O patético vazamento de uma ação de guerra dos Estados Unidos
O mundo se acostumou a encarar e respeitar os Estados Unidos como uma das maiores potências do mundo, não apenas pela força da economia, do empreendedorismo, da excelência de suas universidades, como principalmente pelo poderio bélico, historicamente presente em todos os grandes conflitos desde o início do século XX.
Ao mesmo tempo, os países do Ocidente, historicamente, aprenderam a admirar os líderes políticos e militares por trás desse poder. Desde os chamados "pais da república" americana, os "Founding Fathers", um grupo de figuras históricas que desempenhou um papel crucial na independência e na formação do país: George Washington, Thomas Jefferson, Benjamin Franklin, John Adams, e James Madison.
Leia mais...“A Europa perdeu o seu caminho, suas energias foram solapadas pela crise econômica e por uma remota burocracia tecnocrática. É cada vez mais uma espectadora em um mundo que se tornou "cada vez menos eurocêntrico", e que, frequentemente, olha para o Continente "com indiferença, desconfiança e às vezes, suspeita."
Neste 3 de dezembro completam-se 30 anos de uma das maiores tragédias da indústria mundial, quando um vazamento da indústria química Union Carbide, na pequena cidade de Bhopal, na Índia, causou a morte, nas primeiras horas do acidente, de três mil pessoas. Os efeitos tóxicos deste vazamento nunca desapareceram da cidade. Matou e contaminou, ao longo destes anos, milhares de pessoas.
Analisar a crise da Petrobras sob a ótica da gestão de crises, neste momento, torna-se tarefa difícil. Primeiro, porque não se conhece ainda toda a extensão do que já está sendo chamado “o maior caso de corrupção da história do país”. Muito menos todos os efeitos dessa crise nos resultados e na reputação da empresa. Segundo, porque não está bem claro, até por falta de esclarecimentos da empresa, qual a defesa da diretoria para as denúncias feitas pelos acusados, que se beneficiavam dos grandes contratos da companhia.
Por que as organizações que entendem como uma crise pode causar danos intensos à reputação e ao seu valor, não tomam medidas adequadas para prevenir crises antes de elas acontecerem? Esta é uma das perguntas mais intrigantes em relação à gestão de crises.
A forma de reconhecer erros ou culpa, após um problema ou crise grave, com um "não-pedido de desculpas" pode ser ainda mais prejudicial à reputação e à recuperação da imagem do que nenhum pedido de desculpas. Todo mundo tem seu próprio linguajar para evitar um verdadeiro pedido de desculpas, e um favorito atual parece ser "erros foram cometidos".
Passada a eleição, ainda reverberam nos ouvidos as promessas dos candidatos de um “país melhor e mais justo”. Se 20% das promessas fossem cumpridas, transformariam o Brasil numa Suíça. Mas é hora de cair na real. Chegou a hora de pensar um pouco por que estamos a anos-luz de países adiantados. Alguns, nos últimos anos, enfrentaram crises muito mais graves do que as nossas. Nações que literalmente quebraram, foram parcial ou quase totalmente destruídas, e conseguiram se reerguer.