Laboratório de crises expõe os deslizes na saúde do Rio
A denúncia contra o laboratório PCS Lab Saleme, do Rio de Janeiro, por ter liberado órgãos a serem transplantados, com o vírus do HIV, é apenas parte da série de irregularidades que permeia aquela empresa e a própria saúde no Rio de Janeiro, há bastante tempo.
Leia mais...O mundo assiste estarrecido há pelo menos um ano duas crises mundiais, sem que a ONU, a União Europeia e outros organismos internacionais consigam pelo menos amenizar, para não dizer resolver. Entre as várias crises que ocorrem hoje em muitos países, duas passaram a chamar mais a atenção.
Exatamente um ano depois de uma das maiores tragédias da Coreia do Sul em tempos de paz, a rotina dos barcos e navios que partem dos portos em direção a cidades e ilhas mudou completamente. Estivadores preparam um ferryboat para uma viagem de quatro horas e meia para Mokpo, no sudoeste do país, e fazem a checagem da carga nos porões do navio. Caminhões são amarrados no convés e a tripulação entregou às autoridades portuárias o atestado de peso da carga.
O país assiste há duas semanas a um debate tão pobre quanto inútil para ajudá-lo a encontrar caminhos que o levem a vencer a crise. A questão que não deixa a presidente da República dormir, mantém Renan Calheiros amuado e mexe com os brios do PMDB é a nomeação do ex-deputado, candidato derrotado ao governo do Rio G.do Norte, Henrique Alves, para o Ministério do Turismo. Quanta energia e papel inúteis têm-se gastado nesse debate que não deveria passar de uma nota de pé de página nos jornais.
O Rio de Janeiro destacou-se nos últimos anos no noticiário nacional sobre segurança com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadoras – UPPs, o cartão de visitas do secretário de segurança do Rio, José Beltrame. Elas também foram bandeira eleitoral de Sérgio Cabral, durante dois mandatos. E ainda elegeu o sucessor, apesar das graves crises de governo e de reputação pessoal que enfrentou no segundo mandato, a ponto de esse desgaste tê-lo alijado de cargos ou disputas eleitorais.
Saiu mais uma pesquisa sobre a credibilidade e avaliação do atual governo. E o que já era ruim, ficou pior. De acordo com o Ibope, somente 12% dos brasileiros aprovam o governo Dilma. Talvez seja a parcela que, por falta de informação, ainda não percebeu o tamanho do buraco em que o país se encontra. Ou faz parte daquela parcela de torcedores que, mesmo com o time caindo, acredita que ele vai se safar. Para 64% dos brasileiros, a gestão é ruim ou péssima. E o percentual dos que não confiam no governo Dilma foi de 24% para 74% dos brasileiros.
51 anos após o golpe militar de 1964, que derrubou o presidente constitucionalmente eleito João Goulart , convém fazer uma rápida reflexão sobre como os acontecimentos históricos se repetem ciclicamente, principalmente em países onde a democracia às vezes é uma “dama” muito cortejada, mas de vez em quando questionada e ameaçada por arroubos autoritários.