´Ozempic natural´, vapes e outras trends que ameaçam a saúde pública
Isabela Pimentel*
É natural, pode usar’. Quantas vezes não vemos posts e conteúdos assim em nossos feeds?
A recomendação de produtos ‘milagrosos’ por perfis de influenciadores em algumas redes sociais não é novidade, mas vem crescendo e fazendo o tema ganhar destaque nas ‘trends’, ou seja, assuntos que se tornam virais nas redes e plataformas sociais. E isso inclui desde fórmulas até os chamados cigarros eletrônicos, tão populares entre influenciadores jovens.
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“Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino.” (Juscelino Kubitschek)
“Brasília é a manifestação inequívoca de fé na capacidade realizadora dos brasileiros, triunfo de espírito pioneiro, prova de confiança na grandeza deste país, ruptura completa com a rotina e o compromisso.” (Juscelino Kubitschek)
“Deixemos entregues ao esquecimento e ao juízo da história os que não compreenderam e não amaram esta obra.” (Juscelino Kubitschek)
Foto feita da Estação Espacial Internacional pelo astronauta russo Sergey Ryazanskiy, em 2017.
Como foi possível a ciência, que possibilitou ao homem pousar na Lua, colocou satélites no espaço, que permitem saber exatamente onde você está, faz aviões e carros praticamente andarem sozinhos, consegue produzir o clone de uma ovelha, faz cirurgias num feto, ainda no útero da mulher, fabrica robôs quase inteligentes e tantos avanços, que seria enfadonho enumerar, ser colhida de surpresa por um vírus que, segundo consta, nasceu num mercado de carnes em Wuhan, na China? E, pasmem, esse vírus põe o mundo todo, governantes, líderes políticos, médicos, pesquisadores, estrategistas e economistas, todos de joelhos. O médico e editor da revista científica The Lancet publicou artigo no jornal britânico The Guardian, respondendo, de certo modo, a essa pergunta: O coronavírus é a maior falha de política científica global em uma geração. Não temos dúvidas.
Depoimento da ministra das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Kang Kyung-wha, dá uma ideia de como o país conseguiu enfrentar o coronavírus, com baixa taxa de letalidade e sem prejudicar a economia. O depoimento foi publicado no site do World Economic Forum*, em 31 de março último.
Apesar de um aumento repentino de infecções, a Coreia do Sul agora está vencendo a luta contra o coronavírus COVID-19. As regiões compartilharam médicos e abriram seus hospitais para outros pacientes. Os testes estão no centro da estratégia de combate ao coronavírus do país.
O colunista de opinião do The New York Times, Charles M. Blow, publicou hoje em alguns jornais um artigo instigador sobre o “distanciamento social”, em função da pandemia do coronavírus, que está constrangendo cerca de 3 bilhões e meio de pessoas no mundo a ficarem retidas em suas casas, longe do trabalho, das diversões, de parentes e amigos. O artigo levanta uma questão muito pertinente, porque parece fácil determinar que as pessoas se protejam do vírus, fiquem em casa, não se locomovam para o trabalho, coisas assim. Mas milhões de outras no mundo não podem aderir a esse privilegiado resguardo, porque não têm condições. Para elas, a escolha não existe. Se ficarem em casa, simplesmente não têm renda. E em poucos dias, não terão alimentos.
Até onde poderá chegar o poder de destruição da maior crise do século?
Às 15 horas de hoje (2 de março), o número de infectados passou de 1 milhão de pessoas em todo o mundo, quatro meses depois que a pandemia começou a aparecer na China, mais especificamente na cidade Wuhan. Isso significa dez vezes o número registrado há um mês.
Escrito por Marc Bassets*
O planeta, para um alienígena que aterrisasse hoje em dia, ofereceria uma imagem estranha, entre pacífica e perturbadora. Mais de um terço da humanidade está em casa, privado da liberdade de movimento, tão essencial e que todos tomamos por garantido. As ruas, vazias, como as estradas sem carros. Céu limpo sem aviões. As fronteiras fechadas. Os líderes? Trancados também e administrando o melhor que podem - cada um por conta própria, insanamente, quase sempre atrasado, apesar dos sinais - a maior crise que eles certamente terão que enfrentar em suas vidas. Os cidadãos? Confusos com o vírus que foi detectado na China em dezembro passado e que matou mais de 28.900 pessoas (1) e afetou cerca de 200 países. Angustiado por sua saúde e pelos vizinhos, e pela crise econômica que, segundo a unanimidade dos especialistas, está chegando. O mundo entrou em hibernação.