Não importa o que aconteça ao navio, o capitão é sempre culpado
O título deste artigo, reproduzindo um adágio popular, pode ser lido como uma máxima de gestão de crises, quando se trata de liderança. Mas também cabe como uma luva no episódio do naufrágio do iate Bayesian, do magnata britânico Mike Lynch, na Sicília, na semana passada. O iate de R$ 250 milhões era um dos mais caros e modernos do mundo.
Leia mais...O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensy conseguiu em 60 dias, após a invasão do seu país, aglutinar a admiração da opinião pública, o apoio de líderes ocidentais, dos Estados Unidos à Alemanha, incluindo aqueles de tendência tanto à esquerda quanto à direita, numa dimensão que não ocorria no mundo, desde a II Guerra Mundial. Conseguiu até mesmo balançar a neutralidade da Suécia e da Finlândia, países que resistiram aos assédios do nazismo e às investidas autoritárias do período comunista da União Soviética. De um humorista de televisão, Zelensky pode sair dessa guerra, ainda que derrotado, como um dos líderes jovens que despontam no contexto de uma catástrofe. O humorista amadurece como estadista, num cenário que seria muito difícil de administrar para qualquer governante do mundo.
"Dois anos após uma pandemia que correu mundo, os pesquisados veem os cientistas como membros mais confiáveis da sociedade – por três quartos das pessoas – enquanto os líderes governamentais são os menos confiáveis. Faz pouco mais de um mês desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, uma guerra moderna em larga escala que está sendo transmitida ao vivo, minuto a minuto, batalha por batalha, morte por morte, para o mundo. Nesse curto espaço de tempo, o conflito possivelmente se tornou a guerra mais documentada da história humana e é, talvez, o maior exemplo de técnicas de guerra de informação usadas online e por outros meios de comunicação que o mundo já viu. Um mês após a invasão, os militares ucranianos tiveram um desempenho melhor do que o esperado, sobrevivendo ao empurrão inicial russo. Uma segunda fase, mais estática, parece ter começado, como observado pelo Institute of the Study of War, “uma condição na guerra em que cada lado conduz operações ofensivas que não alteram fundamentalmente a situação”.
Dois anos de pandemia e uma guerra para fechar um ciclo de atraso da civilização. A maior migração de pessoas sem destino certo, desde a II Guerra Mundial. O que propiciou teorias absurdas, um certo messianismo barato, aliado a um cenário de incertezas. É surpreendente admitir. Mas o mundo não estava preparado para o golpe do Coronavírus. Nem os países ditos adiantados. Foi como se uma tempestade tivesse iniciado em 2020 e continuasse um ano depois. Como não estava preparado para uma guerra. Às vésperas da decisão surpreendente e absurda de Putin, de invadir a Ucrânia, muitos analistas e até governantes experientes negavam ou duvidavam que o fato realmente ia se efetivar.
Desde a última terça-feira, dia 15, Petrópolis, a cidade imperial, na serra fluminense, parece um local que sofreu um bombardeio. A intensidade e a força das chuvas que caíram sobre a região causou a maior tragédia em número de mortos da cidade. Até esta 4ª feira, 23, o município contabilizava 231 mortos, superando a maior tragédia da cidade, em 1988, como 171 vítimas fatais. Além de cinco pessoas desaparecidas. (3)
Encontramos um mundo enredado em um ciclo vicioso de desconfiança, alimentado por uma crescente falta de fé na mídia e no governo. Através da desinformação e da divisão, essas duas instituições estão alimentando o ciclo e explorando-o para ganhos comerciais e políticos.
Essa conclusão emana da apresentação, assinada pelo CEO da Edelman PR, Richard Edelman, feita no relatório da pesquisa Edelman Barometer Trust, o índice de confiança das instituições, apresentado anualmente pela empresa. A enquete foi realizada no fim de 2021, em 28 países, com 36 mil respondentes. “Se não forem controladas, as quatro forças a seguir, evidentes no Edelman Trust Barometer de 2022, irão minar as instituições e desestabilizar ainda mais a sociedade” diz Edelman.
Um tema sempre relevante para quem trabalha com comunicação é sobre o papel estratégico que ela deve desempenhar no contexto das organizações. A comunicação não é um mero setor, não é uma área estática e sem vida na empresa. Ela é fundamental e imprescindível para o negócio, para o clima da empresa e para mobilizar clientes e funcionários para o propósito da organização.