
As crises do Brasil: caminhões, vidas em perigo nas estradas
Difícil apontar qual a crise pior neste fim de ano. Mas qualquer levantamento vai mirar o trânsito nas estradas, principalmente, como uma grande ameaça à vida dos motoristas e passageiros Em 2024, O Brasil registrou 36.403 mortes no trânsito. E esse número aumentou pelo quinto ano consecutivo desde 2019, segundo o Ministério da Saúde. 6,16 mil pessoas morreram apenas nas rodovias federais, em 73 mil sinistros.
Se servir de consolo, pelo menos não estamos sozinhos. A crise no transporte aéreo, que incomodou por quase um ano os brasileiros, não é privilégio nosso. As autoridades britânicas e os passageiros estão enfrentando há bastante tempo uma crise que envolve a BAA – empresa privada que administra sete grandes aeroportos na Inglaterra e a British Airways, maior empresa de aviação britânica.
A prática de pressionar a imprensa, mediante constrangimentos jurídicos, como ocorre atualmente com as ações da Igreja Universal, não é novidade no comportamento de quem quer cercear a ação da imprensa. A pressão comercial de algumas empresas, quando cortam a publicidade por represália, ou até as alegações de patriotismo, como usou o Governo Bush, na Guerra do Iraque, são outras ações praticadas para pressionar a imprensa por quem se sente incomodado com a publicação de matérias que ameaçam a reputação. Na falta de uma explicação convincente e transparente, o caminho mais fácil é tentar constranger a imprensa ou os jornalistas.
Personalidades famosas ou autoridades eventualmente podem ser vítimas de calúnias ou de matérias negativas que, mesmo verdadeiras, não fazem bem para a reputação. Mas isso já não é um problema.
Denúncias de proprietários de que falhas no dispositivo de rebatimento do banco traseiro do automóvel Fox, fabricado pela Volkswagen, podem acarretar acidentes, mutilando dedos acabaram no Jornal Nacional. O assunto surgiu esta semana em alguns jornais e blogs e acabou levando a multinacional a se pronunciar sobre os incidentes. Numa infeliz intervenção, acabou atribuindo aos motoristas a culpa pelos acidentes.
Duas boas notícias para a mídia brasileira. A circulação dos 92 jornais filiados ao Instituto Verificador de Circulação (IVC) cresceu 11,8% em 2007, em relação ao ano anterior, segundo dados do IVC. Em dezembro, foram 4,143 milhões de exemplares distribuídos em média diariamente.
A divulgação na semana passada de que o desmatamento na Amazônia aumentou no último trimestre acendeu uma luz amarela nos gabinetes dos ministérios de Brasília. Ninguém quis assumir a culpa sozinho e até o presidente da república colocou em dúvida os dados divulgados oficialmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e pela ONG Imazon, corroborados pelo Ministério do Meio Ambiente.









