suscita questionamentos sobre a ética jornalística em buscar o furo a qualquer preço.




